Blog do Chico Maia

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Sem razão

Adilson Batista e Vanderlei Luxemburgo acusam as arbitragens pelas últimas expulsões de seus jogadores. Os dois têm na base do trabalho deles a união e motivação dos jogadores que comandam. Preferem aliviar a barra de Gilbertos, Welingtons Paulista e Cáceres, que reconhecer que os árbitros tiveram razão em suas expulsões. Com isso, mostram solidariedade e mostram aos seus respectivos comandados que estão com eles e “não abrem”. Na verdade, uma transferência de responsabilidade que costuma dar certo na sequência, mas que também costuma fracassar. As arbitragens continuam sendo como sempre foram: equivocadas ou suspeitas, dependendo do jogo e circunstâncias.

Estou aproveitando o Carnaval para ver, rever e ler obras muito interessantes sobre o futebol. Uma, velha, outra, inédita: o filme/documentário sobre os 100 anos da FIFA, produzido em 2004, e o livro “As melhores seleções estrangeiras do mundo”, do Mauro Beting, que será lançado em Belo Horizonte, dia 16 de março, pela Editora Contexto. Imperdíveis para qualquer pessoa que gosta de futebol. E o que mais me orgulha é constatar a importância de Minas Gerais na história do futebol, não só do Brasil, mas do mundo, especialmente a partir de 1958.

Vale a pena rever este filme e ler o livro do Mauro Beting!

Expulsões

Adilson e Luxemburgo adotaram o mesmo discurso para protegerem seus pupilos: “futebol é um esporte onde os choques são normais”. Tudo bem, mas agressões não! Foi o que cometeram Gilberto, em Buenos Aires contra o Vélez, e Cáceres, sábado, em Uberaba. Não tiveram a intenção? E daí? Acertaram com violência os adversários, e cumpram-se as leis da arbitragem!

Sem jeito

Culpar árbitros virou rotina depois de tantos resultados suspeitos na história. A maior competição do planeta, a Copa do Mundo, tem péssimos exemplos: o gol de Puskas, Hungria, anulado injustamente, que levaria a decisão contra a Alemanha em 1954 para a prorrogação; a bola que não entrou no título inglês de 1966 contra a mesma Alemanha; o gol de mão do Maradona em 1986…

Do João

O goleiro do time júnior do Grêmio, Helton, é apontado como uma das promessas do futebol gaúcho: 1,91 m de altura, destaque em torneio disputado na Itália na semana passada. Nada de anormal, caso ele não fosse filho do João Leite, nome da história do futebol mineiro. Jogava no América, foi para o Goiás, e levado ao Grêmio pelo ex-atacante Baltazar.

Fôlego

Bom demais ver o interior se revezando na liderança do Campeonato Mineiro. Pena que raramente sobra fôlego a um deles para levar o título. Agora é o Democrata de Governador Valadares. O América pisou na bola em casa contra o Tupi; o Cruzeiro fez para o gasto em Poços de Caldas; e, ao pemitir o empate do Uberaba, o Atlético pagou pela arrogância e relaxamento, quando fazia a sua melhor partida.


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Comentários:
8
  • Alisson Sol disse:

    Que átimo de segundo é este?

    Juiz tem o tempo que quiser para tomar uma decisão. Pode consultar os bandeirinhas, ouvir os jogadores, falar com assistentes, etc. Já vi aqui na Europa juiz parar o jogo uns 5 minutos, conversar com os bandeiras, tomar um cafézinho, e só depois decidir. O que ocorre é que os juízes aqui não ficam parando o jogo toda hora, dão a vantagem e, se a vantagem não se concretiza, marcam a falta. Há casos aqui até pitorescos, em que o juiz deixa o jogo correr, e depois quando a bola sai de campo é que ele vai dar um cartão para um jogador, por um lance que ocorreu vários minutos atrás. Os comentaristas ficam até confusos, pois já se esqueceram do que gerou o cartão.

    O problema que eu vejo nos juízes da América do Sul é a prepotência: depois que apitou, pode um jogador caído confessar que se jogou que eles não voltam atrás. Outro dia, quando estava procurando o lance da famosa expulsão do Reinaldo na Libertadores, eu achei este vídeo:
    http://www.youtube.com/watch?v=_2kDIBM_9R8

    Se isto não for montagem, é inacreditável. E olha o tempão que levou para se tomar a decisão… E viram porque tem de se tirar bola de dentro do gol?!

  • Marco Túlio disse:

    O LUXA havia dito que o Galo é grande. Que o galo tem que ir prá cima. Que o galo não tem que se preocupar com o Cruzeiro, blá-blá-blá.
    Contra o poderoso Uberaba, o galo jogou na retranca depois que fez o 2º gol. Fez tudo diferente do que havia sido dito que ia fazer.
    Será que contra o Cruzeiro, o galo vai voltar a ser um time pequeno? Temo que uma nova goleada, de 5 ou mais, pode significar o final da era LUXA no galo.

  • Bessas disse:

    O Câncer na arbitragem não é 30 câmeras nos estádios, é o comentarista de arbitragem, formador de opinião. Concordo pela 1ª vez com o J.B. Cruz quando diz: “agora comentaristas de arbitragens julgam seus colegas sem dó nem piedade para dar sastifação aos patrões(donos de emissôras) da avaliação implacável do SR. verdade absoluta Márcio Resende de Freitas, que foi um dos piores arbitros dosciplinarmente e tecnicamente. Em suas transmissões dá nojo ouvir suas análises, que de acordo com ele o jogo terminaria com apenas 8 de cada lado e com uns 15 amarelos. E o engraçado, por não estar no estádio(maioria das vezes) tenta advinhar o que aconteceu no lance comete cada erro grotesco.

  • J.B.CRUZ disse:

    No momento uma das categorias mais injustiçadas é a de Juiz de futebol: É simplesmente um massacre!! Televisão coloca 30 câmeras no estádio para policiar os erros dos arbítros..Velhos juízes , agora comentaristas de arbitragens julgam seus colegas sem dó nem piedade para dar sastifação aos patrões(donos de emissôras) e torcedôres…Enquanto o Juiz coitado, solitário tem apenas um átimo de segundo para sua descisão…SUGESTÃO: Já que a tecnologia chegou ao futebol, que tal Juízes e bandeirinhas biônicos..

  • Bruno Silva disse:

    Caro Chico, após ver este fim de semana o “Curinguinha”, o Santos, e até Vasco, e FLU, vi que o Galo esta bem atrás no que diz respeito a formação de time. Uma lentidão que dá sono. E vai um aviso: o Adilson com certeza vai esplorar o pior jogador do Galo últimamente: o Coelho, ver este cara jogar está dificil demais, não consegue passar uma vez e mal consegue dominar uma bola. Parece que aos 20 minutos de jogo já está morto.

    Qto as arbitragens de MG concordo com o Luxa, não pode nem encostar que é falta. Esta juizada mineira e brasileira será que não acompanha os jogos europeus não? Lá, os juízes não marcam qualquer coisa e o jogo flui bem melhor. Esta semana tem a Liga dos campeões, e quem tem dúvida é só ver os jogos, e ver a diferença.

  • Alisson Sol disse:

    Mas se “…As arbitragens continuam sendo como sempre foram: equivocadas ou suspeitas, dependendo do jogo e circunstâncias…” então é preciso reclamar mesmo.

    Ninguém paga para assistir um juiz fazer arbitragens equivocadas ou suspeitas. É raro ver erros de arbitragem no basquete, tenis, rugbi, futebol americano, etc. Por que são tão comuns assim no futebol?

  • lúcio vieira disse:

    Quanto ao Adilson reclamar de arbitragem não é normal so ver o histórico quanto ao Luxemburgo vão se acostumando pois quando a equipe ganha ele foi o responsável quando perde ele diz que foi a equipe quem perdeu e que foi o arbitro o responsável, ja estou acostumado com este seriado.

  • Orlando J A Cardoso disse:

    Chico Maia,

    Em relação às reclamações de Luxemburgo e Adilson Batista sobre o rigor das arbitragens no tocante às expulsões de jogadores, tendo a concordar com eles em algumas situações.
    Antigamente os árbitros eram muito complacentes com a violência e jogadas anti-desportivas que ocorriam.
    No entanto, tenho verificado um rigor na aplicação dos cartões amarelos, e assim muitos jogadores tem sido expulsos por jogadas comuns do jogo em que ocorrem faltas normais.
    A expulsão dos jogadores fazem com que o jogo fique desequilibrado, e assim os bons juízos devem ter autoridade e discernimento na exclusão de atletas, pois os verdadeiros artistas são os jogadoes, e estes devem ser punidos com rigor somente quando cometerem faltas mais duras ou que impeça situações de perigo eminente contra o gol de seu time.
    Como exemplo cito as expulsões de Cáceres e do jogador do Uberaba no jogo deste sábado de carnaval. A primeira falta de Cáceres foi normal, de jogo e não merecia a aplicação de cartão amarelo. Aí, a imprensa esquece que o primeiro cartão não foi merecido, e analisa somente o lance do segundo amarelo, este sim merecido.
    O segundo cartão amarelo do jogador do Uberaba também foi injusto, pois o mesmo cometeu uma falta normal do jogo.
    Assim , os não devem permitir a violência e o anti-jogo, mas não podem prejudicar o espetáculo, com o excesso de cartões amarelos, pois isso pune o espetáculo e é uma forma do árbitro controlar o jogo, através do excesso e do autoritarismo. É uma situação mais cômoda para os mesmos, mas volto a lembrar o bom jogo é aquele que ocorre com os times completos, e assim o bom senso deve prevalecer e punir somente aquelas faltas que fugirem do normal.