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O jogo de interesses dos bastidores da Copa

Na coluna do Ancelmo Gois de domingo, no O Globo, duas notas que mostram pequenos exemplos do tamanho do jogo de interesses que envolve um evento como Copa do Mundo ou Olimpíadas em um país. E a outra nota é sobre o ex-lateral Júnior, hoje comentarista, cuja história vai virar livro:

“Guerra do cimento”

As empreiteiras da Espanha, na UTI com a crise do setor no país, estão de olho em obras no Brasil, por causa da Copa de 2014 e dos Jogos de 2016.
Semana que vem, chega por aqui uma missão empresarial espanhola formada por umas 20 empresas da construção.

No pasarán…

As empreiteiras brasileiras, claro, não gostam da ideia de dividir o tijolo do mercado com o pessoal da terra das touradas.
As nativas alegam que, no passado, sempre que tentavam entrar no mercado espanhol, eram recebidas a pedradas.

Júnior para a ABL

Júnior, o ex-craque do Fla e da seleção, prepara sua autobiografia. Sairá pela Rocco, em abril.
Vai se chamar “Minha paixão pelo futebol” e fará parte de uma coleção de 11 títulos sobre o esporte que a editora lançará até a Copa da África do Sul.


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Comentários:
6
  • francisco barbosa disse:

    A internet melhorou o radio pois as pessoas que se mudaram por motivo de trabalho e/ou estudo houvem a radio de sua comunidade de origem via internet e com o radio digital a audiência será multiplicada.

  • J.B.CRUZ disse:

    A tecnologia moderna invadiu todos os setôres de nossas vidas, No lar, no trabalho e agora no lazer..Acabou-se a época do deslumbramento,encantamento,ingenuidade e a surprêsa..Tudo é metódico,calculista e frio..Os sonhos foram sufocados pela realidade..

  • EDUARDO BH disse:

    É verdade que a espanha não dá oportunidade para profissionais brasileiros(com excesão aos jogadores de futebol). Mas vale lembrar que aqui no Brasil sofremos com uma suspeita do “cartel do cimento”. O ministerio público vem investigando esta suspeita e já conta com fortes indícios de sua existencia. Oito fabricantes de um total de dez respondem por 90% do mercado brasileiro. Três destas dez empresas respondem por aproximadamente 60% do mercado.Dá para imaginar porque pagamos tão caro por este importantíssimo insumo da construção. Quem sabe o “ataque estrangeiro” ajude a reduzir o preço do cimento para nós pobres brasileiros…
    Vale a reflexão !!!!

  • Alisson Sol disse:

    Marcelo,

    Você pode estar confundindo “aquilo a que estou acostumado” e “aquilo que será utilizado no futuro”. É por isto que tem menino de 20 anos ficando bilionário, enquanto empresários “tradicionais” estão falindo: os meninos estão “focando no futuro”, enquanto empresários “tradicionais” se apegam ao passado. Já vi muita coisa na vida, mas jamais vi “o tempo voltar”, e por isto geralmente aposto no futuro.

    Empresários do setor de navios diziam: “Quem vai querer viajar neste tal avião?
    Empresários do rádio diziam: “Por que alguém vai querer assistir esta tal televisão?

    Os dois casos são sintomáticos, pois a geração que viajava de navios morreu, e hoje absolutamente ninguém pensa em fazer uma viagem internacional de navio. Já a geração “acostumada ao rádio” ainda não morreu. Mas já começam a aparecer os primeiros carros sem rádio, só com um “conector para iPod”. E algumas “rádios” nos EUA e Europa hoje tem mais audiência via Internet do que via “rádio transmissão”…

    Eu tive meu primeiro “endereço de email” em 1989, em uma tal “Bitnet”, quando estudava na USP. Hoje, é até engraçado lembrar: eu repassava o endereço para as pessoas, e elas dizendo: “O que faço com isto?

  • Eujácio Prates disse:

    Os países da União Ibérica sempre retaliam profissionais brasileiros que vão para lá. Sempre oferecem oportunidades duvidosas para jovens mulheres que chegando lá são obrigadas a se prostituirem para não passar fome. O governo brasileiro deveria proteger mais nossas empresas assim como eles fazem.

  • Alisson Sol disse:

    Vão gastar o dinheiro brasileiro com concreto à toa, pois os grandes estádios estão com os dias contados…

    No próximo 3 de Abril, pode-se ter um marco não apenas tecnológico, mas também na História do Futebol. Após o sucesso do primeiro teste com uma meia dúzia de “pubs” no início do ano, durante um jogo do Arsenal com o Manchester United, no dia 3 de Abril, uma das empresa de TV via satélite da Inglaterra vai transmitir em 3D o jogo do Chelsea contra o Manchester United. Cerca de 1000 “pubs” na Inglaterra já se inscreveram para a transmissão em 3D (conforme notícias).

    A tendência de “espetáculos distribuídos” já está bem-estabelecida na Europa para o futebol, e também nos EUA para show em geral. Ao invés de uma banda fazer 200 shows, agora fazem 2 ou 3, com transmissões simultânea para 2 ou 3 mil cinemas ao mesmo tempo. Se você considera que nos EUA um cinema em média recebe 50 pessoas para tais sessões, terá entre 100mil ou 150mil pessoas a mais “pagando pelo evento”. É a forma encontradas pelos produtores de bandas menos conhecidas para se ter uma melhor compensação financeira, já que as vendas de discos estão evaporando devido às trilhas distribuídas ilegalmente via Internet.

    Para o futebol, isto pode ser o fim da era dos “gigantes de concreto”. Eu vi pessoalmente um trecho de uma partida em 3D, exibido antes de um filme em 3D que assisti neste fim-de-semana. A não ser para os poucos que não se adaptam à atual tecnologia de óculos polarizados, é definitivamente muito melhor do que estar no estádio, para aqueles interessados em assistir ao jogo. Além disto, vai se estar em um “pub” ou em casa com os amigos, sem o custo e o trabalho do deslocamento. Deve demorar um pouco a chegar ao Brasil, pois este modelo, mesmo com a televisão “2D”, não interessa tanto aos detentores dos direitos de transmissão do futebol no Brasil. Mas certamente chegará, ainda que demore, e vai mudar em muito a maneira como a próxima geração assistirá e discutirá o futebol.