Blog do Chico Maia

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E agora José!

Pegando emprestado o título de uma das mais famosas poesias do itabirano Carlos Drumond de Andrade, o que vai acontecer com o futebol mineiro daqui pra frente?

Especialmente com os times do interior?

O Valério, da terra de Drumond, é um “morto-vivo” e foi parar na terceira divisão estadual.

E o Democrata de Governador Valadares, que fez ótima campanha na elite?

Estas perguntas são feitas em Ipatinga, por um dos comentaristas mais respeitados do interior, Fernando Rocha, em sua coluna de hoje no Jornal do Vale do Aço:

“…O que vai acontecer a partir de agora visando melhorar ou mudar este  quadro  para  o ano que vem?

Certamente, nada. O omisso presidente da Federação continuará recolhido na sua insignificância; os presidentes de Atlético e Cruzeiro, que poderiam suscitar uma discussão em busca de soluções, voltam-se agora para as competições nacionais e internacionais, virando as costas para os problemas graves do campeonato estadual.

A Federação Mineira e o diretor de arbitragem, Jurandy Gama, precisam vir a público e explicar o que foi, ou o que será feito,  com os R$ 270 mil pagos por uma financeira, patrocinadora também dos nossos principais clubes, para que os árbitros carregassem sua logomarca nos uniformes durante a competição. A cobrança foi feita pelo ex-árbitro, Juliano Lopes Lobato, durante o programa “Meio de Campo” da Rede Minas no domingo à noite, revelando que o clima entre os apitadores mineiros é de total antipatia em relação ao atual diretor. Em tempo, Juliano Lobato é um dos nomes cotados para comandar a arbitragem mineira, se o atual diretor for mesmo demitido.   

E vida que segue, morna e mansa, aqui nestes grotões: o Democrata/GV, por exemplo, que fez ótima campanha, teve a defesa menos vazada e o artilheiro da competição, já fechou as portas, dispensou todo mundo e agora só volta às atividades no próximo verão, em 2011, exibindo novamente o seu velho e ultrapassado Estádio Mamudão, com os mesmos defeitos ou até pior, não podendo jogar diante da sua torcida, se conseguir passar às finais…”


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Comentários:
14
  • Renato Paiva disse:

    Adolfo disse:
    “De toda a forma, é extremamente necessário que a FMF saia da inércia, do ostracismo, da submissão à dupla rapogalo, e busque medidas eficientes para a melhoria não só da competição mineira, mas das condições de trabalho dos clubes do interior, pois o futebol em Minas caminha a passos largos para o fim.”
    Assino embaixo!

  • Clayton Batista Coelho ( "Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH" ) disse:

    Adolfo,

    Realmente vc foi muito feliz nas suas colocações. Confesso que não havia pensado por esse outro ângulo.

    Abraços

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Fabrício… por obséquio, queira reler o que escrevi e , com um pouco mais de boa vontade, entenderá que não estou “reclamando da arbitragem de 2005”, como vc disse… a ênfase no caso foi colocada sobre a possibilidade desse cidadão assumir a diretoria de arbitragem… logo um sujeito que já teve problemas de suspensão por favorecer a interesses de um determinado clube (ou mais clubes)…
    Será que não há outra pessoa mais qualificada? Tipo Antônio William Gomes, sei lá…

  • Alisson Sol disse:

    O Adolfo citou algo importantíssimo: para quem torce o interior? Compensa prefeitura ajudar um time local “temporariamente”, se depois vai tudo por água abaixo?

    Um estudo econômico que já vi sobre o assunto (teria de procurar a referência) coloca a “massa crítica” para um clube de futebol ser sustentável ali pela ordem de grandeza 10 milhões de habitantes. Portanto, Minas Gerais, economicamente falando, tem espaço exatamente para os dois grandes clubes que tem.

    Usar dinheiro público, ou mesmo privado, na tentativa de fazer um esporte ou um clube tornarem-se populares em um local é perda de tempo. Enquanto chove dinheiro, tudo vai bem. Depois, tudo desaparece. Se “dinheiro” fosse a solução para fidelizar torcida, o futebol (inglês) já seria popularíssimo nos Estados Unidos (já tentarem com Pelé, Beckham, etc.). Mas o futebol nos EUA é relegado às comunidades espanicas, e mesmo assim depois do beisebol, do futebol americano, e do basquete, além de ser chamado de “esporte de menina” (não critiquem o mensageiro!). Pior foi quando tentaram na marra popularizar tênis no Brasil devido ao sucesso pessoal do Gustavo Kuerten. Era risível…

    A solução para o interior: esquecer Atlético-MG e Cruzeiro, e fazer ligas regionais durante o ano inteiro. O torcedor do interior continua torcendo para um dos “grandes de Minas”, e mais um time da “divisão regional”. É assim com os esportes que deram certo nos EUA, onde existem os grandes times da “Liga Profissional” em cada estado, e os outros times locais são ligados às ligas universitárias ou mesmo do secundário.

    Ver dinheiro público jogado no ralo para fazer político ficar popular durante o período eleitoral é triste.

  • J.B.CRUZ disse:

    Com um bom planejamento tudo é viável nesta vida, nada é impossível quando se quer fazer..Mas atualmente parece que o ser humano só pensa em ter..É a ditadura do dinheiro..Estamos vivendo sob a égide da ganância em detrimento do trabalho…

  • Adolfo disse:

    Clayton, concordo com sua frase: se correr o bicho pega…
    Mas creio que, infelizmente, a grande maioria das prefeituras mineiras não possui capacidade financeira para ajudar os clubes, pois já estão bastante endividadas ou com o orçamento todo comprometido. Na minha opinião, apoiar outros esportes coletivos, como no caso de Montes Claros no vôlei, e de algumas cidades do interior paulista com o basquete, fica mais fácil devido a paixão pelos clubes. Os dois maiores de Minas, junto com os clubes de rio – são Paulo, possuem enorme torcida no interior, e dificulta o “abraço à causa”, como ocorreu em MOC, onde a cidade apoiou completamente o time local, contribuindo para a boa campanha na liga. Vejamos o caso do Ipatinga: consegue público razoável, a favor, quando joga contra a dupla da capital. Mas certo é que boa parte da torcida que vai apoiá-lo torce na realidade para o rival de seu adversário neste jogo. E olha que estamos falando de um time que disputa a série B do nacional, com passagem recente pela série A, e com ótimas campanhas no mineiro, inclusive com título. Mas sua torcida na cidade não chega nem perto da dupla.
    De toda a forma, é extremamente necessário que a FMF saia da inércia, do ostracismo, da submissão à dupla rapogalo, e busque medidas eficientes para a melhoria não só da competição mineira, mas das condições de trabalho dos clubes do interior, pois o futebol em Minas caminha a passos largos para o fim.
    Votos de Paz.

  • Tonhão disse:

    Uai Chico e tal parceria do Palestra-BH com o Demo ?

  • rodrigo assis disse:

    baixei o poster do galo campeão mineiro no site do hoje em dia e sou capaz de afirmar que o renan oliveira tava dormindo em pé na hora da foto…sério

  • Fabricio disse:

    Dudu,

    Numa boa, reclamar de arbitragem de 2005???? Vcs culparam juiz e não enxergaram o time que tinham. Vc lembra o resultado no fim do ano?

  • Clayton Batista Coelho ( "Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH" ) disse:

    Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come… rsrs

    Infelizmente, continuaremos vendo times sendo formados às vésperas do Campeonato e desmontados logo após o encerramento. E essa fórmula absurda onde entre 12, se classificam 08…

    Querem “favorecer” os times do interior de MG com esta fórmula, mas é uma ajuda pra inglês ver…

    Acho que algumas Prefeiruras poderiam seguir o exemplo que Montes Claros fez com o Voley… Onde além da iniciativa privada, houve apoio da prefeitura e princialmente o comprometimento de toda população da cidade.

    Mas como despertar a população, para acompanhar, torcer e incentivar um time criado só pra participar de um Campeonato, com aquela desconfiança de sempre, de ser um Campeonato de cartas marcadas ??

    A reformulação deveria ocorrer sim, mas os possíveis resultados só veríamos a médio prazo. O problema é que essa reformulação, nem sempre é de interesse dos mandatários do futebol mineiro.

  • Renato Paiva disse:

    A fórmula deve ser repensada sim. Porém, os clubes do interior estão em situação financeira trágica. Não conseguem sequer manter categorias de base.
    É uma pena, mas times tradicinais correm o risco de sumirem, como aconteceu com o Siderúrgica e o Sete de Setembro. Abram o olho Villa Nova, Democrata de Sete Lagoas, Guarani de Divinópolis, Rio Branco de Andradas e tantos outros.
    E não adianta a FMF obrigar os clubes a disputarem as categorias de base, como fazem hoje. A FMF tem que ajudar a viabilizar esses clubes. Porque não pensar em um patrocínio (único) para viabilizar a base desses clubes, dando participação nos atletas??! Será que o BMG ou outra empresa qualquer não toparia isso?! Temos que discutir o futebol mineiro…

  • Aldemário Filho disse:

    A Federação Mineira de Futebol deveria ser a principal interessada em resolver os problemas dos clubes do interior de Minas, primeiro fazendo um diagnóstico de todos os clubes federados, depois promovendo um encontro nas cidades dos clubes no estilo de uma audiência pública.
    Com isso, mostrando-se presente a federação Mineira teria maior facilidade em buscar parceiros e patrocinadores para todas as suas competições. Porém, sabemos que a atual administração pensa muito pequeno e só por um milagre faria alguma coisa nesse sentido.

  • Alexandre disse:

    É Chico, a situação é feia. O Módulo 2 tb está acabando e o que irá acontecer? E a Taça MG que só gera despesas?
    Mas ninguém tá preocupado com isso… muito difícil!
    Ontem conversando com um amigo no msn a gente meio que bolou uma fórmula até atrativa pro Mineiro, sem a presença de Atlético, Cruzeiro, Iatinga e América, que entrariam só numa fase final. Dps faço um resumo e um texto mais elaborado sobre e te passo. Idéia não mata ninguem né, rsrs

    Abraço

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Bom dia Chico!
    Se esse Juliano Lobato assumir, aí é que teremos inúmeras reclamações.
    Lembrete: estréia campeonato mineiro 2005 Galo X Valério no Mineirão.
    O Galo vencia por 2×1, aí esse Juliano Lobato deixou de marcar um pênalti a favor do Galo e inventou 2 pênaltis pro Valério, sendo afastado depois desse jogo. O Procópio, treinador da época quase teve um infarto por causa da “gatunagem” desse cidadão.