Há momentos em que andar pelas ruas e avenidas mais famosas e movimentadas de Buenos Aires, é como estar em regiões similares de Belo Horizonte, Rio ou São Paulo: o português, com diversos sotaques, predomina.
O câmbio favorável a nós, onde R$ 1 vale P$ 2,56, atrai brasileiros demais para o turismo e compras aqui, que somos muito bem recebidos pelos argentinos.
Além do mais, há milhares de brasileiros trabalhando e estudando aqui. Cursos de especialização em diversas áreas, pós-graduação, mestrado e outros.
A Fifa, por exemplo, tem um curso de especialização em administração e marketing esportivo, que é o único da América do Sul. A Fundação Getúlio Vargas está em negociações com a entidade para lançá-lo no Rio de Janeiro.
Um dos voluntários da organização da Copa América, Érico Nogueira, de São Paulo, mora em Buenos Aires e está muito satisfeito como aluno deste curso.
A maioria das pessoas com quem conversamos, pensa que o Brasil está rico, e que vivemos num mar de rosas. A imprensa aqui dá maior destaque ao nosso noticiário econômico e ainda não vi nada sobre a violência e problemas sociais.
Corrupção? “Ora, será que é maior que a daqui?”, pergunta o senhor que me atendeu na principal empresa de telefonia móvel deles, a Movistar.
Pelo que tenho visto, aqui e em outros países, só mesmo uma Copa do Mundo mal organizada em 2014 poderá derrubar essa imagem altamente positiva que o nosso país conquistou no exterior.
Em todo canto do mundo, parece que realmente as pessoas só se ligam nos números da economia, ditados pelos organismos internacionais.
Se o “risco Brasil” está abaixo dos Estados Unidos, é porque o Brasil agora é o melhor dos mundos, na visão de quem não vive os problemas do nosso dia a dia aí. É lamentável, mas é verdade!
Daqui a pouco vou para La Plata para assistir treino da seleção do Mano Menezes.
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