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Começam aparecer os vilões do fracasso da seleção: Jorginho: “Santo do pau oco”

Entre a maioria dos jornalistas ele era tido como “traíra”, responsável pela radicalização do Dunga contra a imprensa. Mas alguns o defendiam e diziam que o Dunga não sofria tanta influência dele a esse ponto.

Agora, alguns jogadores estão abrindo o bico e confirmando, que também entre eles, o auxiliar técnico Jorginho, ganhou a fama de “duas caras”, desses que pregam uma coisa e agem de outra.

A reportagem é da Folha de S. Paulo de hoje:

 

Jorginho sai queimado da seleção brasileira

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS A PORT ELIZABETH

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Esse foi o sentimento de alguns jogadores da seleção com relação ao auxiliar técnico Jorginho. Braço direito de Dunga na seleção brasileira, ele pregou durante o Mundial que a equipe deveria ficar isolada dentro de um hotel em um condomínio sofisticado de Johannesburgo.

Ele também decidiu pelo fim das folgas para os jogadores durante a Copa-2010. Com Dunga, forjou no grupo que os parentes dos atletas deveriam ficar no Brasil para evitar que o time “perdesse o foco” no torneio.

Alegavam que os jogadores poderiam se desconcentrar do Mundial com os familiares na principal metrópole da África do Sul, cidade com índices de violência superior aos piores vistos no Brasil.

Apesar do discurso de reclusão, Jorginho fez o contrário. Desde o primeiro dia da Copa sul-africana, sua mulher e seus filhos estavam em Johannesburgo. O fato só foi descoberto mais tarde pelos jogadores, que se sentiram traídos pelo auxiliar técnico.
A partir daí, Jorginho foi perdendo o poder no grupo.

O ex-lateral direito, campeão mundial em 1994, também desagradou aos dirigentes. Ele era um dos líderes da ala religiosa da seleção. Jorginho aparelhou a delegação brasileira de evangélicos.

Ele foi o responsável pela contratação de Marcelo Cabo para ser “espião” de Dunga no Mundial. Desconhecido no futebol, Cabo dividia com Taffarel, escolhido por Dunga, a função de observar os rivais do time nacional.

Amigo de Jorginho de igreja, ele só trabalhou em clubes pequenos do futebol, como o Bonsucesso, o Bangu e o desconhecido Atlético de Tubarão (SC). O ponto alto da carreira dele foi ter sido auxiliar técnico de Marcelo Paquetá na seleção da Arábia Saudita, em 2002. No Oriente Médio, treinou times locais.

Jorginho influiu até na escolha dos seguranças da seleção. Um deles foi colocado no posto por ser evangélico.

O auxiliar técnico de Dunga comandava também na seleção as sessões de oração. Um pastor frequentava a concentração para rezar com os jogadores. Lúcio, Josué, Felipe Melo e Luisão eram os atletas mais participativos.

Frequentador da Igreja Congregacional da Barra da Tijuca, Jorginho participa dos cultos quando está no Rio e habitualmente confunde futebol com religião.

No início da carreira como treinador, tentou trocar a mascote do América carioca em 2005. O símbolo do clube é um diabo. Segundo Jorginho, a mascote era uma das responsáveis pela má fase do time –o último título estadual do América foi em 1960.

Ele queria substituir o diabo por uma fênix. A proposta, no entanto, acabou recusada por dirigentes e torcedores do clube.

* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/761586-jorginho-sai-queimado-da-selecao-brasileira.shtml


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Comentários:
10
  • Então o fracasso da seleção deve-se ao fato que haviam muitos jogadores evangélicos? Puxa, que coisa hein?
    Em todo meio, todo, existem pessoas de caráter e sem caráter algum, mas não podem relacionar fracasso da seleção com o fato de alguns jogadores e o Jorginho serem evangélicos, se dão ou não seu testemunho isso é individual e particular, se ‘comercializam’ Jesus por aí, eles serão responsabilizados. O fracasso se deve a uma série de erros, entre eles o treinador e sua trupe.

    Abraços

  • Maria Alice disse:

    Eu quero estar viva e lúcida para ver um jornalista/comentarista de futebol treinar um time e não precisa necessariamente nem ser a seleção.
    Tenho até sugestões, caso o RT queira: Lélio Gustavo, João Vítor Xavier e Neto.
    SABEM TUDO…………

  • J.B.CRUZ disse:

    Pelo o que foi publicado sobre o JORGINHO, apareceu o FARISEU da SELEÇÃO..

    ¨¨ FAÇA O QUE EU MANDO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO ¨¨
    ——————————————————————————-

  • carlos queiroz disse:

    Concordo com o alisson , bater em morto e mole , bando de vampiros .

  • tá igual em 2006: a imprensa só falou da “farra e do circo” depois que perdemos pra França. Sinceramente a imprensa sempre é o braço direito deles. antes do Chico xingar, tem as exceções, mas na imprensa são apenas 0,01%.

  • Rodrigo disse:

    Concordo com o Alisson Sol em gênero, número e grau.

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Não tínhamos um time pra ganhar. Dunga tem sim culpa, não escalou o melhor e para mim, nunca foi técnico de futebol, foi sim um motivador. O problema do motivador, é que quando é necessário o conhecimento, a coisa desanda. Mesmo caso de Maradona. Os dois morreram abraçados pelo mesmo motivo, foram colocados como técnicos, por uma questão de estilo, estilo Dunga e estilo Maradona.

  • Renato Paiva disse:

    Felipe Melo precisa é de tratamento profissional, não de oração.

  • Kkkkkkkkk Tudo estava podre na seleção…

    Ohh meu Brasiiiiiiiilllllllllll!!!!!!!!!!

  • Alisson Sol disse:

    Mas fica a pergunta: ninguém da imprensa publicou isto antes? Por que?

    Desculpem-me, mas agora, “bater no cavalo morto” é covardia. É preciso que se evite a generalização, pois muitos jornalistas e comentaristas foram realmente coerentes o tempo todo. Mas alguns ficavam literalmente com medo de criticar o estilo de futebol e as “práticas gerenciais” da comissão técnica da seleção, para evitarem ficar impopulares caso a seleção ganhasse a copa.

    Foram poucos os que tiveram a coragem de dizer que o futebol da “seleção de Dunga” (como alguns até a chamavam) não era representativo do futebol brasileiro. Era arriscado falar isto, e se enfrentava a barragem de críticas dizendo que se estava torcendo contra o Brasil (confusão comum entre nacionalismo e admiração por futebol bem jogado).

    Agora, penso que Dunga e Jorginho deixaram de ser figuras públicas, e sua vida privada tem de ser respeitada. É preciso lembrar que este pessoal tem família, e estes não devem agora pagar por erros não cometeram. Quem gosta mesmo de futebol (de seleção) pode passar agora a discutir o próximo técnico, quais os jogadores a testar, como preparar a seleção de modo eficiente para uma copa em que não disputará eliminatórias, etc. O melhor a fazer com Dunga e Jorginho é dar-lhes a importância correta no brilhante histórico do futebol brasileiro… que é bem pouca!