Blog do Chico Maia

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Mineradora está destruindo uma das maiores riquezas de Minas e do mundo

LONGO O TEXTO, MUITO PIOR A REALIDADE!”

O senhor Eike Batista deu entrevista nos Estados Unidos dizendo que breve será o primeiro da lista de mais ricos do mundo da revista Forbes. Pode ser!

Porém, à custa da destruição de lugares até então sagrados e pessoas humildes, sem poder de defesa, no coração do nosso Estado, na Serra do Espinhaço, que está sendo devastada por uma loucura chamada “mineroduto”, que sugará as águas da região para levar minério até o porto de Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro.

É a LLX, empresa dele, que detona Minas, sob o silêncio quase que geral da grande imprensa e autoridades.

Participo de um grupo de discussão sobre o assunto e hoje recebi mais este dramático texto:

“Prezados,

No último final de semana, auxiliei Dorinha Alvarenga a desenvolver um trabalho, que classifico humanitário em Conceição do Mato Dentro.

Fomos na 6ª feira – dia 05/fev – chegando por volta de 16:00 e paramos diretamente no Fórum local.

Estivemos em Contato com O Juiz de Direito, que prontamente nos recebeu, ouviu nossa exposição, nos orientou e prometeu conversar sobre tudo que dissemos com o Promotor – Dr. André Luiz M. Arantes, que não se encontrava.

Posteriormente, estivemos com o Assessor do Promotor – Sr. Duílio, que também nos recebeu prontamente e fez o protocolo de mais uma Representação.

Estivemos ainda na Delegacia de Polícia e no Batalhão da polícia Militar, onde fiz dois Boletins de Ocorrência. O primeiro relacionado a material que desceu em terraplanagem realizada pela Empresa mineradora, que vem ocupando quase metade da pista da MG010, na altura do km 186. O segundo, relatando sobre a qualidade da água do córrego pereira, que corta minha propriedade. Esse curso dágua, apresenta em todo o seu leito, abaixo das obras já realizadas pela mineradora, turbidez incomensurável, bem como uma “nata” oleosa em sua superfície. Alguns adultos já me relataram, fortes reações por todo o corpo após “tomarem banho”. No domingo uma mãe me relatou que o filho pequeno está todo “empolado” depois de um banho no Rio. O CÓRREGO PEREIRA E O CÓRREGO PASSA SETE ENCONTRAM-SE IMPRÓPRIOS PARA O CONSUMO E UTILIZAÇÃO HUMANA. OS ANIMAIS NÃO QUEREM MAIS BEBER ÁGUA E RECEBI NOTÍCIAS QUE DESCENDO PARA O JACÉM, FOI CONSTATADA MORTANDADE DE PEIXES.

No sábado saímos cedo para visita às famílias da comunidade da Água Santa (também conhecida como MUMBUCA).

RESSALTO QUE A ÁGUA SANTA QUE DEU NOME À COMUNIDADE, UMA NASCENTE DE ÁGUA CONSIDERADA MEDICINAL, FOI ATERRADA PELA TERRAPLANAGEM DA EMPRESA!!!!! !!!ÁGUA ESSA CONSIDERADA MEDICINAL E COM PROPRIEDADES TERAPÉUTICAS POR TODA A POPULAÇÃO DA REGIÃO, POIS SEMPRE NASCEU QUENTE E COM ASPECTOS SULFUROSOS.

Nas visitas às famílias, encontramos, por volta de 11:00, o Sr. José Rodrigues com a saúde visivelmente debilitada. Ele estava em casa, na companhia de um filho com problemas mentais e forte deficiência visual, sem alimentação até a aquela hora, debilitado, vomitando, sem conseguir ficar de pé, e segundo palavras do seu filho, “do mesmo jeito de quando ele deu derrame”.

NO MOMENTO DE MAIOR AFLIÇÃO VEIO A EXPLOSÃO. PORQUE A EMPRESA ESTÁ EXPLODINDO SE NÃO TEM A LICENÇA PARA MINERAR? NINGUÉM SABE, OS ÓRGÃOS DO GOVERNO NÃO FISCALIZAM.. …O QUE SERÁ QUE ESTÁ OCORRENDO DENTRO DE TODA AQUELA TERRAPLANAGEM?

Não sabíamos o que fazer, pois o carro em que estavá-mos não oferecia condições para transportá-lo.

Apareceu na sua porta, uma caminhonete (cabine dupla) de uma das empreiteiras da Empresa mineradora, trazendo 01 (uma), apenas 01 (uma) cesta básica, para 01 (uma) família.

PORQUE ALGUNS POUCOS SÃO “AGRACIADOS” PELA EMPRESA, COM BENEFÍCIOS DESTE TIPO?

Mas negaram o socorro tão necessário, com a promessa que chamariam pelo rádio alguém para fazê-lo. Cansamos de esperar e saímos em busca de auxílio. Já na MG010, paramos outra caminhonete da mesma Empresa, que repetiu as mesmas palavras da anterior.

Decidimos ir até o escritório da Empresa, na Fazenda Jardim. Subimos até determinado ponto, onde fomos barrados por seguranças da Empresa. Explicamos o caso e ficamos aguardando. Do ponto onde estavámos, podia se ver com clareza a ambulância parada. Os seguranças falavam ao rádio, um deles subiu, mas nada, a ambulância não saia do lugar. Subiu uma caminhonete, desta vez de uma empreitera que trabalha com segurança e medicina preventiva, com dois bombeiros dentro. Explicamos o caso e cheguei a achar que tinha encontrado as pessoas certas. Lêdo engano. Desta vez no lugar de promessas de providências fomos destratadas, de forma rude, grosseira.

Mais de 1:00 hora se passou, resolvemos ir em busca de outros meios. No caminho, encontramos com outra caminhonete, desta vez de empreitera que se disse responsável pela administração. Recebemos , com convicção, a afirmativa de que a questão seria solucionada. Não confiamos mais. Fomos até o Distrito de São Sebastião do Bom Sucesso (Sapo), telefonamos para a Patrícia e Júnior, que conseguiram no município, ambulância para o socorro. O SR. JOSÉ RODRIGUES SOFRERA SEU SEGUNDO DERRAME E ESTÁ EM BH.

ONDE ESTÃO OS DIREITOS HUMANOS????? ?????????

Seguimos nosso roteiro. Cada casa, cada família, uma história de dor, de sofrimento, de angústia, de um grito de socorro que ninguém ouve.

MAS UMA QUEIXA FOI OUVIDA DE FORMA UNÂNIME – A QUESTÃO DA ÁGUA!

No domingo, começamos cedo, em uma comunidade próxima, a água quente. a mesma queixa – a água.

Não tem água para o banho, estão passando semanas sem lavar a roupa. A maioria não tem banheiro em casa e agora não tem mais água para o banho. A maior diversão, nadar – AONDE?

Estiveram presentes 02 advogadas de CMD, que convidaram outros advogados de BH. Foi um encontro lastimável. Eles foram prontos para levar pilhas de procurações assinadas, sem sequer explicar qual o propósito das ações. São pessoas humildes, mas muitas dignas, que merecem ouvir palavras que consigam entender.

Tudo que aqui relatei, está documentado, com questionários preenchidos e devidamente assinados, fotos, testemunhas, filmes e gravações.

LONGO O TEXTO, MUITO PIOR A REALIDADE!

PROVIDÊNCIAS PRECISAM SER TOMADAS URGENTEMENTE.

ESSE PEQUENO PEDAÇO DOS ACONTECIMENTOS PRECISA SER DIVULGADO. COMO A IMPRENSA NADA RELATA, CONTO COM TODOS VOCÊS, REPASSEM…. .

FLAVIA LILIAN SANTOS COSTA BARROSO”Participe, ajude a denunciar, acesse:

Fórum de Desenvolvimento Sustentável de CMD
A inscrição pode ser feita enviando um e-mail em branco para:

http://br.groups.yahoo.com/group/ForumDesenvolvimentoCMD/

 


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Comentários:
27
  • José Geraldo de Paula Reis disse:

    A todos que estam acompanhando este caso eu sou morador do Córrego Ferreira a mais de 20 anos e graças a Deus eu nunca fiquei sem serviço neste período, e a cada dia aumenta mais o campo só que eu já me sinto ameaçado com a implantação da Ferrous e vejo pessoas se vendendo por um cacho de banana podre sendo que na região temos seis cachoeiras que abastecem toda região de água limpa e pura só espero que eles não façam o mesmo que foi feito em Piedade do Paraopeba onde a mineradora Mannesmann V&M acabou com duas cachoeiras.

  • MOISÉS NADÚ disse:

    CHEGOU A HORA DE UNIRMOS…ATÉ QUANDO VAMOS TOLERAR ESTA IMPUNIDADE EM MINAS????
    CHEGA DE AÉCIOS, EIKES, QUE SÓ PENSAM EM DESENVOLVIMENTO A QUALQUER CUSTO E EM SUAS AMBIÇOES PESSOAIS…
    É HORA DE MUDAR E MOBILIZAR, TEMOS FORÇA PARA ISSO!
    UM ABRAÇÃO CHICO!!!

  • Silva disse:

    O Rio do Peixe, de onde pretendem retirar as águas não é propriedade do Senhor Eike Batista. Ele é um bem comum. Fazemos um apelo aos moradores de: Carmésia, Conceição do Mato Dentro, Pacheca, Samora, Achupé, Goiaba, Choradeira, Limeira, Valentins, Santa Rita do Rio do Peixe, Socorro, Brejaúba, D. Joaquim, vamos á luta. Não há conquistas sem luta, sem enfrentar a pollícia, sem organização. As empresas do Senhor Eike não respeitam ningúem, destroem a natureza, compram os políticos, financiam campanhas eleitorais. Onde estão os polítocos honestos de Minas? Onde está a mídia? Onde estão os partidos que se dizem comprometidos com o meio ambiente? Em todos os locais onde o Senhor Eike trabalhou??? ficaram rastros indesejáveis, buracos, poluição, pobreza, exploração. Esse Senhor que parte da mídia faz questão de mostrar. Não sobrará nada em Minas, a não ser veneno, lama, pobreza, destruição e buracos

  • gláucia disse:

    Só a título de ilustração sobre o que a Patrícia postou…

    Do blog, Boca no trompone da carta capital
    flavia disse…
    03/setembro de 2008
    MPF PEDE A PARALISAÇÃO DAS OBRAS DE CONSTRUÇÃO DO MINERODUTO MINAS-RIO

    Belo Horizonte. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) ajuizou ação civil
    pública perante a Justiça Federal em Belo Horizonte para impedir a
    continuidade das obras de instalação do Mineroduto Minas-Rio. São réus,
    na ação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Estado de
    Minas Gerais, a MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda, a Anglo
    Ferrous Minas-Rio Mineração, a LLX Açu Operações Portuárias S/A, a LLX
    Minas-Rio Logística Comercial Exportadora S/A e o Instituto Estadual do
    Ambiente (INEA), do Rio de Janeiro.

    O Mineroduto Minas-Rio é um empreendimento minerário composto por três
    elementos: a mina, de onde será extraído o minério; o mineroduto
    propriamente dito, com cerca de 500 km de extensão; e o porto de Açu,
    construído especialmente para viabilizar a exportação do produto. A mina
    está localizada em Minas Gerais, o porto no Rio de Janeiro. Ligando os
    dois extremos, o mineroduto, que começa em território mineiro, no
    Município de Conceição do Mato Dentro, e termina em território
    fluminense, justamente no Porto de Açu, em São João da Barra/RJ.

    Para o MPF, é óbvio que essas estruturas não existem de forma
    independente; elas são indissociáveis, uma não funciona sem a outra. “No
    entanto, o procedimento de licenciamento foi fragmentado. Apesar de ser
    um empreendimento único, a mina vem sendo objeto de licenciamento pelo
    Estado de Minas Gerais; o mineroduto foi licenciado pelo Ibama, como se
    tal duto pudesse funcionar sem o minério que provém da mina, e,
    finalmente, o Porto de Açu vem sendo licenciado pelo Estado do Rio,
    através do Inea”.

    A fragmentação do empreendimento foi totalmente ilegal, sustenta o MPF.
    Pedidos – O MPF pede que a Justiça conceda liminar determinando a
    paralisação imediata de qualquer atividade de construção do Mineroduto
    Minas-Rio e suspendendo os efeitos da licença prévia da Mina
    Sapo-Ferrugem, das licenças prévia e de instalação do Mineroduto e das
    licenças prévia e de instalação do Porto de Açu.

    Pede ainda que, ao final da ação, seja decretada a nulidade dos
    procedimentos de licenciamento e das licenças concedidas até o momento e
    que seja declarada a atribuição do Ibama para realizar o licenciamento
    do empreendimento, considerando-o como um todo único e indissolúvel
    formado pelo conjunto Mina-Mineroduto-Porto.

    Maria Célia Néri de Oliveira
    Assessoria de Comunicação Social
    Ministério Público Federal em Minas Gerais
    Outras notícias sobre o MPF em Minas em http://www.prmg.mpf.gov.br

  • gláucia disse:

    Depois eu vi que Roberto se identicou. Menos mal…
    Também há de se tomar cuidado com quem não dá as caras…
    Assim ficou melhor…

  • gláucia disse:

    Porque a pessa que se intutula cuidado, não coloca seu nome, como os mascarados como ele diz, se mostram?Existem sim, muitas máscaras para cair, neste país, em que os governantes, enganam seu povo.Com muitas artimanhas, falsas propagandas, alías gastam muito com isto. Omitem, mentem…Vendem um estado, suas riquezas naturais, para multinacionasis, que só tiram, nada deixam..Maltratam seu povo…Nada mudou do império para cá.Continuamos a ser espoliados.Conceição do Mato Dentro, você é o exemplo vivo, do desrespeito que nossos governantes, têm para com seu povo.
    POVO, …QUE povo, esse é só apenas um detelhe ( que dá voto) somente isso, mais nada além disso…
    Ah! é um detalhe que enche os cofres de impostos…

  • Rodrigo Valle disse:

    Prezado Chico;
    Há dois anos atrás, iniciei um trabalho de gravações e pesquisa em Conceição, a convite de diversos setores da comunidade local do Espinhaço.
    Fazendeiros, pequenos produtores, profissionais liberais, se dirigiram ao Camarela Studios com o convite e o firme propósito de me convencer a desenvolver esse trabalho desprezado por todos.
    Olhando nos olhos daquelas pessoas resolvi aceitar.
    De lá para cá, foram realizados tres vídeos no local, hoje com mais de trinta mil acessos no Youtube. Alguns estão citados em ações movidas pelo MP Federal e Estadual contra o empreendimento. Matérias a respeito do trabalho foram exibidas em redes nacionais de TV.
    http://www.youtube.com/watch?v=pvDvNNGL2Uc

    Deixo mais alguns links dese trabalho, no intuito de ajudar a elucidar dúvidas e questões relativas ao empreendimento Minas-Rio e seus impactos em nosso povo.

    Conceição: Guarde nos Olhos…
    http://www.youtube.com/watch?v=kLxQjBsvQdo

    Conceição: Guarde nos Olhos II
    http://www.youtube.com/watch?v=oysDR7sf5RU

    Conceição: Guarde nos Olhos III:Mumbuca
    http://www.youtube.com/watch?v=DRCoXLCeovc

    Curioso ressaltar também, que bem debaixo da planta industrial do empreendimento, além de grutas e cavernas repletas de artefatos pré-históricos de nossos ancestrais, se encontravam diversas nascentes de água sulfurosa; a Água Santa” como diziam no Espinhaço.
    Que tal seria por exemplo, a implantação de uma cooperativa, com largo alcance social, com geração e distribuição real de renda a longo prazo para toda a região, para a exploração comercial dessas águas???
    Isso definitivamente não estava nos planos de Eike Batista e de todos que se beneficiaram fartamente desse empreendimento ilegal.
    No mais um grande abraço e espero ter ajudado.

    Rodrigo Valle

    • Chico Maia disse:

      Obrigado Rodrigo,
      prazer receber o seu contato.
      Vou dar destaque a essas informações que você envia porque não tenho dúvida que a internet é a única forma de denunciar em toda a intensidade os danos irreparávei que a natureza está sofrendo em Minas Gerais.
      Abraço,
      Chico Maia

  • patricia disse:

    Prezados,

    Embora não me sinta obrigada a rebater qualquer acusação, gostaria de reproduzir um relatório da “situação da população do povoado do Sapo” elaborado por uma ANTROPÓLOGA. As informações dão notícias oficiais do que está verdadeiramente acontecendo descrevendo ainda a origem do surgimento dos conflitos.

    Transcrevo abaixo parte do relatório da Antropóloga do Ministério Público Federal, Ana Flávia Moreira Santos que em vistoria no local, entrevistando moradores com o objetivo de prestar informações técnicas que serviram de fundamento para a Acão Civil Pública proposta pelo MPF, e chegou à seguinte conclusão:

    ” Segundo os relatos recolhidos em campo, a mineradora, através de prepostos e/ou empresas terceirizadas, aciona uma série de estratégias destinadas a fomentar a venda de direitos por parte de herdeiros, em prejuízo do conjunto de parentes. A abordagem é feita individualmente, afirmando-se a venda como uma necessidade, dada a inexorabilidade da obra: “Cê vai ter que sair, não vai aguentar ficar”…, ou “a firma vai precisar do terreno”; “chega falando o senhor vai ter que sair daí”.
    Relata um morador do Beco: “tem menos de um ano que vieram aqui e perguntaram para onde eu quero ir”. É, na avaliação de um morador de Mumbuca/Água Santa, uma forma de abordagem “tipo opressiva”.
    O fechamento de caminhos tradicionalmente utilizados pela população, a exemplo do que ocorre com a estrada de cavaleiros de Água Santa, contribui para o clima de opressão – dando aos moradores uma sensação crescente de isolamento, de prisão. O mesmo ocorre com as interferências
    feitas pela empresa, ou por prepostos, sobre os terrenos familiares, sem pedir licença ou autorização dos chefes de família. Foram relatados casos de medição de terra, realizada sem o conhecimento dos proprietários dos terrenos; entrada para medir água, feita igualmente sem licença ou
    autorização; abertura de caminhos e cercas (para passagem de veículos pesados e máquinas), também sem pedidos de licença ou autorização; remoção de mata-burros e porteiras, sem consentimento dos proprietários; colocação de novos mata-burros, sem autorização e sem seguir as orientações dos donos das mangas de pasto, prejudicando o manejo dos rebanhos. Na percepção das pessoas, a empresa age “como se já fosse dona” do lugar. “É”, diz uma moradora da comunidade da Ferrugem, “como uma prensa”. Não por acaso, um dos principais temores manifesto por moradores do Beco – comunidade relativamente mais distante das áreas da mina e barragem – é a de que eles venham a ser futuramente também “invadidos”, como hoje estão sendo as
    comunidades de Ferrugem e Mumbuca/Água Santa.
    Esse contexto opressivo se torna o pano de fundo para as investidas da empresa, ou de seus prepostos, sobre herdeiros de terras mantidas em comum. Estes são abordados separadamente, com
    propostas de compra. Tais abordagens passam a constituir, por seu turno, novas engrenagens no jogo de pressões, dadas as insinuações de que outros herdeiros já teriam cedido e vendido suaspartes. A cada um é sugerido que ele restará sozinho e isolado, caso “também” não concretize a venda.
    As intenções da mineradora de avançar sobre as terras comuns ficou patente na reunião ocorrida em 08 de Junho de 2009, na comunidade Ferrugem, entre representantes de famílias afetadas pela Anglo Ferrous do Brasil na região e o Ministério Público Federal. Na ocasião, a Sra.
    Maria Pimenta observou que a mineradora lhe havia pedido o atestado de óbito de seu marido, e solicitado que assinasse um documento, alegando querer apenas acertar as informações. Tratava-se do documento abaixo reproduzido, uma “Declaração de Reconhecimento de Limite”, por meio da
    qual a empresa buscava, na prática, estabelecer formalmente a partilha de uma terra familiar comum, sem, entretanto, informar devidamente aos herdeiros a sua intenção. O processo de venda do terreno da Água Limpa/Água Santa a uma das empresas que vem intermediando a compra de terras na região é um exemplo do potencial disruptivo e do grau de
    violência implicada nessas situações, e que se manifestam quando um dos herdeiros, cedendo às propostas, passa a atuar como preposto da própria empresa no processo de privatização do patrimônio familiar comum. Foram registradas notícias de situações similares, formadas ou em vias
    de se instalarem, nos povoados do Turco – onde a iminência de uma venda de terra “do bolo” por um dos herdeiros prenunciava o conflito – e Ferrugem, onde o conflito já está instalado. ”

    O trecho acima transcrito faz parte da Informação Técnica 03/09 que acompanhou a Ação Civil Pública proposta pelo MPF. O documento é público – aconselho a consulta dos incrédulos…. E embora eu faça parte da comunidade, não fui entrevistada.

    Talvez se o Sr. Roberto fosse humano o suficiente para se sentir um “Rodrigues”, um “Pimenta” ou tantos outros moradores das comunidades atingidas e tivesse o “desassossego de ter o inimigo instalado no seu próprio terreiro”, como descreve a Antropóloga na última folha do seu parecer técnico, não faria qualquer julgamento sobre mim.

    Quais são as pessoas que você diz que “verdadeiramene queriam ajudar”? Onde estavam elas durante todo este tempo, desde 2007 quando tentamos alertar a população de Conceição sobre o todo o processo? Por que não apareceram antes? Qual no nome delas? Onde podemos encontrá-las? Quando esteve no Sapo? Qual o motivo da sua visita? Qual a sua contribuição ?

    Abstenho-me de julgá-lo, mas não posso abster-me de um ensinamento: os julgamentos das pessoa que queremos macular não passam de sentimentos e pensamentos acerca de nós próprios.

    Patrícia

  • Roberto disse:

    Chico,

    Peço desculpas por não ter me identificado.
    Mas os fatos que relatei, estes são verdadeiros. Estive acompanhando os acontecimentos na região do “Sapo” e fiquei impressionado como pessoas oportunistas se aproveitam da população mais carente e humilde.
    Eu vi de tudo nos dias que estive na região de Conceição. Pessoas que, verdadeiramente, queriam ajudar e outras que apenas queriam se aproveitar. Infelizmente, aqueles que querem se aproveitar saíram na frente e pessoas serão prejudicadas.
    As pessoas o fórum de desenvolvimento têm que saber qual é a real situação da população do povoado do “Sapo”.
    Agradeço pela oportunidade de esclarecimento.

  • carlos alberto oliveira disse:

    Triste saber que uma região tão importante de nosso estado irá sumir pelos ralos (quero dizer tubos) do sr. X, deixando somente grandes buracos (físicos e psíquicos!!!). Alguém conhece alguma área que foi minerada e que tenha sido verdadeiramente reconstituída? Falo de reconstituir o locus das pessoas, as condições que tinham de viver do que a natureza produzia! Sabemos que isso é impossível! Mais triste saber que muitos em Minas, e até mesmo em Conceição do M. Dentro estão vendo na instalação das empresas do sr. X a grande “redenção” para o município. Mais uma vez o dinheiro irá falar mais alto que a própria vida.

  • Frederico Dantas disse:

    Pra quem não sabe do se trata e tiver saco pra ler, segue reprodução do artigo do Elio Gaspari.

    “No final do ano passado, o empresário Eike Batista, que gosta de botar um X no final dos nomes de suas empresas, comprou a concessão da marina do Aterro do Flamengo e prometeu melhorá-la, informando que respeitaria as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Como se trata de área tombada, tem mais é que respeitar. Podia-se supor que Batista apresentasse ao público um projeto arquitetônico para uma obra simples, harmoniosa, com a lembrança do objetivo daquele pedaço de maravilha: atender a quem tem barco mas não tem dinheiro para ser sócio do Iate Clube. Como disse o doutor: “Adoro o conceito americano de você ter que devolver tudo para a sociedade.” Infelizmente, começou a acontecer justo o contrário. Eike Batista quer tomar para si algo que pertence à sociedade: 100 mil metros quadrados do Aterro. Um projeto temporário, para uma competição náutica de março, prevê a construção de uma arquibancada VIP (chô, choldra), lojas e restaurantes. O mafuá funcionará durante três semanas e será desmontado. Nada impede que ainda neste ano ele reapareça.
    Nessas, e em ocasiões semelhantes, quem quiser entrar na área da marina terá que comprar ingresso.
    Suprema humilhação para o carioca: pagar para pisar num pedaço de chão do Aterro.
    Eike Batista já é dono do Hotel Glória, que fica em frente. Ele pode anexar a marina de forma elegante.
    Os seus hóspedes usarão o Parque com o conforto que o hotel lhes ofereça, mas ele não pode ser uma extensão do Glória à custa do lazer e do movimento de quem já pagou pelo Aterro.
    Desde que a audácia do governador Carlos Lacerda e a obstinação de Lota Macedo Soares criaram o Parque do Flamengo, todos os espertalhões da política da cidade procuraram bicá-lo. Há anos a marina sofre a degradação de um regime de mafuá. Em 2006 tentaram impor aos cariocas uma monstruosa garagem de barcos. Foi derrubada pela Justiça. (A privataria de 1997 anunciava um empreendimento com shopping center, restaurantes, clube e, sobretudo, um centro de convenções, um Riocentro no Aterro.) O Parque, como a praia, é o pulmão social do Rio. Grátis como o ar e bonito como uma tarde de maio, ele ajuda a fazer do Rio o Rio. Santa Lota blindou-o e em 1965 conseguiu o seu tombamento. Nada pode ser construído ali sem a licença do Iphan e o respeito ao espírito do tombamento.
    Em 2006, os privatas alegavam que a obra era essencial para as provas náuticas do Pan e para o prestígio internacional do Rio. Era mentira. Felizmente o Ministério Público defendeu o patrimônio da Viúva e desmascarou a patranha. Agora, a EBX diz que tem pressa. Se tem pressa, o problema é só dela. A montagem e desmontagem de mafuás é um truque vulgar. Projeto arquitetônico? Nada. Concurso público, como se fez com o Museu da Imagem e do Som? Nada. Até agora, o que se conhece é uma pífia montagem de divulgação da vila temporária da EBX. Ela ilustra um conjunto de estruturas que está mais para Buchenwald do que para Baía de Guanabara.
    Caso o grupo dos X esteja em busca de novos negócios no ramo da privataria de bens culturais, aqui vai uma ideia: TajX Mall, uma marina, com lojas e restaurantes na margem esquerda do Rio Yamuna, com um acesso para os XClients pelos fundos do Taj Mahal”.

  • Frederico Dantas disse:

    E não pensem que se trata de um aproveitador de incautos, esse Eike. Vejam o que ele está querendo fazer no Aterro do Flamengo, em pleno Rio de Janeiro, sob os olhos de todos.
    Sabe que tem costas largas e se lixa para o resto.

  • Samuel Cesar disse:

    A ação mencionada, complementa outra, do MPF em Minas Gerais:

    MPF PEDE A PARALISAÇÃO DAS OBRAS DE CONSTRUÇÃO DO MINERODUTO MINAS-RIO

    Belo Horizonte. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) ajuizou ação civil pública perante a Justiça Federal em Belo Horizonte para impedir a continuidade das obras de instalação do Mineroduto Minas-Rio. São réus, na ação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Estado de Minas Gerais, a MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda, a Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração, a LLX Açu Operações Portuárias S/A, a LLX Minas-Rio Logística Comercial Exportadora S/A e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), do Rio de Janeiro.

    O Mineroduto Minas-Rio é um empreendimento minerário composto por três elementos: a mina, de onde será extraído o minério; o mineroduto propriamente dito, com cerca de 500 km de extensão; e o porto de Açu, construído especialmente para viabilizar a exportação do produto. A mina está localizada em Minas Gerais, o porto no Rio de Janeiro. Ligando os dois extremos, o mineroduto, que começa em território mineiro, no Município de Conceição do Mato Dentro, e termina em território fluminense, justamente no Porto de Açu, em São João da Barra/RJ.

    Para o MPF, é óbvio que essas estruturas não existem de forma independente; elas são indissociáveis, uma não funciona sem a outra. “No entanto, o procedimento de licenciamento foi fragmentado. Apesar de ser um empreendimento único, a mina vem sendo objeto de licenciamento pelo Estado de Minas Gerais; o mineroduto foi licenciado pelo Ibama, como se tal duto pudesse funcionar sem o minério que provém da mina, e, finalmente, o Porto de Açu vem sendo licenciado pelo Estado do Rio, através do Inea”.

    A fragmentação do empreendimento foi totalmente ilegal, sustenta o MPF. “Um empreendimento que irá gerar impactos em mais de uma unidade da federação, com significativa degradação ambiental, atingindo localidade reconhecida pela UNESCO como reserva da BIOSFERA, comunidades tradicionais, áreas de Mata Atlântica em estágio primário, áreas de

    preservação permanentes, além do próprio mar territorial brasileiro, deve, por força da legislação nacional, ter o processo de licenciamento conduzido pelo Ibama. Em inusitada decisão administrativa, o empreendimento foi fracionado, gerando graves consequências.”, sustenta a procuradora da República Zani Cajueiro Tobias de Souza.

    O MPF entende que o fracionamento ocorreu para driblar os diversos entraves ambientais que certamente teriam de ser enfrentados num procedimento de licenciamento único. No caso do Ibama, há ainda a agravante de que as licenças do mineroduto foram concedidas de forma açodada, inclusive com lacunas no EIA/RIMA, o qual foi analisado por equipe técnica multidisciplinar sem a formação exigida.

    Impacto em Mata Atlântica e em 600 cursos d’água

    O mineroduto, licenciado pelo Ibama, será construído em plena Serra do Espinhaço, uma área de extrema relevância ambiental que foi inclusive declarada Reserva da Biosfera pela Unesco. Ele irá atravessar uma bacia hidrográfica de grande importância, impactando significativamente em cerca de 600 cursos d’água e, até, no próprio mar territorial

    brasileiro, já que a água que levará o minério será despejada no oceano através do Porto de Açu.

    E o que é mais grave: há ausência de informação, mesmo após a concessão da licença de instalação, do traçado final do mineroduto. O parecer que fundamentou tal licença não é claro quanto à supressão de Mata Atlântica em estágio primário e secundário avançado de regeneração, o que é absolutamente proibido. A lei exige que a supressão de Mata Atlântica primária ou secundária somente ocorra por utilidade pública ou interesse social. Como o mineroduto – empreendimento de caráter exclusivamente privado – não se enquadra em qualquer dessas previsões legais, o Ibama,

    na tentativa de viabilizar o licenciamento, classificou-o como uma espécie de “acessório da mineração”, ainda que os estudos de impacto tenham sido realizados de forma dissociada dos estudos da Mina.

    Na verdade, o Ibama foi além: concedeu a licença prévia ante o compromisso do empreendedor de alterar posteriormente o traçado original do mineroduto de modo a não afetar a área de Mata Atlântica. “Ainda que se possam aceitar pequenas correções em virtude de ocorrências imprevistas, como ocorrem em qualquer obra, o traçado final é o básico

    para o licenciamento. Seria o mesmo que uma prefeitura conceder alvará para construção sem projeto. Ou seja, após a concessão da licença, restou ao alvedrio do empreendedor apresentar o traçado final do mineroduto, sem maior controle por parte da autarquia federal”, afirma a procuradora Zani Cajueiro.

    Em audiência pública realizada no Município de Alvorada de Minas, o empreendedor afirmara ainda que não haveria qualquer interferência do mineroduto em patrimônio cultural e arqueológico. Contudo, após essa data, protocolizou relatório complementar ao EIA informando que o traçado do mineroduto “atingirá diretamente vários sítios históricos

    e arqueológicos”, mas sem especificar o impacto exato do duto nessas áreas e se haveria demolição das construções históricas.

    As irregularidades não param aí. A atuação do Ibama acabou por facilitar também a desconsideração da existência de comunidades tradicionais na área de abrangência do projeto. Essas comunidades, como se sabe, merecem proteção especial do Estado, e não podem simplesmente ser ignoradas durante um processo de licenciamento ambiental. Sua

    existência foi detectada, inclusive, pela própria equipe do licenciamento estadual da Mina Sapo-Ferrugem, que propôs, como condicionante da licença prévia, um programa especial de negociação fundiária com as famílias.

    De acordo com o MPF, o Ibama teria chegado ao absurdo de afirmar que a autarquia não analisa impactos sociais se não for sob o enfoque dos recursos naturais, relegando tais análises a outras instituições. Na verdade, até a própria designação do responsável para realizar a análise dos impactos sociais desmascarou a formação de uma equipe

    multidisciplinar como exige a lei: um arquiteto, sem nenhuma formação em sociologia ou antropologia, foi o responsável pela elaboração da análise do EIA/RIMA no que tange ao impacto social.

    A ação elenca ainda diversas falhas graves existentes no licenciamento estadual para a mina, desde a inobservância do zoneamento econômico ecológico de Minas Gerais até a formação inadequada da barragem de rejeitos.

    Pedidos – O MPF pede que a Justiça conceda liminar determinando a paralisação imediata de qualquer atividade de construção do Mineroduto Minas-Rio e suspendendo os efeitos da licença prévia da Mina Sapo-Ferrugem, das licenças prévia e de instalação do Mineroduto e das licenças prévia e de instalação do Porto de Açu.

    Pede ainda que, ao final da ação, seja decretada a nulidade dos procedimentos de licenciamento e das licenças concedidas até o momento e que seja declarada a atribuição do Ibama para realizar o licenciamento do empreendimento, considerando-o como um todo único e indissolúvel formado pelo conjunto Mina-Mineroduto-Porto.

    Maria Célia Néri de Oliveira

    Assessoria de Comunicação Social

    Ministério Público Federal em Minas Gerais

    Outras notícias sobre o MPF em Minas em http://www.prmg.mpf.gov.br

  • Renato Paiva disse:

    Esse Eike (assim como quase todos os milhonários e bilhonários do mundo) é daqueles capazes de qualquer coisa pra atingir os seus objetivos. Só mesmo uma grande mobilização popular (política não vai resolver) pode interromper isso. Aliás, pelo que vejo na imprensa, o Eike é muito próximo do nosso governador e de quase todos os nossos “grandes dirigentes”. E gosta de dar presentinhos de milhões, como fez há poucos dias em Florianópolis, se não me engano, pra revitalizar um bosque ou coisa parecida.

    p.s. Quanto àqueles que não se identificam, ou usam apelidos pra se manifestarem, são todos covardes!

  • Juliano disse:

    Só DEUS com a luz do divino Espírto Santo para iluminar as pessoas envolvidas nesta lenta mas incalculável tragédia.

  • Alisson Sol disse:

    Interessante é que, como o Chico sempre repete, qualquer artigo relativo a brigas de futebol gera dezenas de comentários, e um artigo importante como este provavelmente não é sequer lido.

    Mais vai ser lido, pelos filhos e netos dos frequentadores. As pessoas no Brasil ainda vão levar uma ou duas gerações para começar a enfrentar o problema que já existe no “primeiro mundo”: o absurdo custo da água. O problema imediato de qualquer devastação ambiental é uma paisagem feia. O problema duas décadas ou mais depois é que as nascentes de água começar a secar. Quando começar a faltar água em BH, ou o preço atingir o mesmo daquele do “primeiro mundo”, aí as pessoas vão entender o porque de alguns poucos insistirem neste às vezes chato “discurso ambiental”.

  • Joaquim Toia disse:

    Serra do Curral, Lagoa Santa, Conceição, O velho Chico e o Co´rrego do Leitão, o Rio Arrudas, que meus tios italianos, o Fefo, o Barão, Tio Bengala-Ex-tecnico e jogador de basquete e 3 artilheiro do Cruzeiro., em que eles , me contavam , sempre nadavam..quantos monumentos mais serão sacrificados para o enriquecimento de poucos .
    E os Poli´ticos………

  • Cuidado disse:

    Chico,
    Boa noite.
    Acabei de ler a notícia acima e posso lhe afirmar que certos acontecimentos relatados, como no caso do senhor que sofreu um infarto, estão sendo deturpados por aqueles que escreveram no fórum de desenvolvimento sutentável, isto é, Patrícia, Júnior e aquela que se diz ambientalista, Dorinha Alvarenga.
    Quero deixar em claro que não concordo com a forma como a mineradora está explorando nossa região, pois estão poluindo e destruindo as reservas naturais de Conceição e prejudincando a população das localidades próximas.
    Também, não posso concordar com pessoas, como as citadas acima, que enganam essa população mais simples para terem benefícios futuros.
    As pessoas que dizem estar ajudando a população da região conhecida como “Sapo” de forma tão prestativa têm outros interesses. Por possuirem terras naquela região (e muita terra), estão inflamando o povo contra a minerado para que possam angariar mais com a venda de suas propriedades.
    O engraçado é que, antes da mineradora, eles nunca foram ajudar os moradores da região.
    CUIDADO!!!! As pessoas referidas no texta acima,, Patrícia, Júnior e Dorinha, não são pessoas de confiança. Estão enganando o povo.
    Chico, convido a você a conhecer a real situação da comunidade. Não fique preso a meros balbuceios.
    Um dia a mascara dessas pessoas irá cair.

    • Chico Maia disse:

      Estou postando este seu comentário por educação, porém, será retirado caso você não se identifique, pois certamente “Cuidado” não é o seu nome. Caso queira se identificar, será um prazer conversar com você neste espaço. Adianto que conheço bem a região. Sou cidadão honorário de Conceição, cidade a qual frequento há quase 30 anos.
      Chico Maia

  • Basílio disse:

    Se houver um clamor público bem forte, esse panorama muda.

  • já foram à Serra do Curral?

  • nelson roberto junior disse:

    Chico que roteiro triste esse. Infelizmente nós (esse povim brasileiro) somos muitos passivos e nem ligamos por aquilo que acontece a nossa volta. Nos falta educação e consciência para agir com rigor num exemplo desses. O caso citado é extremamente grave e os maus tratos com o meio ambiente devastador. Somos todos responsáveis, mas ficamos silentes. Parabéns ao grupo que botoua boca no trombone.

    O enredo assinalado parece até o filme da Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento, filme que retrata um história verídica. Nesse filme a Erin, consegue um trabalho num escritório de advocacia. Lá ela encontra um caso no qual ninguém quer saber, por julgarem um caso perdido. Descobre que a água de uma cidade no deserto está sendo contaminada e espalhando doenças entre seus habitantes, pois uma empresa bilionária, uma multinacional no ramo de abastecimento de água, está contaminando a água de uma cidadezinha, causando câncer. Causou aos moradores de um bairro doenças graves, por meio de contaminações. No final ela vence a causa e tem apoio de toda a população.

    Li na revista Exame que esse empresário chamado Eike Batista (ex Luma de Oliveira – trocou a peça por um bombeiro…), é dono do Grupo EBX, controlador das empresas OGX, LLX e MMX, entre outras, e é o brasileiro melhor colocado na lista dos mais ricos da revista Forbes de 2009, ocupando o 61º lugar. O cara é muito rico. Acham mesmo que o Governo Estadual vai atrapalhar os planos desta empresa?! Aecin, Aecin…se levantar o tapete…

  • guerra disse:

    Chico, vou tentar me conter, para não trazer problemas futuros, passei pelo seu twitter e tbm deixei um recado no blog, na primeira notícia do dia, esperando que visse, mas fiquei até triste, porque gosto muito de como você é, no futebol, e como sempre fala sôbre CMD e de vez em quando vai lá, achei que você seria apessôa certa pára nos ajudar na mídia, mas agora estou alegre meu camarada, vc ñ esqueceu a nossa terrinha, e viva o Chico Maia.

    Nunca gostei dêste garganta do Eike, é metido a besta, sempre foi, mas eu tenho mais raiva e culpo mais Chico é o FDP que vendeu para ele as análices que lá tinha um veio de minério, êste viado FDP entregou de mão beijada, uma riqueza monstruosa para êste Gargantinha, e garanto que deve ter recebido apenas uns 30 dinheiro, êste sim deveria colocá-lo numa cruz ou numa força, gostaria de saber quem é para jogar pedra nêle.

    Êste tal de Eike nunca tinha ido em nossa Conceição, acho que nem sabia se existia, mas será que é algum parente meu, se fôr ajudo a esquartejá-lo e queimá-lo em uma fogueira, porque vampiro agente tem que fazer é isto,

    Convoco tôdos os conceicionenses, a usar do meio fácil que é a internet, e postar comentários diversos, nos blogs, em todos os blogs que encontratar pela frente, qualquer blog, BBB futebol esporte musica enfim aonde puder colocar comentários que coloque.

    Passou no Canal 6 TVC há uns dias atraz, a empresa MMX e Eike Batista estão colocando homens armados e proibindo o trâsito dos pequenos posseiros,fazendeiros,moradores da região, alguns estão prêsos EU DISSE PRÊSOS dentro de suas próprias casas, não podem sair, é o faroeste voltando em nossos tempos, e sabem porquê, assim eles compram as terras por qualquer valôr e expulsam os mesmos das terras de seus tataravôs, avôs,pais terras estas que são de lei e de direito dêles e a empresa mais êste Garganta quer tomar, CADÊ A POLICIA CADÊ OS POLITICOS e o Pinto Coelho que gosta de lá já foi com você Chico, e não tem peito ou coragem de defender seus eleitores ou está de coluio com os megas empresários.
    Chico, vou colocar nos Blogs até do Papa se puder, e se fôr prêso como não fumo mais, leva de vez em quando um cafezinho com leite e queijinho de CMD se ainda tiverem fabricando, para mim na cadeia tá.

    • Chico Maia disse:

      A situação é mais complicada que todos imaginamos. É dinheiro demais na parada e como disse alguém num comentário anterior, só mesmo mobilização popular e a presença da mídia até internacional para diminuir um pouco os danos que estão sendo cometidos.
      Abraço,
      Chico Maia

  • Primeiro, gostaria de parabenizar as colocações do Lúcio Vieira, concordo quase que na íntegra com a sua opinião. Segundo, deixo aqui meu repúdio contra pessoas como esse Eike Batista, que só exploram o nosso estado, não investindo aqui em coisas produtivas e modernas. O cidadão em questão nasceu em Minas, mas só investe o seu grandioso lucro no Rio, deixando no nosso estado, só buracos e um passivo ambiental sem recuperação por pelo menos quatro gerações.

  • lucio vieira disse:

    Chico boa noite!
    veja que interessante , os cariocas brigam pela grande fatia de royalties do petroleo, mineral este que sai a milhas da costa sem afetar a fauna, flora, praias, agua do mar, etc…… ja Minas Gerais não recebe praticamente nada pelo minerio que depois de extraido acaba com montanhas, fauna, flora, e quando acabam de explorar fica uma área parecendo que caiu uma bomba atômica. Natureza não tem preço mas se tivesse teria de ser no mínimo 10 vezes mais que os royalties pago pelo petroleo;
    Culpados tem vários mas o principal deles são nossos políticos que nada fizeram para mudar isto por vários motivos , o principal é que estas mineradoras sempre foram grandes financiadoras dos partidos, isto é, melhor pagar alguns milhões a políticos do que bilhões em impostos;
    Chico estes políticos já voltaram a mídia pois so aparecem em tempo de eleição, e o que me chateia mais são os da ” velha guarda ” que sempre trabalharam pela manutenção da política pessoal e familiar e raramente trabalha pelo estado.
    Sei que o espaço é para opiniões mas tive de desabafar.
    abraços