A quase totalidade dos torcedores só se preocupa com o que ocorre dentro do gramado, e se o time está bem. Em seus 16 anos de poder, Zezé Perrella foi questionado em pouquíssimos momentos, mais precisamente nos dois primeiros anos de mandato, quando ainda estava tomando pé de do mundo do futebol, e este ano, por causa da expectativa criada em torno da conquista da Libertadores, e do mau começo no Brasileiro.
Um grande presidente, no futebol e administrativamente. Com o mandato de Senador, dado pelas articulações políticas e pelo destino, passa a bola para o seu vice, Dr. Gilvan de Pinho Tavares.
A maioria dos cruzeirenses não conhece o Dr. Gilvan, porém, trata-se de alguém com 56 anos de história no clube, como atleta, Conselheiro e dirigente.
Entrou para o Cruzeiro em 1955, como zagueiro; em 1966 tornou-se Conselheiro. Advogado, especializado em responsabilidade civil, foi Procurador do Estado, recebeu de Felício Brandi a incumbência de dotar o Cruzeiro de um dos estatutos mais aprimorados do país na ocasião, além de ter sido o seu diretor de futsal. Ocupou duas vice-presidências no mandato de Carmine Furletti (1983/1984), comandando as categorias de base e os esportes especializados.
Retorno
Dr. Gilvan voltou a posições de comando com a eleição de Zezé Perrella, como Superintendente Jurídico. Foi um dos negociadores do contrato com o grupo norte-americano Hicks Muse. O Cruzeiro foi o clube brasileiro que soube tirar melhor proveito da parceria com a Hicks. Construiu a Toca II, ganhou títulos importantes e ainda ficou com os melhores jogadores adquiridos pelos gringos.
Com Alvimar
No período de Alvimar Perrella, foi presidente do Conselho Deliberativo, e responsável pela reforma do estatuto, que o adaptou ao Código Civil.
Atualmente o Dr. Gilvan é vice do Zezé. Espírito conciliador, ótimo trânsito em todas as alas políticas do Cruzeiro, terá como companheiros de chapa, José Maria Fialho, muito ligado a Alvimar, e Márcio Rodrigues, Conselheiro Nato.
Recusa
Convidado por Benito Masci, para permanecer nos cargos, agradeceu, por questão de lealdade política: foi uma eleição acirrada e a chapa encabeçada por Benito venceu a de Furletti por apenas 13 votos de diferença. Caso aceitasse, certamente seria acusado de traição pelo seu próprio grupo, que apoiador da candidatura de reeleição do Furletti.
Conciliador
Márcio Rodrigiues foi candidato oposicionista justamente na eleição do Alvimar.
O curriculum, o conhecimento do Cruzeiro e do mundo do futebol do Dr. Gilvan são invejáveis. Poderá ser candidato único ou enfrentar alguma chapa de oposição.
Ele sabe que os resultados do futebol é que contam e que terá de manter o Cruzeiro como um dos maiores ganhadores de títulos do país.
* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no jornal O Tempo, nas bancas!
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