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Clima de Copa do Mundo na saideira

Daqui a exatamente um mês estarei embarcando para a África do Sul, e a chegada ao Mineirão ontem me fez lembrar o ambiente dos jogos das Copas do Mundo. Festa pura: bandeiras e faixas nos automóveis, nas casas, nas brincadeiras entre torcedores, buzinaços, tudo em harmonia.

Fato negativo é que duas pessoas se machucaram por causa dessa idiotice chamada foguete, soltos por idiotas que gostam dessa bobagem, quase em frente ao hall principal do estádio.

Festa

Os comentários nacionais é que Belo Horizonte está bem à frente das demais cidades-sedes em seus preparativos para 2014. E hoje parecia um ensaio geral, como se a Copa fosse daqui algumas semanas, aqui. A PM trabalhou bem, o tráfego fluia, e dentro do Mineirão era uma festa só, com direito a prefeito, governador, presidente da Câmara Municipal e presidente da Assembleia Legislativa, todos atleticanos, presentes.

O inaceitável

Vi cambistas atuando em todas as seis Copas que cobri, e este ano verei de novo, na África. Nunca acabarão, mas é preciso que tenham o trabalho dificultado. No início do segundo tempo ainda havia torcedores fora do Mineirão, com esperança de conseguirem um ingresso, e havia cadeiras vazias lá dentro. Claro que os estádios do mundo inteiro jamais comportarão todos os torcedores que querem ver seu time numa decisão, mas quando os cambistas teem libertadade para adquirir centenas de ingressos, revolta a todo mundo. O Atlético precisa limitar a compra do número de ingressos por pessoa.

O jogo

Gilson Kleina é muito bom de serviço. O Ipatinga não chegou à toa à final do Campeonato, mesmo tendo um time modesto em relação a Atlético e Cruzeiro. Armou a sua equipe esperando os erros do Atlético, que na cabeça dele, iria partir com tudo desde o início do jogo. Mas Vanderlei Luxemburgo mudou, de novo, a tática. O jogo ficou amarrado no meio, nervoso e os adversários se estudando.

A vitória

Muriqui é um jogador importantíssimo do Galo e tem mostrado isso. Mas é inacreditável a capacidade dele para errar gols. Só que ele compensa com algumas jogadas, como o cruzamento que fez para o Tardelli iniciar a sacramentação do título. O segundo gol foi um prêmio ao Marques e uma aula para os jovens atacantes de como aproveitar uma oportunidade única em uma decisão.

O passado

Não tem jeito de não lembrar do Celso Roth! Como ele pode ter tirado o Júnior do time ano passado, no momento mais importante do Campeonato Brasileiro, quando o time brigava pela título!? Outra do Roth, que mostra a diferença entre um técnico e outro: faltando 10 jogos para o fim do Brasileiro, ele fez um churrasco que ficou famoso. Só chamou os seus chegados, entre jogadores e comissão técnica. Foi o início da derrocada, com aqueles vexames seguidos que tiraram o Atlético da briga pelo título e da vaga para a Libertadores.

Para o jogo de ida com o Ipatinga, Vanderlei Luxemburgo mandou fretar dois aviões e despachou mais dois ônibus do Atlético levando todo mundo para lá. É grupo ou não é?

São os famosos “detalhes”, que fazem diferença!

A saudade

Toda vez que passo perto ou entro no Mineirão me emociono, tendo jogo ou não. Um grande pedaço da minha vida está ali, desde criança, quando meu irmão Gilmar, levou-me pela primeira vez, para ver um Atlético x Ceará. Depois tornei-me repórter, e o que conquistei como profissional, tem tudo a ver com o “Gigante da Pampulha”.

Quando entrei na área das tribunas e vi gramado e arquibancadas, quase chorei. A massa cantando “Vou Festejar”, samba clássico da voz da Beth Carvalho, hino número dois do Galo. Lembrei de duas saudosas e emblemáticas personalidades da nação alvinegra: Vilibaldo Alves, o maior narrador que ouvi, com quem tive a honra de trabalhar durante muitos anos, e Elias Kalil, o maior dirigente que vi no futebol.

* Essas e outras, amanhã, na coluna do Super Notícia, nas bancas!


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Comentários:
13
  • paul disse:

    olá……..vc falou do Muriqui e me lembrei que há algum tempo o companheiro do Tardelli era o eder luiz…..quanta diferença…………Muriqui é jogador solidario,da assistencias,joga pro time enquanto aquele perna-de-pau do eder so sabia pegar a bola,amarrar um barbante e achava que era cracaço de bola…..foi tarde e que os portugueses se virem com ele rsrsrsrs……ab

  • Daniel Oliveira Silva disse:

    Nesta segunda só uma palavra.

    Maravilhoso
    Atléticano
    Raçudo
    Qualificado
    Unico
    Estupendo
    Simplório

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Eu continuo achando que não justifica… até porque vc faz comparação de 2 períodos totalmente diferentes, distantes 20 anos…
    Hoje os clubes fazem parcerias para praticamente tudo… naquela época somente se ganhava dinheiro nos clubes com bilheteria… até a venda de jogadores para o exeterior somente tomou força anos mais tarde… hoje Atlético e Cruzeiro movimentam milhões e milhões… como disse o Kalil : “se ninguém roubar e não deixar roubar, dá pra tocar o barco…”

  • Alisson Sol disse:

    Dudu,

    Eu só estou aplicando os mesmo critérios. Eu jamais disse que o time atual do Cruzeiro é bom, e muito pelo contrário. De qualquer forma, mesmo que eu dissesse que o time do Cruzerio hoje é bom, estaria ainda sendo consistente ao comparar os resultados da administração Elias Kalil e das administrações Perrella, dentro e fora de campo (e todos sabem que não sou de forma alguma “torcedor da família Perrella”).

    Sr. Elias Kalil: Títulos rurais. Fora de campo, comprou o terreno para o centro de treinamento, depois de onde o Judas perdeu as botas, e começou a fazer um campo.

    Perrellas: Títulos rurais, Brasileiro e Libertadores (nem conto as bobeiras de “SuperCopa”, “Recopa”, etc.). Fizeram um novo centro de treinamento dentro de Belo Horizonte, no Bairro Trevo na região da Pampulha (que os próprios atleticanos insistem em chamar de Enseadas das Garças, provavelmente porque conhecem a região melhor do que a prefeitura que envia o IPTU).

    Futebol é resultados. Bola na trave não altera o placar, e nem vou entrar nesta questão de comparar “visão e inteligência”, pois senão começamos a analisar o “balanço intangível”. Comparando os resultados objetivamente, dentro e fora de campo, só falta aos Perrella morrer para começarem a ser idolatrados.

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Alisson, não viaje na maionese…
    Elias Kalil pensava grande e só não ganhou Brasileiro e Libertadores por conta dos roubos de arbitragem, pois o GALO era o melhor time brasileiro, quiçá da América do Sul no início dos anos 80… não sou eu quem diz isso, mas todos que acompanharam o esquadrão com João Leite, Nelinho, Luisinho, Cerezzo, Paulo Isidoro, Éder Aleixo, Reinaldo, Marcelo, etc…
    Seu timinho de hoje, que vc julga ser tão bom, poa acaso tem algum jogador que se compare com qualquer um desses que citei?
    Somente o Fábio poderia chegar perto do João Leite e olhe lá…
    vc deve ter apenas uns 18 ou 19 anos pra não saber(ou fingir que não sabe) disso…
    Incomparável a inteligência e visão do saudoso Elias Kalil com a de outros mafiosos que conquistaram títulos, tais como Eurico Miranda, Zezé Perrela e outros…

  • Márcio Luiz disse:

    Bom dia, Chico!
    com todo aquele desserviço do Celso Roth ao Atlético, você ainda foi contra a demissão dele, lembra?

  • WELINGTON RAMON DE OLIVEIRA disse:

    CARO CHICO

    VOCÊ FOI MUITO FELIZ AO DIZER DO RESGATE DA AUTO ESTIMA ATLETICANA, ISSO COM CERTEZA NÃO SERA FOGO DE PALHA, HOJE VEMOS O GALO COM UMA POSTURA MUITO DIFERENTE DE ANOS ATRAS E ISSO FORA E DENTRO DE CAMPO, E A COISA ANDA TÃO BEM, QUE ATÉ A SAUDADE DAS NARRAÇÕES DO VILIBADO ESTÃO SENDO REPRESENTADAS PELA INIGUALAVÉL MARIO HENRIQUE QUE VEM DEVOLVENDO AO TORCEDOR A MAGIA DESE OUVI UM JOGO PELO RADIO .

  • Nelson Henrique disse:

    Chico,

    Tem gente que deveria ficar calado.
    Despeito é um sentimento duro viu!
    Quanto à festa foi realmente muito boa.
    Problemas sempre existirão.Devemos é tentar corrigi-los.

    Saudações alvinegras.

  • rodrigo assis disse:

    onde será que encontramos narrações de gols na voz do vilibaldo?

  • Anderson Palestra disse:

    Chico, cambistas nunca acabarão. Não adianta limitar a compra dos ingressos, os cambistas saem de dentro do clube e federação.
    Eu conheço um cambista, inclusive peguei ingresso com ele no Cruzeiro X Payssandu em 2003 e adivinha onde ele trabalha? FMF.
    Sinceramente eu não sou contra a atividade, desde que o cambista fosse para a fila como os demais e lá saissecom seus ingressos. O problema é sair de dentro do clube e da federação com um monte de ingressos.

  • Alisson Sol disse:

    Aplicados os memos critérios utilizados para avaliar o mandato de Elias Kalil no Atlético-MG (só venceu o Rural e “iniciou” obras de um centro de treinamento onde Judas perdeu as botas), quando Perrella morrer vai ser santo…

  • Ario Maro de Andrade disse:

    Chico Maia, acho que você deve lembrar de mim de Sete Lagoas…suas duas lembranças foram muito oportunas….também fique emocionado, principalmente mostrando para meus 2 filhos o Minerão … que meu pai me levou lá a 1ª vez num Atlético e Cruzeiro… se não me engano …1969 com gols de Natal e (me esqueci do nome do segundo cruzeirense) e nosso Vaguinho (irmão do nosso amigo Play…) lendo seu blog me emocionei … é como se um pedaço de minha história (não tão brilhante quanto a tua…) que está indo…ou transformando-se…. já estamos um pouco mais velho colega ….abraços e muito mais sucesso ainda.

  • J.B.CRUZ disse:

    CHICO MAIA:
    Você lembrou de duas pessoas que realmente honraram os cargos por eles exercidos..
    VILIBALDO ALVES (Advinhe!!!).(Locutor esportivo).
    ELIAS KALIL (O melhor presidente que o galo já teve), tio ¨gigio que é atleticano ¨doente¨ agradece pela lembrança dos dois…