Não é por aí!
Com a internet, especialmente depois que inventaram os sites de buscas é preciso mais cuidado ao ter uma “ideia original” e usar sem citar a fonte.
Ou então, mais atenção ao usar velhos jargões manjadíssimos do jornalismo verde e amarelo.
Um jornal de BH deu em manchete, hoje, “Carruagem ou abóbora?”.
Mais embaixo, um destaque para a reportagem: “O desafio a partir de agora é provar que a carruagem celeste não voltou a ser abóbora, em uma espécie de ‘Síndrome da Cinderela’”.
No dia 27/10/2010, às 8h10, o Globoesporte.com, de Goiânia, manchetou:
“Carruagem ou abóbora? ‘Cinderelas’ Goiás e Avaí duelam pelas quartas – Na zona do rebaixamento do Brasileiro, equipes se enfrentam às 22h desta quarta pela Copa Sul-Americana, que dá ao campeão vaga na Libertadores”.
Também não concordo com este tratamento imediatista maluco que muitos dão às vitórias e derrotas dos times de futebol.
Faz lembrar a doença do transtorno bipolar do humor, segundo a Wikipédia, também conhecida como “distúrbio bipolar – quando uma pessoa está sujeita a “episódios de extrema alegria, euforia e humor excessivamente elevado (mania), e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão)”.
Transferindo para o nosso futebol, nem o Cruzeiro virou o “péssimo dos péssimos” de uma hora para outra; nem o Atlético tornou-se o “melhor dos melhores”, de repente.
Sem essa de “Barcelona das Américas”, nem candidato ao rebaixamento como até outro dia jornalistas, dirigentes, jogadores e milhares de torcedores de um lado e de outro se julgavam ou previam mutuamente.
O futebol é dinâmico, cada competição tem a sua história, suas variantes, e só uma sequência de jogos, longa, pode aferir a realidade.
No caso do Brasileiro, temos exemplos recentes de um Flamengo sair da zona do rebaixamento depois de um turno inteiro e sagrar-se campeão em 2009. E o inverso, de um Avaí, que liderou durante muitas rodadas em 2010 e escapou do rebaixamento porque teve 1 ponto a mais que o Vitória.
A qualidade dos elencos, a competência dos treinadores e dirigentes para manter rumos e corrigir defeitos é que vão determinar o destino de cada um.
Como diz o grande jornalista Rogério Perez: “Menos gente, menos!”.
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