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Javier Castrilli continua polêmico e agora é candidato a prefeito

Vale a pena ler essa notícia do UOL, publicada agora há pouco.

Fala de Javier Castrilli, que foi um dos melhores árbitros do futebol Sul-americano e mundial, porém, marcado por polêmicas que entraram para a história, inclusive no futebol brasileiro.

É candidato a prefeito de Buenos Aires.

Alguns lances polêmicos da carreira dele como apitador, podem ser revistos no site do UOL, cujo link está no fim da notícia:

CASTRILLI

* “Herói” corintiano, Castrilli leva polêmica para política e se lança à prefeitura de Buenos Aires”

Ele já expulsou Maradona e foi a uma Copa do Mundo, em 1998, na França. Mas, no Brasil, até hoje, especialmente para os torcedores da Portuguesa, é sinônimo de “juiz ladrão”. Agora, vai concorrer ao cargo de prefeito de Buenos Aires. Se fosse por aqui, com certeza, o ex-árbitro argentino Javier Castrilli contaria com apoio irrestrito da massa corintiana, que nunca esquecerá de seu “herói”.

O dia 26 de abril de 1998 fez com que Castrilli se tornasse ídolo da Fiel e inimigo número 1 dos lusos. “El Sheriff”, apelido ganho pela facilidade em mostra cartões, foi convidado pela FPF (Federação Paulista de Futebol) para apitar o segundo jogo da semifinal entre Corinthians e Portuguesa. No primeiro, houve empate por 1 a 1, e o time alvinegro jogava por nova igualdade para ir à decisão.

Aos 10min do primeiro tempo, Ailton, de cabeça, fez 1 a 0 para a Portuguesa. Castrilli começou a ganhar os holofotes no início da segunda etapa, quando anotou pênalti duvidoso de Evair em Cris após cobrança de escanteio. Marcelinho cobrou e empatou a partida, mas, aos 33min, Da Silva recolocou a equipe do Canindé na frente.

Tudo parecia caminhar para a classificação da Portuguesa para a final contra o São Paulo. Mas foi aí que Castrilli protagonizou um dos lances mais polêmicos da história do futebol brasileiro. Aos 44min, após cruzamento de Fernando Diniz da esquerda, o zagueiro César se abaixou, dominou a bola e saiu jogando. O árbitro enxergou toque de mão e marcou pênalti, levando os jogadores da Lusa à loucura. Carlinhos e Alex foram expulsos (César também receberia o vermelho antes do apito final), Rincón cobrou, decretou o 2 a 2 aos 49min e colocou o Corinthians na decisão.

Além da fama no Brasil, “El Sheriff” tem em seu currículo uma série de arbitragens controversas, especialmente relacionadas ao Boca Juniors. Por exemplo, em 1996, em outro jogo histórico, o time xeneize saiu na frente contra o Vélez, em lance que se tornou famoso mundialmente: Caniggia marcou e, ao celebrar, beijou a boca de Maradona. O Vélez virou (no gol de empate, fica a dúvida se a bola entrou), fez 5 a 1 e, também perto do fim, Castrilli expulsou Maradona. “É um filho da p…”, disse o eterno camisa 10.

Treze anos depois, Castrilli, que deixou o apito depois da Copa de 1998, pode assumir a cadeira mais importante da capital argentina. A candidatura, pelo partido “Peronismo Federal”, foi confirmada na última semana. “Vamos trabalhar ao lado do governo nacional, especialmente na solução dos problemas de segurança”, disse o ex-dirigente de arbitragem, em entrevista coletiva.

“Quero uma polícia séria, que cumpra a lei. É uma vergonha que os criminosos que lucrem com tudo. O Estado é o único que tem o monopólio da força e tem cedido isso aos grupos violentos”, afirmou o ex-árbitro, à “Radio 10”, aproveitando também para relembrar o palavreado dos campos de futebol na política. “Temos de atravessar a barreira das críticas à política, mesmo que digam que a política é uma merda. O que me interessa é minha pátria, é meu país, é cidade que estou defendendo.”

Recuperado de um infarto, sofrido em janeiro de 2010, Castrilli parece ter o dom para se envolver em polêmicas. Na recente vitória do Boca sobre o River Plate, dia 15 deste mês, por 2 a 0, ele disparou: “o River foi roubado”. O motivo da indignação foi a escalação do árbitro Patricio Loustau, que havia comandado um jogo do Boca na rodada anterior e tomou decisões discutíveis durante o “Superclássico”.

Além disso, segundo Castrilli, o regulamento da competição prevê o revezamento, ou seja, um juiz escalado para o jogo do time A não poderá comandar uma partida da mesma equipe na rodada seguinte, o que aconteceu com Loustau. Coincidência ou não, ele apitou quatro confrontos do Boca no Torneio Clausura deste ano, com quatro vitórias do time xeneize.

Azarão nas pesquisas, Castrilli também aposta em uma campanha polêmica para derrotar o favorito, Mauricio Macri, atual prefeito de Buenos Aires e, curiosamente, ex-presidente do Boca (era o mandatário do clube naquela partida de 1996). Cartazes estão espalhados por toda a capital, sempre mostrando um cartão vermelho e uma palavra que deveria ser “expulsa” do cotidiano dos portenhos, em clara alusão ao apelido de “El Sheriff”. Em uma das propagandas, a palavra é “coima”, que pode ser traduzida como suborno (propina) dada a um funcionário público, ou concubina, prostituta.

O novo prefeito de Buenos Aires será conhecido no dia 10 de julho. Os corintianos, obviamente, não têm direito a voto, mas, em uma inversão de valores futebolísticos, estarão na torcida pelo juiz. Já os torcedores da Portuguesa esperam, no mínimo, um cartão vermelho. Muitos concordam, isso sim, com Maradona.

* http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/05/24/heroi-corintiano-castrilli-leva-polemica-para-a-politica-e-se-candidata-a-prefeitura-de-buenos-aires.jhtm

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