Para descontrair nesta sexta-feira, depois de tanta notícia ruim esta semana, uma crônica indicada pelo Bob Fernandes, do Terra Magazine, que brinca com os nomes esquisitos de jogadores que disputaram a Copa da África do Sul.
Para mostrar que não é só no futebol amador e peladas que há nomes “exóticos”:
“A Itália convocou um cara que chama Grosso. Pra quê? (pra fazer 1 dos 2 gols que colocou a Itália na final, he he he)”
A Copa do Mundo de futebol e os nomes
Victor Romano
De São Paulo
Quando o assunto é Copa do Mundo, mesmo quem não é fanático por futebol, fica envolvido, de uma forma ou de outra.
Não dá para ficar à margem da excitação que toma o nosso dia a dia, a menos que você more na Papua Nova Guiné.
Na verdade, se você mora na Papua Nova Guiné, não haverá nada que te excitará, a não ser, claro, a possibilidade de sair de lá.
Mas isso é outra história.
Não é só pelos incontáveis técnicos de botequim, especialistas em infraestrutura e organização de grandes eventos, pelos candidatos a ídolo ou pela emoção dos jogos em si, que entramos nesse quase “estado de transe”.
Tem gente que já fica animado só pela possibilidade de ter contato (mesmo que pela tv) com o visual daquele país que sediará a Copa. Outros, ficam excitados com os uniformes das seleções, seja da Polônia, China, seja do Equador.
Como será o uniforme da Inglaterra nessa Copa? Quem patrocina? A Puma, a Umbro?
Olha, os da Adidas são mais bonitos que os da Nike…
O uniforme número 2 da Alemanha é um lixo…
A camisa e o calção da seleção dos EUA são o máximo, mas o meião…
E por aí vai.
Em maior ou menor grau, me identifico com todos esses grupos.
E num outro mais: naquele dos que tem curiosidade pelos nomes dos jogadores; não vejo a hora de ter em mãos as listas com os convocados – quero todos.
Sempre tem muita coisa curiosa.
A 1ª Copa que vi e ainda me lembro (o que não é difícil pra quem viu), foi a de 70.
Mas essa obsessão por nomes, começou depois, eu já adulto, acho que na Copa de 86.
E garanto para vocês que até a Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil, o caneco de campeão no quesito “nomes” , fica com a Copa de 2006. Não bota fé , meu amigo ?
Rememoremos , então :
O Zico, então técnico da seleção do Japão, convocou 3 goleiros e um deles se chamava Dói …
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Um dos goleiros da Croácia se chamava Butina; diga lá, você dividiria uma bola com ele?
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Nessa mesma seleção, tinha no meio de campo o Jerko Lerko; se fosse escalado um outro convocado, o Ivan Lerko, também meio de campo, teríamos quase uma dupla caipira croata – ou croata caipira, como queira.
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E o Grella, atacante da Austrália ?
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Ainda bem que a Austrália não estava no grupo da Costa Rica; correríamos o risco de assistir ao encontro do Grella com o goleiro Porras.
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Os hipocondríacos vibraram com a Polônia:
Smoralek – seria rico em fósforo, pra quem está com a memória fraca?
Rasiak – alivia a má digestão?
Jelen – dores musculares? Jelen, claro.
Brozek – tarja preta, fortão ; com um gole de uísque então, já viu né?
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Ah, gostaram da Rep. Tcheca também – o Plasil jogou lá
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O Paraguai não conseguia mesmo escapar da síndrome da desconfiança (com todo respeito, ok vizinhos ?)
Seu principal defensor era o da Silva.
Que coisa mais ingrata ter um zagueiro da Silva
É o da Silva que tá na defesa? Liberô, diriam os adversários.
Se eu fosse o técnico, teria deslocado para a defesa, seu meio de campo, o Paredes.
Alguma dúvida ?
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E a Inglaterra, heim?
Ela já inibia o adversário, começando pelo goleiro.
Ou você acha que um time chumbrega tem um James no gol?
Quem tem James no gol, tem tudo.
E para não deixar barato, colocou na defesa o Campbell.
Ele podia até ser um daqueles beques de fazenda, mas eu não arriscaria menosprezar, de cara, um Campbell.
No meio de campo, o Hargreaves, que dispensa comentários.
É, a Inglaterra era fortíssima candidata ao título.
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Nesse mesmo nível ‘Rolls Royce’, Trinidad e Tobago poderia nos surpreender.
Eles tinham no ataque um cara chamado Scotland.
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Na Suécia, dos 11 jogadores, 9 eram ‘sson’ : Nilsson, Isaksson, Hansson, Svensson, Alexandersson, Andersson, Whilhelmsson, Larsson e Jonsson.
Contou ? São 9 mesmo.
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A Itália convocou um cara que chama Grosso. Pra quê ?
(pra fazer 1 dos 2 gols que colocou a Itália na final, he he he )
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A França foi de Zidane, a Costa do Marfim de Dindane.
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E Portugal? Tirando o Luis Boa Morte, tudo certo, ora pois.
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A sensação de segurança e tranqüilidade veio com os “laranjas” A Holanda tinha o Maduro no meio de campo, e um cara no ataque que jogava em todas as posições, o Babel
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Agora, o que eu queria mesmo era ter visto a Angola campeã. Quando mais poderíamos ver uma manchete de jornal, aclamando o trio destruidor formado por Loco, Lebo Lebo e Zé Kalanga?
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Bem, e o Brasil?
O Brasil tinha Ricardinho, Adriano, Ronaldo, Gilberto, Luisão, Rogério, Roberto Carlos (o que chuta, não o que canta), Juninho, Julio César (o goleiro, não o amante da Cleópatra), Lucio, Emerson etc etc.
Falaí, que coisa mais sem graça, né não?
Com uma seleção de nomes assim, essa Copa tava cheirando mal para o escrete canarinho, antes do 1º jogo.
E não deu outra.
Mario Ribeiro 
Paulo Fagundes 
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