Mais cedo recebi telefonema do conselheiro e vice-presidente do Conselho Fiscal do Cruzeiro, Anísio Cicotto, que me deixou muito satisfeito. Primeiro, porque foi um exemplo de como esclarecimentos e divergências podem ser conciliados com educação e respeito a todas as partes envolvidas; segundo porque explica o balanço do Cruzeiro, em poucas palavras, melhor que todos tentaram explicar até agora.
“Caro Chico Maia,
Gostaria de agradecer a sua gentileza pela mensagem abaixo e esclarecer alguns pontos da informação dada no seu blog.
Primeiramente, não me pronunciei verbalmente durante a reunião. Como sou vice-presidente do conselho fiscal do Clube, já havia me manifestado sobre as contas através do relatório que faz parte dos demonstrativos. Não seria muito sensato aprovar as contas e depois refutar qualquer coisa na reunião.
O conselheiro que pediu a palavra e desvirtuou a reunião chama-se Aluisio Vasconcelos. Trata-se de um conselheiro muito conceituado e bem quisto pelos seus colegas, tendo sido, inclusive, deputado estadual. Acho que meu colega que lhe escreveu, tendo em vista os nomes serem parecidos, se confundiu.
Gostaria de fazer inclusive justiça ao Presidente Zezé, pois o mesmo, por duas vezes, tentou levar o foco de volta para o mais importante da reunião, que era a análise e aprovação das contas.
Bem, todos os que estavam presentes poderiam fazer uso da palavra e reclamar do prejuízo no balanço e não fizeram.
Particularmente fico triste com isso. Não houve nenhum clima de hostilidade ou intimidação a quem quer que fosse, e, como é de costume, o presidente do conselho Deliberativo Hermínio Lemos fez questão que a palavra fosse franqueada a quem quer que quisesse. Inclusive, a cobrança não se deu somente ao Adilson e sim ao próprio Zezé quanto a aspectos do departamento de futebol, como, por exemplo, outros times que fretam aviões para descansarem jogadores de eternas esperas em aeroportos e o Cruzeiro não. A palavra sempre é franca e os conselheiros deveriam usá-la mais.
Acho que perdemos uma belíssima oportunidade de esclarecer ao conselho as contas do clube e a excelente situação financeira que goza o Cruzeiro.
Seria a oportunidade de mostrar os avanços nas receitas do clube social, como por exemplo, o aumento da arrecadação das escolinhas de futebol, volei, natação e outras que contribuíram com quase um milhão de reais ao ano. Deve-se ressaltar que a decisão acertada de se fazer uma parceria com a SADA no voleibol, proporcionou um aumento significativo de novos alunos.
O balanço é um retrato das finanças do clube no momento em que é exarado. Como o mês de dezembro é um mês difícil para os times de futebol, quase sempre os balanços não são muito satisfatórios. Dezembro é mês de pagamentos diversos como, 13o salário, premiações, rescisões de contratos e pagamentos de luvas de novos jogadores entre outras despesas, é também um mês de baixa arrecadação, pois as competições se encerram na primeira semana do mês. Também, segundo a política de nosso presidente, não é um mês onde se vendem jogadores facilmente. Nosso clube vende jogadores para acertar as contas deficitárias (não concordo com tal política), mas quem determina a política de captação de recursos é o Zezé que foi eleito para isso.
Por último gostaria de parabenizá-lo pelo sucesso de seu blog, pois meu telefone não para de tocar recebendo apoio (indevido) ou ainda reclamações sobre o que foi escrito. Você realmente é muito lido.
Um fraterno abraço e como diziam os ancestrais cruzeirenses fundadores do Palestra: “in bocca al lupo”!
ANÍSIO CISCOTTO.
Deixe um comentário para Alisson Sol Cancelar resposta