Blog do Chico Maia

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É sempre bom e importante duvidar

Muito em moda na Guerra Fria as teses conspiratórias continuam existindo com muita intensidade no futebol. Mas, podem ser verdadeiras, “ou não”, como diria o Caetano. Os uruguaios estavam irritados com a escalação do paraguaio Carlos Amarilla, para o seu jogo contra a Argentina, pelas quartas de final da Copa América. Diziam tratar-se de armação para que o argentino Sérgio Pezzota beneficie o Paraguai contra o Brasil, para que argentinos e paraguaios tenham seu caminho facilitado para decidirem a competição.

Motivos

Claro, que lembrando sempre que o presidente da Conmebol é o paraguaio Nicolaz Leoz. O horário de envio da coluna não permitiu que eu esperasse o resultado do “Clássico do Rio da Prata”, mas hoje tem Brasil x Paraguai, e vale a frase do candidato a filósofo de botequim Adilson Batista, celebrado por muitos em Minas Gerais: “vamos aguardar!”.

Nunca duvido de nada no futebol.

Walter Clark

Leitor que sou do livro de memórias do saudoso Walter Clark, o criador do “padrão Global de qualidade”, acredito em sua famosa frase: “se pensam que não se compra mais árbitros no futebol, os senhores estão redondamente enganados”.

Escreveu isso no início dos anos 1980, depois da sua experiência como vice-presidente do Márcio Braga, no Flamengo.

Dom Corleones

Com minha bagagem no jornalismo com foco no futebol, 7 Copas do Mundo, tantas Copas América, brasileiros, mineiros e amadores regionais, não tenho o menor receio em afirmar que as armações continuam existindo. No apito, menos, e difíceis de se provar, porque as famílias mafiosas se unem no esporte e na vida comum do dia a dia para se protegerem. Fóruns privilegiados são cada vez mais comuns nos países e cortes internacionais.

Quase intocáveis

Escuta telefônica, por exemplo, só vale como prova com autorização judicial. E, como é difícil de se conseguir autorizações como essas! Sem falar que, no Brasil, o mundo do esporte multiplica a cada eleição a quantidade de políticos imunes a processos judiciais. Deputados, Senadores, Ministros e a família que cresce, que se une e se protege.

Como ladrão e corrupto nunca passa recibo, vamos que vamos, pois a vida segue, e bola que rola!

Na cara

Na Copa América a tabela já mostra uma armação vergonhosa, aceita de forma conveniente por todos os participantes: Brasil e Argentina só se enfrentam se for na final. Por causa dessa aberração, a seleção brasileira enfrenta, hoje, de novo, o Paraguai, com quem empatou na segunda rodada da primeira fase. Se tivesse passado ontem, a Colômbia enfrentaria novamente a Argentina, com empatou de 0 x 0 semana passada, com ajuda clara da arbitragem aos argentinos.

Engana que eu gosto

O Uruguai pegaria, de novo, na semifinal, Peru ou Chile, a quem já enfrentou e empatou com ambos, na fase de classificação. Tudo para beneficiar ao maior clássico do futebol Sul-Americano, um dos cinco maiores do mundo, que interessa aos patrocinadores e por consequências aos milhões das redes de televisão mundiais.

O tão propalado “jogo limpo” pregado pela FIFA, que se dane. Por essas e outras que o futebol anda perdendo público considerável.

Bem feito!

Contra todas as previsões, o Peru passou pela Colômbia, vencendo por 2 x 0 na prorrogação. O futebol pune com rigor a quem perde oportunidades únicas. Falcão Garcia, atacante colombiano, considerado até agora o melhor jogador da Copa América, desperdiçou pênalti aos 20 minutos do segundo tempo, quando poderia ter definido o jogo e a classificação da sua seleção para a semifinal.

E deu força ao falante e nervoso técnico do Peru, Sérgio Markarian, uruguaio que semana passada cutucou esquemas extra-campo do mundo da bola.


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