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Vanderlei Luxemburgo explica função de Wagner Tardelli no Atlético

Do www.globoesporte.com

“Técnico justifica ação pioneira de ter um ex-árbitro como integrante fixo de sua comissão técnica: ‘Os jogadores não conhecem as regras do futebol’”

Marcelo Machado – Belo Horizonte

A presença de um ex-árbitro entre os nove profissionais da supercomissão técnica de Vanderlei Luxemburgo chamou a atenção no primeiro dia de pré-temporada do Atlético, nesta terça-feira, na Cidade do Galo. Inovadora no país, a iniciativa foi explicada pelo treinador. Segundo Luxa, Wagner Tardelli, que encerrou a carreira de árbitro na temporada de 2009, vai ser o instrutor de arbitragem do Galo, orientando os jogadores e a comissão técnica, do infantil ao profissional, sobre o tema.

– É uma coisa pioneira ter um ex-árbitro dentro da comissão técnica. Se faz necessário um profissional dessa área, para fazer um acompanhamento, do infantil ao profissional do clube. A maioria dos atletas, ou quase a totalidade deles, desconhece as regras do futebol. E o Tardelli vai orientar a todos também sobre o novo código disciplinar, que é muito duro. A ideia básica, então, é usar a regra e o código disciplinar em nosso benefício. Para isso, vamos preparar os nossos atletas para o entendimento. Eles sabem jogar futebol, mas não sabem responder à regra – explicou Luxemburgo.

O técnico lembra ainda que já teve muitos problemas com arbitragem ao longo de sua carreira. Com o trabalho de Wagner Tardelli, ele espera que os atritos dele e também dos atletas com os árbitros sejam reduzidos. 

– A ideia é a de que ele (Wagner Tardelli) possa passar uma novidade, ou seja, o pensamento que um árbitro tem sobre técnicos e jogadores. Além disso, por exemplo, ele vai dar explicações sobre impedimento, como o bandeira interpreta essa situação. Assim, nossos zagueiros e atacantes poderão até melhorar o posicionamento em campo nesse tipo de lance – pensa o treinador.

Uma das metodologias a serem aplicadas por Wagner Tardelli nesse trabalho pioneiro no Galo terá um software como ferramenta. O programa vai estimular o fair play ao longo do ano, premiando os jogadores menos punidos ou advertidos.

– Ele (Wagner Tardelli) tem um programa com uma pontuação que começa em 100 para cada jogador, e aí vai decrescendo, conforme os cartões e as advertências que cada um receber. O objetivo é estimular o fair play, premiando o jogador com mais pontos ao fim do ano. E, para cada cartão levado, o Tardelli vai explicar qual foi o critério adotado pela arbitragem e se foi uma decisão do árbitro ou de algum bandeirinha – relatou o treinador.
Confira a comissão técnica de Luxa no Galo: Vanderlei Luxemburgo (técnico), Freddy Rincón (auxiliar técnico), Nei Pandolfo (auxiliar técnico), Antônio Melo (preparador físico), Eduardo Bahia (preparador de goleiros), Cláudio Pavanelli (fisiologista), Patrícia Teixeira (nutricionista), Alexandre Ceolim (cinegrafista) e Wagner Tardelli (instrutor de arbitragem).


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Comentários:
6
  • EU ESTOU UM POLCO INRITADO COM O TIME

  • Fabricio Melo disse:

    Com certeza vai pegar. Esta será uma nova função surgindo no futebol. Acho que o atleta deveria ter estes conhecimentos desde a base, mas infelizmente não tem. A justificativa do Luxa é pertinente, além do mais, o Tardelli conhece as reações dos árbitros. Não adianta críticas agora, o resultado será ao final da temporada.

  • Alisson Sol disse:

    Empregismo puro. Se um jogador já está há 10 anos trabalhando na área e ainda não sabe as regras, o problema é outro. Se há necessidade de um “reforço”, tudo bem: o profissional é contratado para uma palestra e pronto. Agora inventar um “instrutor de arbitragem” permanente e dizer que é inovação?! Conta outra… Um software que começa o ano com 100 pontos por jogador e tira pontos por cartōes ou advertências: qualquer planilha faz isto.

    Sem querer secar, eu acho que isto pode é acabar criando mais problemas para o Atlético Mineiro, que reconhecidamente já é bem prejudicado pelas arbitragens. O juiz de uma partida vai ficar querendo mostrar que não está intimidado pela presença de um ex-árbitro na comissão técnica, e acaba prejudicando ainda mais clube.

    O Rincón de auxiliar técnico também é uma aposta arriscada.
    Esta comissāo técnica já mostrou que Luxemburgo não veio para o “meio termo”: os atleticanos terão muitas alegrias ou um arrependimento enorme no final do ano!

  • Herminio disse:

    O tempo dirá se dará resultado.

  • felipe disse:

    Ter dinheiro pra gastar é outra coisa nẽ ?

  • Frederico Dantas disse:

    A ideia é bem interessante. Acho que muito jogador conhece mal a regra e é despreparado para lidar com o árbitro. Vamos ver como o jogador brasileiro se comporta com isso, já que é uma experiência inovadora. Se fôssemos alemães, o sucesso já estava garantido.

    Agora, o trocadilho é inevitável. Até que enfim o Atlético tem um juiz em sua folha de pagamento a lhe prestar serviços.