MARCELO COELHO disse:

Bom dia,esta placa homenagem no formato de um rato com a música trem de doido fica em que local?

bessas disse:

Imagina se a Prefeitura de Madrid cismar de construir um Shopping Center no Paseo Reina Cristina e mandar derrubar e construir em outro lugar o Museo del Prado ou a Igreja de San Jerônimo que está lá há 300 anos????? História não são só os fatos não,é contexto, registros, construções, ruínas,sitios arqueologicos etc.

Alisson Sol disse:

Francisco: não estou discutindo “qualidade da música”, mas importância histórica, e um suposto “descaso” com a história do clube da esquina.

Por exemplo: quando eu era criança, escutava muito sobre uma chamada rivalidade musical entre “Emilinha Borba” entre “Marlene”, que eram citadas sempre como “mitos inesquecíveis” da música brasileira. Convido-o a entrevistar 100 pessoas na Praça Sete hoje e perguntar a elas quem foram estas cantoras. Duvido que a maioria irá se lembrar. E isto apenas uma geração após elas pararem de cantar. E não é por falta de esforço para manter a memória da música delas. É simplesmente o fato de que novas gerações tem um gosto musical diferente. Importância histórica é diferente de monumento, e não pode ser forçada. Não adianta criar 200 monumentos para Emílio Médici e querer com isto que ele tenha mais “importância histórica” do que Juscelino Kubitschek.

Da mesma forma, não há qualquer descaso com o clube da esquina. O site http://museuclubedaesquina.org.br/ mantém informações sobre os artistas, incluindo sua agenda de eventos. Ontem mesmo, foram homenageados na reinauguração do SESC Palladium. Agora, quem quer “criar descaso”, sinta-se à vontade.

Francisco Barbosa disse:

Eu não gosto de Bossa Nova, mas nem por isso vou criticar o João Gilberto e colocá-lo no mesmo patamar de Tiririca e Latino.

Alisson Sol disse:

Miragaia, você é que escreveu: “Na parede da casa realmente tem placas, fala de museu, fala de clube da esquina, mas a casa? Fechada!!!!!!!“. Depois você escreve que “Não fui na esquina por causa de museu,como ja falei,fui pra ver a esquina e fiquei triste por ver o descaso“.

Descaso com o que? Se a casa não era para ser museu, tinha de estar fechada mesmo. Não há descaso algum: há lá uma placa, algo que inexiste em muitos locais muito mais importantes.

Já passei por esta esquina mais, como gosto pouco das músicas de Lô Borges e outros do tal clube, nada vejo de especial. Respeito sua opinião, mas convido-o a respeitar a minha. Convido-o também a procurar saber o como a História do Louvre, criado em 1793, é intimamente ligada à História do Brasil. Leia livros como “1808” para ver porque a corte portuguesa foi para o Brasil, sem o que não existiria a sua admirada esquina…

Alisson Sol disse:

Geovany: em todo lugar do mundo ocorrem estas “transferências” de que você falou. Por exemplo, o “Shakespeare’s Globe” em Londres não é “reconstruído” no local onde ficava o teatro original para o qual Shakespeare escreveu suas peças. Não importa: o que se quer preservar é a “História”, e não prédio velho.

Está havendo uma confusão entre “Histórico” e “a História de algo de que eu gosto”. Por que alguém hoje gosta das músicas do “Clube da Esquina”, isto não quer dizer que em 50 anos alguém sequer vá se lembrar disto. O país não pode ficar impedindo obras em casas onde moraram os membros do Clube da Esquina, Tiririca, Latino, Roberto Carlos e outras “celebridades” que dificilmente vão resistir ao “teste do tempo”.

Não creio que ninguém tenha duvidado de que o Miragaia tenha feito a viagem à tal esquina. O que eu, por exemplo, achei estranho, foi que alguém em 2011 faça uma viagem de 100Km para ir a um museu sem antes confirmar horário de funcionamento via telefone ou site na Internet. Nem o Louvre fica aberto o dia inteiro, ou em todos os dias do ano…

Geovany Altissimo disse:

Brincadeira, o ” Clube ” se formou no bairro Santa Tereza e me transferem para o Centro é brincadeira. No Brasil só tem cabeça de bagre mesmo. Se estivesse nos EUA, ou na Europa esse endereço seria talvez o maior ponto turistico da cidade de Belo Horizonte. Mas enquanto a gente tiver imbecis no poder isso é só utopia.

Francisco Barbosa disse:

Alguém me responde se houve músicas e / ou músicos do Clube da Esquina na campanha eleitoral do nosso atual Governador (e seu antecessor).

André Guimarães disse:

Já se foi o tempo que Sta Teresa era o calmo reduto do Clube da Esquina, acho que o Márcio Borges ainda mora por lá mas o Lô, o Marilton (tem um bar lá), o Telo e Solange, além da família do Beto Guedes e Milton não estão mais por lá. O Toninho Horta tinha uma casa/bar de shows no Horto que fica bem perto, mas não tem mais. Fui criado na região e hoje quando vou lá só vejo estranhos de outros bairros longínquos que frequentam Sta Teresa como point, a violência que era quase nula aumentou e realmente não existe mais a realidade que amávamos. É uma pena.

Dudu GALOMAIO BH disse:

“… se chamavam homens, também se chamavam sonhos… e sonhos não envelhecem…”

Eduardo Dias disse:

Chico,
Cheguei em Santa Teresa para morar em 2008 e esperava um bairro pacato, com muita cultura no ar. Mas o que vi foi uma transformação do bairro em “point” e que nada condizia com a Santa Teresa tão propalada como o reduto da cultura de Belo Horizonte. Apenas mais um lugar de “baladas” e que inclusive não vivem em harmonia com os moradores. Isso trouxe a violência ao bairro, antes tão conhecido pela sua tranquilidade.
Me mudei para o São Lucas e volto lá apenas para curtir com os amigos da Confraria São Gonçalo onde a boa música comanda as noites.
Ainda bem que existem estas ilhas de reistência no bairro.
Abraços,
Eduardo