O gigante River Plate continua purgando os seus pecados.
Perdeu ontem de 2 x 0, em Córdoba, para o Belgrano, no primeiro jogo do mata-mata que vai decidir se ele cai para a segunda divisão, pela primeira vez na história, ou se o bravo Belgrano sobe para a elite.
Foi um ótimo jogo, com tudo que o futebol argentino oferece de espetáculo. Na bola, na malandragem, na porrada, na deslealdade, no drama e no grande futebol.
Com direito a invasão de campo pela torcida do Belgrano e 20 minutos de paralização do jogo.
Domingo tem o jogo da volta, em Buenos Aires, onde tudo deverá ser em dobro, e o Belgrano, fundado em 1905, pode perder até por 1 x 0.
Se conseguir subir, parabéns e que o River pague por seus pecados!
Se der River, bom também!
Mais sobre o Club Atlético Belgrano, extraido do blog do Carlos Henrique, comentarista da TVU de Natal/RN:
“…No longínquo ano de 1905, mais precisamente no dia 19 de março, um grupo de garotos que praticava o futebol resolveu criar seu próprio clube na cidade de Córdoba, a capital da província de mesmo nome. E neste dia Arturo Orgaz oficializou a criação do Club Atlético Belgrano, cujo nome faz referência ao general Manuel Belgrano, um dos baluartes da independência argentina em 1816. O mesmo Orgaz tornou-se seu primeiro presidente e, de cara, já instituía um feito: ser o presidente mais novo de um clube desde o começo da prática do futebol – com apenas 14 anos de idade. Esse fato jamais foi igualado e dificilmente o será.
Decidiu-se também no prédio onde reuniram-se os garotos quando da fundação do clube – local este que mais tarde viria a se tornar o estádio do Belgrano – pelas suas cores. E pegando o gancho da homenagem ao general Belgrano resolveram adotar as cores da bandeira argentina – o azul celeste e o branco. Na atualidade também se usa a cor preta em seus unformes.
O primeiro campeonato disputado pelos Celestes (em alusão à cor de seu uniforme) foi em 1908, quando jogou pela 2ª divisão da Liga Cordobesa. Logo em sua estréia faturou o título da competição, porém não ascendeu à divisão principal devido a uma aberração do regulamento vigente à época (quem disse que regra esdrúxula de campeonato só é especialidade de brasileiro?), que previa o acesso aos clubes que conseguissem vencer o torneio por três anos seguidos. Apesar do dificultador o Belgrano de Córdoba conseguiu essa façanha em 1909 e 1910, fazendo com que disputasse finalmente a elite da liga em 1911…
… Seu estádio é o Julio César Villagra – ou Gigante de Alberdi – com capacidade para 24 mil pessoas. Seu nome oficial é uma homenagem a um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa do clube em todos os tempos. Foi inaugurado em 17 de março de 1927 e teve como jogo de abertura Belgrano X Estudiantes de La Plata, que não foi nada agradável para os cordobeses com goleada de 6 a 1 a favor dos visitantes.
O maior rival celeste é o Talleres, também da cidade de Córdoba. A primeira partida realizada entre ambos data de 17 de maio de 1914 com vitória dos Piratas – apelido dos torcedores do clube – por 1 a 0, gol de José Lascano – o primeiro atleta da província a vestir a camisa da seleção argentina. Como curiosidade Diego Maradona, o maior jogador da história da Argentina, vestiu a camisa dos Celestes em uma partida amistosa em 1986 diante do Velez Sarsfield.
O maior artilheiro da história do clube é o atacante Luis Artime, que marcou 94 vezes em meio a idas e vindas entre os anos de 1992 e 2006. O mesmo Artime detém também o recorde de partidas pelo time: 283 jogos….”
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