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Só o futebol para tanta emoção

O futebol é uma fonte inesgotável de oportunidades: inserção social, lazer, projeção de um povo, de uma cidade, de um país. Um exemplo permanente para quem quer vencer em qualquer atividade humana: é preciso perseverança e crença em si mesmo.
O Jornal Nacional está apresentando diariamente uma série de reportagens especiais com os jogadores do Brasil na Copa da África. um dos melhores trabalhos do excelente repórter Tino Marcos, que foi até as cidades de cada jogador. Com raro poder de síntese mostra a vida do jogador desde a infância até a convocação para a Copa.
Fiquei feliz demais com duas, dos mineiros, Gilberto Silva e Gomes.
A do Gomes me foi enviada pelo conterrâneo Renato Paiva, grande democratense, diretor jurídico do Democrata Jacaré.
Confira o que escreveu o Renato e a ótima reportagem do Tino Marcos:
“Olhem só a importância do futebol e do Democrata para Sete Lagoas
 

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Comentários:
5
  • francisco barbosa disse:

    Alissom e Emílio , pegando carona em seus comentários saibam que aqui no Brasil os profissionais do magistério (rede pública) acham que o dinheiro da educação é “somente” deles e que Educação Física é materia que deveria ser retirada do currículo escolar.

  • Alisson Sol disse:

    Emílio: nem pense em se arrepender de ter estudado. É a melhor coisa não apenas para você, mas também para sua família. Em verdade, este é o grande resultado da estrutura esportiva americana (que dá um banho na da Europa/Brasil): tudo gira em torno da elevação da condição sócio-econômica de toda a família, e não apenas do indivíduo.

    Caso contrário, tem-se a situação da Europa/Brasil: os jogadores de futebol não tão bem-sucedidos podem acabar tornando-se um fardo para a família. Para os bem-sucedidos, a família é que torna-se um fardo… (gente que vive de ser “parente de jogador de futebol” deveria ter vergonha…).

  • Emílio Melo Figueiredo disse:

    Òtima observação do Alisson!

    Se houvesse essa estrutura no Brasil, poderíamos ainda mais formar grandes craques!!!

    Lembro-me que quando jogava bola ( jr do Democrata ), parei por motivos de força maior. Daí então continuei os estudos. Acho que até certo ponto me arrependo. Mas tive oportunidade de continuar com a vida acadêmica, graças ao meu esforço e muito pela condição dos meus pais. Outros em minha situação poderiam parar e não ter tal oportunidade. Existem casos de ex colegas meus. Ou foram forçados a trabalhar cedo, ou acabaram no mundo das drogas, etc..

  • Alisson Sol disse:

    Permita-me um contra-ponto a esta opinião:
    O futebol é uma fonte inesgotável de oportunidades: inserção social, lazer, projeção de um povo, de uma cidade, de um país. Um exemplo permanente para quem quer vencer em qualquer atividade humana: é preciso perseverança e crença em si mesmo.

    Isto ocorre com o futebol americano, o basquete, o beisebol, etc. Nestes esportes, a criança entra já no time da escola no primário, segue na escola secundária, passa pela liga universitária, e então segue para o profissional. Mesmo que não chegue a ser um daqueles 1% que serão profissionais de sucesso, terá continuado na escola devido ao esporte. Terá conhecido outros alunos não ligados ao esporte que poderão auxiliá-lo na sua vida, e vice-versa.

    O futebol, principalmente no Brasil, está quase tão longe disto quanto possível. É uma fonte de “ilusão social”. As pessoas ficam impressionadas com reportagens como a do Gomes, e se esquecem de milhares de jogadores país afora que não ganham nem salário mínimo. Não sei de um estudo recente sobre a distribuição de salários dos jogadores de futebol no Brasil. Mas não pode ser algo bom, considerando que estudos portugueses afirmam que os jogadores brasileiros impedem os jovens jogadores portugueses de ter um bom salário, devido ao fato de os brasileiros (implicitamente de melhor qualidade) aceitarem como excelente um salário de 1 mil euros por mês.

    No Brasil, o futebol está se tornando uma ilusão, onde o sucesso de um jogador depende mais das conexões de seu empresário com clubes, parceiros e técnicos do que da qualidade do futebol do indivíduo. Para cada “Gomes”, há uns 30 “Marquinhos Paraná” (nada pessoal, pois deve ser uma excelente pessoa, mas é um jogador de futebol medíocre). E para cada “Romário”, há sempre um “Dunga”, que sequer teria chegado a ser jogador profissional caso o futebol no Brasil fosse capaz de incluir todos os interessados no esporte e selecionar realmente os melhores. Não devemos nos esquecer de que “Dunga” existiu em seleção devido a Sebastião Lazaroni (veja a que ponto a comissão técnica da seleção brasileira já chegou!). E Lazaroni chegou a técnico da seleção… (lembram?)

  • Chico,

    É por isso que é importante o fortalecimento dos clubes do interior. Prefeituras( desde que não sacrifiquem o orçamento), empresários, entidades de classe e população em geral devem se unir para que cada cidade mineira e brasileira tenha um bom time de futebol ou de outro esporte para que além do lazer, essa mesma população tenha perspectiva de lucro social, de imagem e de afirmação.