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Fumar não pode; beber pode!

* Diz um ditado jurídico, desses que a gente aprende no primeiro período do curso de Direito, que “o uso e os costumes fazem as leis”. E cada país, cada, povo tem seus hábitos, costumes e por consequência, leis próprias.

Com a globalização tudo mudou e continua mudando. Viajando, se observa coisas interessantes, que mexem com a cabeça de qualquer um.

 

Mundo vasto

 

Vejam só: quatro anos atrás, na Copa de 2006, eu o Eugênio Sávio e o Rono Neves, saímos de Colônia, na Alemanha, com destino a Amsterdam, na Holanda, percurso que é feito em pouco mais de duas horas. Nas estradas da Alemanha não há limite de velocidade e vende-se de tudo nas lojas de conveniência dos postos de abastecimento. Você atravessa a fronteira e a velocidade máxima permitida é 120 Km/h, e é proibida a venda de bebidas alcoólicas. Porém, a maconha é liberada!

Vasto Mundo

 

Lembrei-me dessas histórias porque ontem estive durante um bom tempo com o Comandante Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Sul, Coronel João Carlos Trindade Lopes, que está aqui com mais oito oficiais gaúchos. Lá a PM tem o nome de Brigada Militar, e ele contou fatos muito interessantes dessa experiência que estão tendo nesta Copa. De cara achou estranho o fato de cerveja ser liberada nos estádios, mas o cigarro é proibido. Ele como fumante, tinha que sair para dar as suas pitadinhas.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna no Super notícia, amanhã, nas bancas!


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Comentários:
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  • Alisson Sol disse:

    O Frederico Santos descreveu exatamente o que ocorre na Holanda. Há realmente áreas em Amsterdam onde a polícia não evita o uso de drogas, mas o princípio é de ajudar os viciados a não propagar doenças, dando-lhes seringas e agulhas, e um bom discurso toda vez.

    Frederico Dantas: a Autobahn tem uma reputação boa mais pelo bom asfalto do que por permitir em realidade a tal “velocidade sem limites”. A situação atual é de, mal tendo duas pistas em alguns trechos, o limite de velocidade é o congestionamento em que você está parado.

    Hoje em dia, como quem acaba pagando qualquer evento mundial é a classe média do “G20”, as leis estão praticamente ficando homogêneas. Como já provado por estudos com familiares de fumantes, a fumaça do cigarro é suficiente para causar cancer e outros problemas de saúde. Fumantes que insitem em “fumar em público” em sua maioria já sabem disto, e estão fingindo ignorância ou o famoso “só uma vez não vai causar problema”. E o motivo pelo qual se permite a bebida em estádios na Europa é porque se sabe que ninguém vai sair dali dirigindo, e que quem causar brigas vai preso, independente do nível social.

    O que vai acontecer na Copa no Brasi é simples: com ingressos a aproximadamente R$1000,00 por assento, não se terá mesmo problema algum. Nada que fique depois do evento.

  • Frederico Santos disse:

    chico, o problema da bebida é a incoveniencia do bebum, já o cigarro prejudica a saúde do não-fumante, portanto a lei é coerente.

    Já a questão da maconha, não é verdade que esta é liberada da maneira como o brasileiro pensa. Na Holanda, por exemplo, as autoridades de transito, agentes de polícia e os orgãos fiscalizadores nas auto-estradas, possuem equipamento capaz de detectar se o condutor de um automável fez o uso da maconha ou de qualquer substância psicotrópica, sendo este penalizado pelas leis deste país. Além do mais existe o lugar apropriado para consumir esta substância.

  • Frederico Dantas disse:

    A proibição de cerveja no Mineirão será, obviamente, revogada para a Copa do Mundo. Um dos patrocinadores principais da Fifa é justamente uma marca de cerveja.

    Quantos aos usos e costumes, quanto mais educado é um povo mais flexíveis são as leis que advêm destes usos e costumes. Tome-se estas estradas alemãs, sem limites de velocidades. Pode-se viajar dias por elas sem presenciar um único acidente. Não se veem caminhões fazendo loucuras, motoristas mais lentos pirraçando os mais rápidos… enfim, são educados para isso.