O ideal é que todos os jogos da Copa fossem como esses das fases decisivas. Os iniciais são de uma lerdeza de dar sono, com raras exceções. A partir das oitavas de final o bicho pega e só vemos confrontos da melhor qualidade, com a bola rolando ou nos pênaltis.
O jogo Uruguai e Gana entrou para a história por causa de tanta adrenalina nos momentos finais. Jogador comemorando expulsão porque o que a motivou foi o pênalti não convertido pelo adversário. Foi o caso uruguaio, que ficou parecendo cena de filme.
A Alemanha deu um banho de bola na Argentina e deixou até barato os 4 x 0. A defesa do time do Maradona é de uma ruindade impressionante e era previsto que os alemães deitassem e rolassem.
A final da Copa deverá repetir 1974 entre Alemanha e Holanda.
Apesar de terem feito um jogo feio, amarrado dos dois lados, Espanha e Paraguai produziram também momentos que serão lembrados por toda a vida de quem assistiu: em dois minutos, dois pênaltis desperdiçados; um para cada lado.
A Espanha passou agora, mas não acredito que passe pela Alemanha.
Muita gente acreditava que Dunga e Maradona fossem se enfrentar na final da Copa, agora como treinadores. Tentavam entrar para o seleto grupo onde estão Zagallo e Beckembauer, como os únicos que foram campeões como jogador e técnico. Não foi dessa vez!
Se muitos acreditavam, a maioria de quem gosta de futebol temia que isso ocorresse. Ambos foram apostas equivocadas, pelo menos neste momento, da CBF e da AFA. Conhecem o futebol taticamente, Dunga muito mais que Maradona, mas não estavam ainda preparados para comandar duas as principais seleções do mundo.
Dunga pecou pela arrogância e espírito ditatorial. Caiu naquela frase que diz “se queres conhecer um homem, dê-lhe poder”. Não soube ser líder. Antes de se tornar o todo poderoso da seleção era uma figura tratável e boa de prosa. Chegou a ser comentarista da Rede Bandeirantes, na Copa de 2006, quando convivia muito bem com toda a imprensa no dia-a-dia.
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