Um dos melhores árbitros que vi atuar encerrou a carreira semana passada, quatro anos antes da idade limite.

Preferiu parar por cima, antes que o mundo do futebol pedisse que ele parasse.

É Oscar Ruiz, da Colômbia, destacado hoje pelo site da Confederação Sul-americana de Futebol:

* O colombiano Oscar Julián Ruiz se despediu da arbitragem

ASSUNÇÃO, 5 maio 2011 (AFP) – “Tudo o que fiz tratei de fazer com amor e muita fé”, disse o colombiano Oscar Julián Ruiz ao se despedir da arbitragem na noite desta quinta-feira no jogo das oitavas de final da Copa Libertadores da América, entre o time paraguaio Cerro Porteño e o argentino Estudiantes, em Assunção.

Ruiz, que com o Cerro-Estudiantes completou 80 partidas na Copa Libertadores, afirmou que em seus 27 anos de arbitragem – 17 como FIFA – fez o melhor que pode mantendo sua honestidade.

Em declarações a uma cadeia televisiva Fox Sports, o juiz colombiano revelou que se retirava da arbitragem quatro anos antes da idade limite. “É melhor abandonar o futebol e a arbitragem agora, que o futebol e a arbitragem me deixem”.

Ruiz anunciou que foi contratado pela FIFA como instrutor do programa de assistência para a arbitragem sulamericana.

Ele lembrou seus 17 anos como arbitro internacional, desde seu começo em 1995 em uma partida pelo Sulamericano Sub-17 e as 12 partidas finais que dirigiu, além das 3 Copas do Mundo que ele foi (Japão e Coréia do Sul, Alemanha e África do Sul).

Disse recordar de três partidas “muito especiais”, muito difíceis, em sua vida arbitral.

O primeiro dos três foi a final da Copa América-1999 em Assunção, entre Brasil e Uruguai (3-0), a final Intercontinental entre Boca Juniors e Real Madrid em Toquio no ano de 2000 (2-1 a favor do Boca) e a final da Copa Libertadores da América em 2002 entre Olimpia do Paraguai e São Caetano de São Paulo (ganhou Olimpia nos pênaltis)

Perguntado o que trocaria nas regras, Ruis respondeu: “punir os jogadores por simulação de faltas, com base nos vídeos”.

Também disse que puniria no mesmo sentido aos jogadores que levam a bola com a mão e convertem o gol, como o caso do argentino Diego Maradona na final do Mundial do México-1986, o do brasileiro Tulio na Copa América e o francês Thierry Henry contra a Irlanda nas ultimas eliminatórias européias para o Mundial da África do Sul, em 2010.

 
Em 5 Copas América, Oscar Ruiz apitou 9 partidas.

* http://www.ca2011.com/noticias_exibe.php?IdNews=577ef1154f3240ad5b9b413aa7346a1e&Lang=1