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Choque ou tempestade?

Jair Pereira foi um ótimo técnico e dirigiu os três grandes de Minas.

Ele costumava usar uma tática, em determinados jogos, para surpreender o adversário e liquidar logo com as partidas.

Quando dirigiu o Cruzeiro chamava essa tática de “Tempestade no Deserto”, numa alusão ao ataque dos Estados Unidos ao Iraque, na Guerra do Golfo.

No Atlético mudou o nome para “Choque Elétrico”.

Dava certo na maioria dos jogos.

Lembrei-me disso porque o Cuca implantou sistema de jogo semelhante no Cruzeiro atual, e o jornal Super Notícia de hoje destacou com detalhes isso:

“Cruzeiro é arrasador no 1º tempo”

Nas 18 vitórias do time celeste no Campeonato Brasileiro, 11 tiveram gols marcados apenas na primeira etapa da partida

Contra o Vasco, o Cruzeiro entrou em campo decidido a resolver logo a parada. Os três gols no primeiro tempo deram tranquilidade à Raposa, que apenas administrou a vantagem na segunda etapa. E “matar o jogo” no começo tem sido uma característica do time celeste neste Brasileirão: 11 das 18 vitórias na competição foram construídas com gols marcados apenas nos 45 minutos iniciais.

Diante do time carioca, a Raposa parecia estar “mordida” com a polêmica da arbitragem que tomou conta dos noticiários depois da partida contra o Corinthians. O técnico Cuca gostou da postura do time. “A equipe entrou com muita gana, vontade de vencer, com determinação, desde o primeiro momento, fazendo uma decisão, como tinha de ser. Encaixou muito bem a bola parada e fizemos os três gols”, disse o treinador.

O goleiro Fábio destacou o ritmo intenso logo no começo do jogo. “Começamos o jogo em um ritmo muito forte, impondo nosso futebol, pois sabíamos que o Vasco poderia criar dificuldades. Graças a Deus, fizemos três gols e depois pudemos jogar com mais tranquilidade”, disse o goleiro celeste.

Nas vitórias conquistadas com gols na primeira etapa, em algumas oportunidades o time celeste procurou administrar a vantagem construída e, em outras, só não ampliou por seguidas falhas na pontaria. “Não tivemos muitas oportunidades no segundo tempo, em função do desgaste do primeiro. Soubemos administrar o resultado”, explicou Cuca depois do jogo contra o Vasco.

Mas, contra o Flamengo, no primeiro turno, por exemplo, o 1 a 0 do primeiro tempo não foi ampliado, por causa de muitas falhas nas finalizações. “Houve jogos que não vencemos com vantagem maior porque perdemos muitos gols”, disse o meia Montillo.

O curioso é que, listando-se os 49 gols do time até aqui na competição, não existe muita diferença entre os marcados antes do intervalo e os gols do segundo tempo: 25 no primeiro tempo e 24 no segundo.

* http://www.otempo.com.br/supernoticia/noticias/?IdNoticia=50497,SUP


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Comentários:
5
  • Fabrício Melo disse:

    Só que no clássico, o Cuca colocou o Funil errado, digo a tempestade inundou a área cruzeirense de gols. Cuca achou que ia ganhar fácil e levou 3 no 1° tempo.

  • Alisson Sol disse:

    O engraçado é que no futebol, como em tudo na vida, existem os fatos e as interpretações, que às vezes ignoram os fatos. Como já bem escreveu o Stefano a interpretação de que o Cruzeiro é “ofensivo” no primeiro tempo é um exagero do fato de que os gols foram “…25 no primeiro tempo e 24 no segundo“.

    Mas tem pior: li hoje que a diretoria do Corinthians culparia Adilson caso o time perca o título (link). O motivo: Adilson seria ofensivo demais. Assim fica difícil…

    Pior é que o Luxemburgo está perto de rebaixar o Flamengo. Aí, vai dar a seguinte explicação: “Vejam que o Atlético-MG, onde fiz um projeto desde o começo do ano, não caiu. Já o Flamengo, caiu porque aqui eu não começei o projeto.“.

    Hoje em dia, se você não acompanha futebol com bom humor, morre de raiva da falta de lógica e bom-senso na área (e nem vamos adentrar no assunto das possíveis falhas de honestidade…).

  • Emílio Melo Figueiredo - Sete Lagoas / MG disse:

    O problema do Cuca, é que aundo esses resultados “rápidos” não acontecem, o treinador espera as coisas acontecer. Ou seja, não faz acontecer! Volto a insistir, é um treinador pouco audacioso. É melhor errar por ação, que por omissão.

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Chico,
    futebol é muito cheio de lendas, que por vezes os números desmentem, veja esse caso do Cruzeiro, pura lenga! O negócio é que os times estão mediocres, os técnicos também, na verdade o futebol brasileiro está na entresafra. Cada dia que vejo o nosso futebol, mas acredito nos métodos do volei, organização e treino duro.

  • Daniel disse:

    Boa tarde Chico,

    procede a informação que alguns jogadores do Ituiutaba foram pegos no exame antidoping e que o acesso do time a série B estaria ameaçada? Seria um pecado. Um abraço e parabéns pelo blog.