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Está ruim, mas pode piorar!

Ouvi agora há pouco na Itatiaia uma das saideiras das grandes mentiras e bobagens do presidente Lula, ditas durante oito anos, com pouca ou nenhuma contestação, já que a oposição é e foi bem pior que ele.

Numa apertada que recebeu da repórter Aparecida Ferreira, disse que ela está errada ao dizer que as estradas federais em Minas Gerais são um horror. Voltou com o bordão “nunca antes na história desse país, houve tantos investimentos nas estradas… blá… blá… blá…”

Ainda bem que a Aparecida insistiu no questionamento, mas ele escorregou e mandou logo outros repórteres mudar de assunto.

Aí me lembrei de uma crônica que li semana passada na Folha de S. Paulo, sobre o “paulistério” da futura presidente, que reduziu Minas a apenas um Ministério e ainda por cima uma pasta da prateleira de baixo, que será ocupada por Fernando Pimentel.

Ou seja: para Minas, ruim com o Lula, pode ficar pior com a dona Dilma: 

“FERNANDO DE BARROS E SILVA”

Chanchada na largada

SÃO PAULO – O futuro ministro do Turismo de Dilma Rousseff patrocinou com dinheiro público uma noitada a amigos no Motel Caribe, na periferia de São Luís. Até ontem uma figura obscura e irrelevante da política nacional, o deputado Pedro Novais, do PMDB maranhense, usou R$ 2.156 da sua “verba indenizatória” (R$ 32 mil mensais, além do salário) para pagar essa farra privada. Aconteceu em junho.
Uma porção de rabanadas natalinas a quem adivinhar: quem é, quem é o padrinho da indicação do animado deputado ao ministério? Sim, o próprio. José Sarney, em parceria com Henrique Eduardo Alves (RN), o líder do PMDB na Câmara.
Flagrado agora pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Novais “corrigiu o erro”, como ele disse, e devolveu o dinheiro. Deveria fazê-lo fantasiado de Papai Noel, o bom velhinho.
Ontem, quem alegou “erro administrativo” foi a futura ministra da Pesca, Ideli Salvatti, do PT-SC. A Folha revelou que a senadora gastou mais de R$ 4 mil de verba indenizatória para pagar diárias de um hotel em Brasília, ao mesmo tempo em que recebia o auxílio-moradia.
Ideli, Novais, Pesca, Turismo… Não é o caso de perguntar o que essa gente fazia no hotel ou no motel -e sim o que vai fazer no governo.
O Ministério da Pesca é uma piada em si. E o Turismo se transformou nos últimos anos num entreposto de emendas fajutas, uma espécie de Casa das Fraudes a serviço de conchavos parlamentares.
Dilma deveria levar mais a sério o pouco que falou depois de eleita. Na sua primeira entrevista coletiva, ela disse o que buscava nos seus ministros: “Vou exigir competência técnica, desempenho, um histórico de pessoas que não tenham problemas de nenhuma ordem”.
Ao tolerar que a periferia do primeiro escalão do governo seja loteada na base da chanchada, a presidente desautoriza a si mesma e destrava portas que não deveria. Não é a melhor maneira de subir a rampa. Sobretudo para quem bancou Erenice Guerra na Casa Civil.


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Comentários:
21
  • bessas13 disse:

    Que o governo fedreal não investe no 2º miaor colegio eleitoral, 2º maior PIB na proporção que ele merece é fato. O problema é que as pessoas não gostam que se fale dos defeitos do PT. Olha o Aeroporto de Confins, o metrô e o HC /UFMG, que se não fosse socorrido por verbas estaduais e municipais teria fechado as portas a muito tempo.

  • Roger disse:

    Caramba!!!
    Como petista eh insuportavel.
    Sempre foram desde os anos 80 quando nao apitavam merda nenhuma e depois que assumiram o poder ficaram muito mais xiitas e babacas. Defendem ate o que estah errado. Sempre com aquele papo de “antes era pior” eles ao inves de explicar uma merda do governo lulinha, mudam de assunto com um dado do passado. Como se o pt(argh) tivesse habeas corpus pra fazer qualquer falcatrua, soh porque no passado outros governos tb erraram.
    E o pior de tudo e que qualquer falcatrua cometida pelo lula e seus capangas mafiosos sao diminuidas e diluidas no papinho de que o pobre estah vivendo melhor agora.
    O lulinha e sua mafia no fim do mandato colecionaram infinitos escandalos de corrupcao e outros, mas com um marketing perfeito, eles fecham o governo como se tivessem sido os melhores de todos os tempos hahahahahahahahahahahahahahaha SO RINDO MESMO
    E nao adianta responderem ao meu comentario pq discutir com petista eh perda de tempo e eu aprendi ao longo dos anos como os mesmos petistas a ignorar opnioes contrarias as minhas.
    Entao que se dane se alguem nao gostou do meu comentario. Este deveria ser o seu pensamento tb Chico. Cada vez admiro mais sua capacidade de dizer o que pensa sem tentar ser politicamente correto e agradar a todos.
    E abaixo a hipocrisia!
    Cada um tem direito de ter a sua propria opniao, mesmo que esta seja totalmente contraria ao que vc pensa.
    Mas no Brasil o sujeito nao tem direito de ter uma visao diferente do outro em politica, religiao ou torcer pra um time diferente. Se tem, ele tem de ser convertido ou exterminado.

  • Gilmar disse:

    Algumas estradas realmente tão horríveis.Mas outras,como a BR 265 que passa perto da minha casa,foi recapiada,e tá um tapete.(Muito pelos protestos da população por que era de longe a pior do Brasil a uns 2 anos)

    E tbm as MGs do Sul de Minas tão muito boas.O que me entristece é o presidente Lula achar que mudou em 8 anos tudo.E por isso qualquer crítica ao seu governo seja mau intencionada e mentirosa.Ele tem que parar de escutar seus pucha-sacos e ver mais o noticiário.

  • Luciano Nogueira 7L disse:

    O mais impressionante é alguns comentaristas criticarem o Aécio. Ora, mas eles estão tentando fazer o mesmo que ele, ao itentar censurar qualquer tipo de crítica?
    O direito de criticar é de todo e qualquer cidadão, e gostaria que os apologistas das estradas perfeitas de Minas viajassem comigo, pois já perdi umas cinco rodas e quatro pneus em buracos só no governo Lula.
    Fora o rio que vira a 040 quando chove, toda a água desce para a pista.
    E o açougue que é a 381? Praticamente uma morte por dia!
    Me desculpem, mas vocês não vão me convencer que estou na França ou na Suiça…

  • Francisco Barbosa disse:

    Essa música foi feita nos anos 80 (época do Sarney).

  • Francisco Barbosa disse:

    Espinheira
    Duduca e Dalvan
    Composição: Manoelito Nunes e Dalvan
    Eta espinheira danada
    Que pobre atravessa pra sobreviver
    Vive com a carga nas costas
    E as dores que sente não pode dizer;

    Sonha com as belas promessas
    De gente importante que tem ao redor
    Quando entrar o fulano
    Sair o ciclano será bem melhor
    Mas entra ano e sai ano
    E o tal de fulano ainda é pior
    Esse é meu cotidiano
    Mais eu não me dano pois Deus é maior.

    O mundo não acaba aqui
    O mundo ainda está de pé

    Enquanto deus me der a vida
    Levarei comigo esperança e fé!

    Eta que gente danada
    Que esquece de vez a palavra cristã
    Ah, eu queria só ver
    Se Deus se zangasse e voltasse amanhã;

    Seria um ?Deus nos Acuda?
    Um monte de Judas querendo perdão
    Com tanta gente graúda
    Implorando ajuda com a bíblia na mão

    Mais a esperança é miúda
    E a coisa não muda não tem solução:
    Nem tudo que a gente estuda,
    Se agarra e se gruda, rebenta no chão

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Pode falar de qualquer coisa mesmo.
    Afinal, o blog é “Chico Maia” (conhecido jornalista esportivo)…
    Em nenhum momento dita-de qual assunto deverá ou não deverá ser discutido neste ambiente.
    Só não acho interessante avacalhar, tipo colocar alguma receita da “Palmirinha”, etc… agora o resto, tá valendo! hahaha…

  • tom vital disse:

    Chico ,
    Você tem toda a razão de abordar política no seu blog.Afinal no Brasil
    se mistura tudo,futebol,política, religião…Pois bem os presidentes dos
    grandes clubes da capital apareceram na mídia pedindo votos para o
    Anastásia.Agora é hora deles se unirem e cobrarem do governador eleito agilidade na conclusão das obras do independência que parecem
    estarem estagnadas.E que o Mineirão fique pronto o mais rápido possível
    para que os clubes mineiros não fiquem no prejuízo.
    Feliz Ano Novo,e continue com a garra de sempre lutando, e defendendo o direito dos torcedores.

  • Renato Paiva disse:

    O Lula deixou de ser petista radical, mas por aí ainda existem muitos deles. Engraçado é que eles só enxergam coisas boas e, historicamente, não aceitam críticas, ainda que fundadas. É uma pena! Não era assim que funcionava quando o PT era só oposição aos governos.
    Vamos refletir, gente! E vamos ser tolerantes às críticas! Será que vocês estão andando em boas estradas?? E se o Itamar colocou o dinheiro da reforma das estradas há mais de 8 anos no pagamento dos professores, será que teremos que pagar a conta pra sempre??!! Ora, ora, ora….

  • Márcio disse:

    Caro Chico!
    Estou estarrecido!
    Castro Alves, em 1869, do alto dos seus 22 anos ( e viveria só até aos 24) escrevia:
    “Existe um povo que a BANDEIRA empresta
    P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia
    E deixa-a transformar-se nesta FESTA
    Em manto impuro de bacante fria!…
    Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta,
    Que impudente na gávea tripudia?”

    E um pouco mais à frente, encerra:

    “Auriverde pendão da minha terra,
    Que a brisa do Brasil beija e balança (…)
    (…)Antes te houvessem roto na batalha,
    Que servires a um povo de MORTALHA.”

    O quadro sinistro é este:
    Ladrões, assassinos, bêbados, corruptos, endeusados por um povo alienado, ignorante ou interesseiro. Patético! Foram julgados e absolvidos pelo voto. Escondem-se, sob todo tipo de proteção, na redoma que criaram, da justiça dos homens e, quiçá, de Deus sob o manto sagrado da Nação. Até quando? Triste! Triste! Muito triste!

  • Emílio Melo Figueiredo - Sete Lagoas / MG disse:

    Eu entendo de política como entendo de missa!!! Porc..nenhuma!!! Sou somente anti petista, mais nada…Portanto, prefiro não opinar!

    Quanto às estradas, as reportagens mostram a realidade…

  • Frederico Dantas disse:

    Concordo plenamente. Para Minas foi ruim com Lula e pode ser bem pior com Dilma. Se o tema em questão é estradas a coisa degringola pro péssimo.

  • rodrigo assis disse:

    Chico, sejamos realistas, as estradas federais de minas nunca estiveram tão bem, o lula esta certo, claro, elas ainda podem melhorar e muito e exemplos não faltam, mas nunca estiveram tão bem, e nem tiveram tanto investimento, a própria itatiaia reconhceu isso após a reportagem

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    A opinião, é um verdadeiro patrimônio que a pessoa pode ter.

    E cada um sabe como construir o seu patrimônio.

    Quando não concordo com alguma opinião, eu a respeito.

    Sobre o Lula, santo ele não é ( Algum que já esteve lá, foi ? ), unanimidade ele também não é ( Algum que já esteve lá, foi ? ), mas na minha modesta avaliação e opinião, ele foi o melhor Presidente que o Brasil já teve !

    É tão claro como a água que, problemas ( que não são poucos… ), corrupção e impunidade o Brasil ainda tem. Porém, parafraseando… “Nunca antes na história deste País” as classes menos favorecidas tiveram tantos acessos a determinados bens e serviços, como tiveram em todo Governo Lula. E estou me referindo aos acessos diretos, por meios próprios e não por “bolsa isso”… “bolsa aquilo”…

    Tivemos ao longo de oito anos, um Presidente e um Vice-Presidente, que não tiveram um diploma universitário. O primeiro, de torneiro mecânico chegou a Presidência. O Segundo, mesmo antes da política já era um mega-empresário. E isso incomoda muita gente… Principalmente gente graúda que se sentia até então verdadeiros “donos do País”…

    Então, quanto ao Lula, respeito as opiniões contrárias, mas numa avaliação mais ampla do que ele fez e representou para o nosso País, ele sempre terá o meu total respeito, admiração e agradecimento !

    Ou será que poderíamos exigir do Lula, que em oito anos, acabasse com as mazelas que assolam nosso País desde o descobrimento ??

  • Aldemário Filho disse:

    Chico,

    Respeito demais sua opinião, mas discordo no seu trato com o Presidente Lula. Como todo ser humano, Lula tem defeitos e contradições, porém deixa o país muito melhor do que quando entrou. Com Lula Minas ganhou muitas obras sim, inclusive nas rodovias. Na esfera social então o seu governo foi incomparável, muito diferente de um FHC que era um pavãozinho de tão egocêntrico, e perseguiu Minas Gerais. Lula fez uma boa parceria com Aécio. FHC boicotou Itamar Franco.
    Agora, os investimentos federais ainda estão aquém da importância de Minas, mas isso também é culpa da nossa bancada federal, demais políticos e de todos nós cidadãos mineiros, pois não sabemos reivindicar e até hoje somos usados como massa de manobra dos interesses paulistas e cariocas, que fazem de Minas o seu quintal.
    Chico, muito cuidado com o PIG.

  • Marcelo Paiva disse:

    Chico, leia esse artigo, é quase o que eu te disse

    Enviado por Marcos Coimbra – 26.12.2010 | 8h04m
    ARTIGO
    O ministério Dilma
    Por mais que a esperemos, é sempre surpreendente a má vontade de nossa “grande imprensa” para com o governo Dilma. No modo como os principais jornais de São Paulo e do Rio têm discutido o ministério, vê-se, com clareza, seu tamanho.

    A explicação para isso pode ser o ainda mal digerido desapontamento com o resultado da eleição, quando, mais uma vez, o eleitor mostrou que a cobertura da mídia tradicional tem pouco impacto nas suas decisões de voto. Ou, talvez, a frustração de constatar quão elevadas são as expectativas populares em relação ao próximo governo, contrariando os prognósticos das redações.

    As críticas ao ministério que foi anunciado esta semana estavam prontas, qualquer que fosse sua composição política, regional ou administrativa. Se Dilma chamasse vários colaboradores do atual governo, revelaria sua “submissão” a Lula, se fossem poucos, sua “traição”. Se houvesse muita gente de São Paulo, a “paulistização”, se não, que “dava o troco” ao estado, por ter perdido a eleição por lá. Se convidasse integrantes das diversas tendências que existem dentro do PT, que se curvava às lutas internas, se não, que alimentava os conflitos entre elas. E por aí vai.

    Para qualquer lado que andasse, Dilma “decepcionaria” quem não gosta dela, não achou bom que ela vencesse e não queria a continuidade do governo Lula. Ou seja, desagradaria aqueles que não compartilham os sentimentos da grande maioria do país, que torce por ela, está satisfeita com o resultado da eleição e quer a continuidade.

    Na contabilidade matematicamente perfeita da “taxa de continuísmo” do ministério, um jornal carioca foi rigoroso: exatos 43,2% dos novos integrantes do primeiro escalão ocuparam cargos no governo Lula (o que será que quer dizer 0,2% de um ministro?). E daí? Isso é pouco? Muito? O que haveria de indesejável, em si, em uma taxa de 43,2%?

    Note-se que, desses 16 ministros, apenas 8 tinham esse status, sendo os restantes pessoas que ascenderam do segundo para o primeiro escalão. A rigor, marcariam um continuísmo menos extremado (se é isso que se cobra da presidente). Refazendo as contas: somente 21,6% dos ministros teriam a “cara de Lula”. O que, ao contrário, quer dizer que quase 80% não a têm tão nítida.

    Para uma candidata cuja proposta básica era continuar as políticas e os programas do atual governo, que surpresa (ou desilusão) poderia existir nos tais 43,2%? Se, por exemplo, ela chamasse o dobro de ministros de Lula, seria errado?

    Isso sem levar em consideração que Dilma não era, apenas, a representante abstrata da tese da continuidade, mas uma profissional que passou os últimos oito anos trabalhando com um grupo de pessoas. Imagina-se que tenha desenvolvido, para com muitas, laços de colaboração e amizade. Mantê-las em seus cargos ou promovê-las tem muito a ver com isso.

    No plano regional, a acusação é quanto ao excesso de ministros de São Paulo, 9 entre 37, o que justificaria dizer que teremos um “paulistério”, conforme essa mesma imprensa. Se, no entanto, fizéssemos aquela aritmética, veríamos que são 24,3% os ministros paulistas, para um estado que tem 22% da população, se for esse o critério para aferir excessos e faltas de ministros por estados e regiões.

    Em sendo, teríamos, talvez, um peso desproporcionalmente positivo do Rio (com 6 ministros nascidos no estado) e negativo de Minas (com apenas um). Há que lembrar, no entanto, que a coligação que elegeu a presidente fez o governador, os dois senadores e a maioria da bancada federal fluminense, o oposto do que aconteceu em Minas. O PMDB saiu alquebrado e o PT ainda mais dividido no estado, com uma única liderança com perspectiva sólida de futuro, o ex-prefeito Fernando Pimentel, que estará no ministério.

    Para os mineiros, um consolo, não pequeno: a presidente Dilma nasceu em Belo Horizonte. Os ministros são poucos, mas a chefe é de Minas Gerais.

    Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

  • Marcelo Paiva disse:

    Boa noite, Chico

    Concordo com voce, o Blog é seu voce escreve o que quiser e ninguem tem nada com isso. Mas opinião a gente pode dar. Por isso existe aqui o Comentário, correto? Agora comentando o que voce disse, eu acho que um ministério ta bom, num estado que é governado por um cara que mora no Rio e vem a Minas a passeio e se diz oposição. Comprou toda a mídia (quase), para que todas só o elogiem. Colocou um governador que esta governando com medidas provisórias, daqui a pouco mandam os Deputados Estaduais pra casa, não que eles façam falta, mas existe lei e ela tem que ser comprida (ou lei é para ser burlada), não sei. Agora se voce prestar atenção, todo os ministros da área econômica são técnicos (de carreira), o da saúde é medico, não estou entendendo o que voce esta dizendo. Mas de qualquer maneira continuo seu fã, e continuo achando que voce pode escrever o que bem entender.

    Abração

  • CLAUDIO JOSE DE FARIA disse:

    Na gestão de Lula, Brasil tornou-se uma nação de classe média Mudança na estrutura social não será efetiva se, além do consumo, não incorporar avanços significativos na educação, a maior barreira de acesso ao Primeiro Mundo

    Publicação: 17/12/2010 08:27 Atualização: 20/12/2010 17:17
    Kenneth Serbin

    O sucesso do lulismo deve-se ao progresso econômico do Brasil. Na gestão do presidente Lula, o Brasil tornou-se uma nação de classe média. De acordo com estudos estatísticos, em 2008, 52% da população – quase 100 milhões de pessoas – viviam em famílias com renda mensal entre R$ 1.115 e R$ 4.807, mais que os 44% de 2002, ano em que Lula se elegeu pela primeira vez.

    Mais do que qualquer outra coisa, este grande senso de bem-estar no Brasil impulsionou Lula a índices históricos de aceitação nas pesquisas de opinião pública e assegurou a eleição da tecnocrata Dilma Rousseff como sua sucessora.

    A retórica política no Brasil cria uma falsa dicotomia entre o PSDB e o PT. O ponto crucial é que a estabilização econômica começou sob o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso %u2013 especialmente com o fim da inflação e o Plano Real %u2013 e estabeleceu as bases para o crescimento econômico e a expansão da classe média.

    Lula sustentou rigorosamente a política fiscal por meio da produção de superávits nas contas federais. Neste mesmo período do ano, em 2009, a imprensa noticiou que, inacreditavelmente, o governo brasileiro havia se tornado o quarto maior credor do governo americano, investindo US$ 154 bilhões em títulos do Tesouro Nacional. Portanto, o governo de Lula foi extremamente conservador em termos econômicos.

    Da mesma forma, os programas sociais do governo Lula se expandiram a partir de ideias desenvolvidas no governo FHC. Graças a esses programas, indicadores-chave, como mortalidade infantil, melhoraram substancialmente. Em 1990, eram 52 mortes por mil nascimentos no Brasil. Este ano, o número caiu para menos de 20 mortes por mil nascimentos, um decréscimo de mais de 60%.

    Assim, a emergência da classe média é o resultado não só de oito anos das políticas de Lula, mas de 16 anos de continuidade entre as gestões do PSDB e PT. Isso significa que toda uma geração de brasileiros está crescendo sem ter conhecido os tempos da alta inflação, temporariamente sanada com vários programas econômicos e várias trocas da moeda. Jovens brasileiros estão testemunhando uma sociedade de abundância sem precedentes. A fome ainda é um problema, mas já se veem sinais de que os maiores, nos próximos anos, podem ser a obesidade e o diabetes – dois fenômenos associados à maturidade do capitalismo em países como os Estados Unidos, onde muitas pessoas são indulgentes com a alimentação e não se exercitam regularmente.

    O Brasil também está se tornando um país de classe média de outras maneiras. A presidente eleita Dilma Rousseff já tinha um iPad antes de o produto aportar oficialmente no Brasil. Ela simboliza a astúcia digital dos brasileiros. Hoje, mesmo pessoas de comunidades de baixa renda podem se dar ao luxo de ter computadores e acesso à internet. O Brasil tem uma enorme presença na blogosfera. Telefones celulares também estão em toda parte.

    O Brasil continua a exportar quantidades enormes de alimentos – é uma vocação histórica -, mas também está produzindo carros, aviões, programas de computador e códigos do genoma. A economia brasileira se diversificou de maneira fantástica, com novos tipos de ocupação inimagináveis há algumas décadas e preparando o país para uma competição cada vez mais intensa na economia global.

    O progresso político do Brasil não pode ser subestimado. De uma ditadura de 21 anos, que deixou o poder em 1985, para uma nação onde oponentes do regime militar, como Fernando Henrique Cardoso, Lula e agora a ex-revolucionária Dilma Rousseff, tomaram o poder em eleições legítimas, com transições pacíficas e sem interferência militar, o Brasil demonstrou cada vez mais sua maturidade política e seu compromisso com a democracia.

    Estes fatores políticos fortalecem o progresso econômico e a imagem do Brasil como uma nação estável, atrativa a investidores e capaz de exercer liderança regional e global. Em suma, o Brasil pode não ser mais classificado como um país de Terceiro Mundo. Ele agora se encontra em uma classe de países como China e Índia, cuja proeza econômica e geopolítica, além do crescimento da classe média, os torna próximos do status de países de Primeiro Mundo.

    Jogos e educação O reconhecimento do status do Brasil vem com duas joias de prestígio internacional: sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Os Jogos Olímpicos não produzem um poder geopolítico. Ao contrário, eles são a projeção de um poder já existente ou, em última instância, a intenção de concretizá-lo. De qualquer forma, os esforços do Brasil em garantir os jogos revelam o que o país compreende, como fez a China com as Olimpíadas de Pequim em 2008: que exibir suas competências é importante para construir uma imagem internacional e chamar a atenção do mundo.

    Muitos brasileiros e analistas estrangeiros gostariam de saber se o potencial do Brasil é apenas mais uma falsa esperança, uma outra versão do ”país do futuro”, onde o futuro nunca chega, de fato.

    Na verdade, ainda há muito a ser feito até que o Brasil se torne plenamente desenvolvido, uma nação de Primeiro Mundo. Embora as taxas de mortalidade infantil tenham caído drasticamente, ainda estão distantes dos índices de países como Chile, Colômbia, México e Argentina. A taxa de Cuba é de apenas 5,25 mortes por mil nascimentos. Em muitos aspectos, o Brasil ainda é um retardatário em termos de equanimidade socioeconômica.

    Dilma e autoridades estaduais e municipais precisarão garantir a segurança nos locais onde será realizada a Copa do Mundo. Eles precisarão focar, em especial, na solução do problema da segurança pública no Rio de Janeiro, cidade-sede das Olimpíadas.

    Os líderes brasileiros encontrarão uma forma de encobrir os problemas de segurança fazendo acordos com criminosos, ”tudo para inglês ver” Ou empenharão esforços para reformar a polícia e enfrentar de verdade os problemas do tráfico e do consumo de drogas?

    Como primeira mulher a ser presidente do Brasil, Dilma pode catalisar a melhoria da situação da mulher, chamando a atenção nacional para suas questões e encorajando o desenvolvimento de novos programas gerenciados tanto pelo governo quanto pela sociedade civil.

    As Olimpíadas e os programas de esporte no Brasil são um caso a considerar. A diferença entre Brasil, de um lado, e Estados Unidos, China e até um pequeno país como Cuba, de outro, é que estes investem pesado em programas de esporte voltados para a juventude, incluindo neles ambos os sexos. Estes países sempre levam para casa um grande número de medalhas. O Brasil não. Será que o país conseguirá aumentar significativamente seu desempenho para estar entre os maiores medalhistas, até 2016?

    O Brasil deveria ficar atento aos Estados Unidos no futebol, por exemplo, porque ligas de futebol adolescentes despontaram nos Estados Unidos, nas últimas décadas. O interior dos Estados Unidos é povoado por um número gigantesco de ”mães do futebol”, que levam as crianças para treinos e jogos nas vans e carros utilitários da família. O Brasil não tem este tipo de programa para suas garotas.

    Para 2016, o Brasil terá muito mais a fazer, além de construir estádios, manter os traficantes de drogas dentro dos limites das favelas e limpar as ruas. Será necessário desenvolver um maciço programa de investimentos em esportes juvenis para ambos os sexos e crianças de todas as classes sociais, além de garantir que tais programas sobrevivam a longo prazo.

    Educação é talvez a maior barreira para o Brasil entrar no Primeiro Mundo. Aqui, mais uma vez, Dilma pode ser uma boa influência e promover melhorias. Lula foi a expressão do pobre brasileiro que ascendeu socialmente. Subiu na vida. Ele é o retrato dos mais novos integrantes da classe média. Lula tem orgulho de sua origem operária. Ele cresceu com as adversidades, na ”escola da vida”. Mas junto com isso vem um certo e pouco saudável desdém pela educação formal e por assuntos de cunho intelectual. Lula não é fã de leitura e este foi um mau exemplo para uma nação onde algumas pessoas pensam que professores, inclusive universitários, são ”vagabundos”.

    Os salários de professores universitários aumentaram, de fato, mas professores de escolas públicas e primárias ainda recebem salários miseráveis, além de, com frequência, trabalharem sob condições deploráveis. Lula e a imprensa gostam de especular acerca de suas futuras atividades e posições de liderança. Em nenhum lugar se menciona que Lula talvez volte à escola.

    Talvez Lula pudesse aproveitar a ”deixa” de Bill Gates, que abandonou a faculdade para fazer fortuna mas agora aconselha os jovens a concluir seus estudos. Gates, na verdade, depois aderiu a cursos de graduação on-line para obter vários diplomas universitários.

    Neste aspecto a presidente eleita Dilma Rousseff é o oposto de Lula. Ela cresceu em uma família de classe média alta e teve a melhor educação que poderia ter tido. Ela gosta de ter consigo três livros, todo o tempo, e tem um prazer evidente por questões intelectuais. Quanto a isso ela repetirá pelo menos uma das características exibidas por Fernando Henrique, um renomado professor universitário.

    Dilma representa aquilo a que o Brasil pode aspirar com uma liderança apropriada. A dela deveria ser única, e não uma repetição de Lula. Ela é o espelho de uma classe média em vias de ser consolidada.

    Dilma pode militar a favor de uma melhoria no sistema público de educação no Brasil, que precisa urgentemente de melhores instalações físicas, professores mais bem treinados e mais bem pagos e administradores preparados para garantir que todos os brasileiros tenham condições e habilidades acadêmicas fundamentais para competir em uma economia global.

    A importante liderança de Dilma na educação ajudaria a expandir as oportunidades que vêm com o status de um país de classe média. Apoiar a educação contribuiria consideravelmente, inclusive, para ajudar a resolver os problemas de segurança pública, uso de drogas e iniquidades de gênero.

    Kenneth Serbin é chefe do Departamento de História da Universidade de San Diego, onde leciona história do Brasil. Foi presidente da Brazilian Studies Association entre 2006 e 2008.

    Tradução de Janaina Maquiaveli

  • Hermano disse:

    Em tempo: claro que li cada palavra do quê você escreu, inclusive o trecho: “a oposição é e foi bem pior que ele.”, mas mesmo assim tome cuidado com suas palavras, pois você é formador de opinião. Foram críticas de aliados ao Presidente Lula que quase nos deram como presidente um cara que transformou a disputa presidencial numa tragicomédia com discussões xulas como aborto, religião e bolinhas de papel. Um estelionatário de marca maior, concluindo pois. Bom, quanto ao Pimentel, foi um bom governante. Ele é o pai do Vila Viva. Eu fui morador do bairro São Lucas, na divisa com a Serra. Não sei se conhece o programa referido, mas precisa: é sensacional. Foi adotado como padrão para o resto do Brasil e, recentemente, apontado pela ONU (pode ser outro organismo, não estou convicto) como modelo eficiênte para o resto do mundo. Ou seja, é um belo legado, não é mesmo? De mais é isso: só não queria parecer implicante. Fique com Deus.

  • Hermano disse:

    Chico, duvido que esta mensagem seja publicada. Estou no seu blog para ler notícias sobre FUTEBOL. Quando eu quiser notícias sobre política, eu irei aos blogs do P.H. Amorim ou ao blog do Brizola Neto. Qual a condição de nossas estradas? Péssimas não é mesmo? Concordo. A culpa é do Lula? Controvérsia: que tal citar aqui que o governo federal concedeu verbas pra Minas direcionadas às estradas e o senhor Itamar Franco a usou para pagamento do funcionalismo? Se você, a quem sempre admirei como jornalista, citar novamente como fontes de informação a Folha (da “Ditabranda”), o Globo (do períto Molina, digo Perito “Bolinha”) ou Estadão (da mesma laia) estará me decepcionando. Quer reclamar da falta de políticos mineiros? Bom, este mesmo senhor Itamar que gastou nosso dinheiro de estradas com modelos sem calcinha, foi eleito Senador. Reclame com o eleitor mineiro.