Mesmo com os jogos Pan-Americanos o futebol não perde o foco na imprensa mexicana. Além da presença da seleção brasileira principal aqui, até ontem, depois da vitória de 2 x 1 sobre a seleção deles, o outro assunto dominante tem tudo a ver com Atlético, Cruzeiro e América: a busca de explicações pelo fracasso de um dos clubes mais ricos e populares do México, o América, no campeonato nacional.
A sete jogos sem vitórias, perdendo e empatando em casa; na zona do rebaixamento com apenas 11 pontos; trocou de técnico, mas não adiantou. Falou-se em problema de relacionamento dentro do grupo; dispensaram jogadores, contrataram outros, mas a situação continua ruim.
Dinheiro, estrutura de primeira para se trabalhar e jogadores famosos e caros, não faltam. O que falta mesmo é futebol.
Enquanto isso, o Tigres, o modesto e segundo clube da cidade de Leon, cujo mais poderoso é o Monterrey, lidera a disputa com 21 pontos.
Mostra que, nem sempre dinheiro é o principal fator para se montar um time competitivo. É preciso saber contratar.
E vários clubes médios e pequenos, de poder semelhante no Brasil estão dando exemplos como o do Tigres em nosso atual campeonato. Como o Coritiba e Atlético-GO, para ficar apenas em duas lembranças.
Primeira página de um dos principais jornais de esportes do México, registrando protesto de torcedor do América, fazendo trocadilho com o nome do técnico Alfredo Tena.
A manchete diz, depois do empate em casa com o Morelia, que os jogadores “dão pena”
Sempre procurando jogar para cima, as autoridades políticas e esportivas de Guadalajara falam na possibilidade do Pan proporcionar 1 milhão de turistas, de amanhã, até o dia 30, quando se encerrarão os jogos.
A julgar pela conversa com gerentes de hotéis, restaurantes e taxistas, não há a menor chance de se chegar perto nem da metade disso.
Segundo eles a taxa de ocupação está muito inferior à que eles imaginavam para esta época.
Hoje foi feriado religioso em Guadalajara, em celebração à Virgem de Zapopan, que para todo o estado de Jalisco e atrai milhares de romeiros de grande parte do México.
Mesmo com os alertas da defesa civil para a passagem do furacão “Jova”, e com muita chuva, os arredores da principal Matriz, no centro da cidade ficaram lotados. Famílias em busca de milagres e barracas de todo tipo de comércio dividiam os espaços.
A cerimônia de abertura, de depois de amanhã, está sendo organizada pela mesma empresa inglesa que fará este trabalho nas Olimpíadas de Londres ano que vem.
O público terá ônibus de graça tanto nessa solenidade quanto nas disputas dos Jogos, bastando apresentar o ingresso do evento.
Joalheiros locais foram contratados pelo Comitê Organizador para confeccionar as 18.500 medalhas que estarão em disputa a partir de sábado.
Uma maquete gigante da cidade de Guadalajara foi instalada na entrada do Centro de Mídia do Pan, com destaque para os principais atrativos turísticos. Um deles é o Estádio Omnilife, local da abertura e encerramento, palco de todas as partidas de futebol.
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