Cobrado na entrevista coletiva quinta-feira, Diego Tardelli respondeu sobre os seus apagões contra o Cruzeiro: “Pode ser psicológico; o clássico mexe com a ansiedade da gente e na vontade de se destacar a gente acaba jogando mal. Mas, vou procurar me controlar neste sábado”.
Disse também que iria se inspirar no Obina, que foi o nome do jogo nos 4 x 3 do ano passado.
Pois é! Fez um primeiro tempo espetacular, com direito a pedir música no “Fantástico”, pelos três gols que fez.
No segundo tempo ele deu uma apagada, mas quem faz três gols num jogo desses, é herói do clássico e fim de papo”.
Até hoje o uruguaio Revétria é reverenciado pelos cruzeirenses, com toda justiça. Detonou o Galo na decisão do Mineiro de 1977, desse jeito.
O jogo
Foi ótimo, dos melhores dos últimos anos, parecido com o de Uberlândia, ano passado.
Não há ninguém para ser acusado de nada, em nenhum dos lados.
Cuca tirou Gilberto e pôs Roger, numa troca de seis por meia dúzia. O Cruzeiro continuou o mesmo.
Dorival Júnior pôs Neto Berola no lugar de Magno Alves e o time cresceu. Magno Alves fez um primeiro tempo impecável, mas se cansou.
O goleiro Renam, fez diferença quando o Atlético precisou dele.
Fábio não tinha o que fazer em nenhum dos quatro gols que levou. Impossíveis!
Outro elogio ao Renan: a reposição de bola dele está melhor a cada jogo!
Leonardo Silva estreou bem, assim como Jáckson foi surpreendentemente bem, improvisado na lateral direita atleticana.
Igual ao Pablo, improvisado na direta cruzeirense, que deu o passe para o empate de 2 x 2, no gol do Henrique, que como sempre, foi ótimo.
Sempre criticado pela sonolência, Renan Oliveira mostrou que está mudando e que pode ser o que a torcida espera dele. Só falta ele mesmo acreditar na sua qualidade; sabe jogar!
Walysson entrou e melhorou o ataque do Cruzeiro. Já é hora do Cuca pensar nele como titular.
Montillo não foi mal. Mas, também não jogou o que joga normalmente. Aliás, desde os últimos jogos do Brasileiro de 2010 ele anda meio sumido nos jogos.
Ricardinho fez um grande jogo, um maestro; deu passe pro segundo gol e deu lugar a Diego Souza que não teve tempo para mostrar o futebol que está prometendo.
Assim como o Wesley, que entrou no lugar do Renan Oliveira.
O zagueiro Leo foi sacado pelo Cuca no intervalo, mas não teve culpa no segundo gol do Atlético. A falha foi do Diego Renan, que vacilou na dividida com o Jáckson.
Deu lugar ao Edcarlos porque o Cuca achava que poderia por o time mais ofensivo sem perder tanta força defensiva.
A reclamar
O público pagante foi de apenas 9.793 mas fácil de explicar:
01 – A idiotice de uma torcida só.
02 – Ingresso a R$ 40,00 sendo que daqui a quatro dias o Cruzeiro estreia na Libertadores no mesmo estádio, com o ingresso custando R$ 50,00.
– O câmera, ou diretor de TV que cortou as imagens, um dos dois é ruim de serviço, já que até agora ninguém conseguiu ver o empurrão que originou o pênalti apitado a favor do Atlético. Então, se o Cleisson Veloso, que estava perto do lance, apitou, fica difícil dizer que não foi.
Perguntado, o goleiro Fábio disse que “não viu”.
– Objetos foram atirados no gramado, contra o goleiro Renan e contra o árbitro; até um telefone celular. Isso pode gerar problemas futuros ao Cruzeiro. Se ocorrer, de novo, contra o Estudiantes, a Raposa pode perder mando de campo.
– Pedras no ônibus do Atlético na chegada à Arena do Jacaré. Mas a Polícia Militar prendeu os vagabundos, mostrando que dá conta da segurança.
Agora, é preciso que esses marginais sejam exemplarmente punidos e que a imprensa mostre as caras desses imbecis, para que todo mundo saiba quem é e desencoraje outros da mesma laia.
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