O americano Marcio Amorin enviou comentário e informações interessantes sobre o Campeonato Mineiro e suas mazelas:
“Caro Chico Maia,
“Repensar” o campeonato quando se passa um domingo sem futebol no Mineirão e marcam o jogo do América, time da Capital, para a segunda-feira à noite? Em que cabeça nasce uma preciosidade desta? Já lhe disse, várias vezes, que alguma coisa, que foge à minha inteligência, anda acontecendo na cabeça dos responsáveis pela organização do Campeonato Mineiro. Como eu acompanho o América, posso lhe dizer (repetindo) que este ano eles estão abusando da capacidade de desrespeitar o torcedor, principalmente o americano.
O América teve público de 4.000 torcedores, disputando o Módulo II, veja bem, o Módulo II e 12.000 pessoas, nos dois últimos jogos da Série C.
Só neste campeonato “bem administrado” – para que existir Federação Mineira de Futebol? – pela Rede Globo é que tem jogado para 400 pessoas. E hoje pode ser até menos.
Quando falarem em acabar com o campeonato, questione, por favor, qual seria o destino dado a tantos estádios que os clubes do interior, de grandes cidades, em parceria com as prefeituras, construíram a duras penas. Incluindo aí a “nossa”, permita-me, Sete Lagoas. Abraços.
Veja lá: na sexta-feira, antes do Carnaval, quando a cidade já está tradicionalmente vazia, fomos ao estádio (todos os 400) às 22 horas; na quarta-feira de Cinzas, quando a cidade já está cheia de gente cansada de viagem e da farra do carnaval e pensando em reassumir o trabalho no dia seguinte, jogamos às 22 horas e estávamos lá (todos os 400); em Teófilo Otoni, sob o sol impiedoso e costumeiro do Norte de Minas, (só o Galo fez chover lá) jogamos entre 11 e 13 horas – onde fica o único horário sagrado de almoço dominical com a família? – e lá estava o América. Repensar o campeonato implica aceitar a idéia de que torcedor não é palhaço e merece respeito. Para que os estádios sejam equiparados em público aos do Rio e de São Paulo, é necessário colocar o torcedor em primeiro plano. É fácil falar em acabar com o regional de tantas rivalidades, tradições e revelações de craques para todo o Brasil. O difícil é reunir um grupo de pessoas inteligentes e devolver o brilho ao nosso Campeonato.”
Deixe um comentário para J.B.CRUZ Cancelar resposta