Depois de leituras de ontem e hoje, dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, edições impressas, separei algumas reportagens que achei mais interessantes e repasso aos senhores.
As porradas do Globo no América por ter levado o jogo contra o Corinthians para Uberlândia e ter cedido 75% dos ingressos ao clube paulista, deixei pra lá.
Lamento a saída do José Trajano do comando do ESPN:
Folha:
“televisão” – Outro Canal
KEILA JIMENE
Osso Foi em clima de emoção que os funcionários da ESPN Brasil receberam na sexta-feira, em um almoço, a notícia de que José Trajano deixará suas funções executivas no canal, que serão ocupadas por João Palomino.
Osso 2 À coluna, Trajano ironizou a choradeira dizendo que “ninguém morreu e que continuará tudo igual”.
Osso 3 Trajano disse que não vai para a Fox Sports, que está chegando ao Brasil, e que deixou o comando da ESPN porque “perdeu o foco do que gosta de fazer para cuidar de coisas burocráticas”.
* O império continua andando apertado com a concorrência.
Folha:
Globo deve repetir pior audiência de sua história
A Globo deve repetir em outubro a pior audiência de sua história. Na soma dos 30 dias do mês (sem incluir dia 31), a emissora registrou média/dia (das 7h à meia-noite) de 15,5 pontos, a mesma registrada em abril, o mês mais difícil para a rede até hoje.
Em setembro, a Globo marcou média de 16,6 pontos, perdendo quase 7% de sua audiência em outubro. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.
A faixa em que a rede mais perdeu público foi a nobre: uma queda de 10%.
O canal marcou em setembro, das 18h à meia-noite, média de 28 pontos. Em outubro, marcou 25,3 pontos na faixa. Boa parte dessa queda tem a ver com o Pan de Guadalajara. Exclusividade da Record, a competição teve a transmissão de muitas provas na faixa nobre.
A Globo também perdeu público no horário com as novas novelas “A Vida da Gente” e “Aquele Beijo”, que ainda não engrenaram.
A Record, que incomodou a líder em alguns momentos, esperava crescer mais com 140 horas de Pan no ar. Marcou em outubro 7,3 pontos, ante 7,1 pontos de setembro.
Quem mais cresceu no mês foi o SBT, que passou de 5,8 pontos (setembro) para 6,2 pontos. Um aumento de 7%. O total de televisores ligados em outubro permaneceu o mesmo de setembro: 42%.
* Folha sobre os caras de pau do COB:
Com R$ 1 bilhão em 4 anos, COB diz que ainda falta recurso
PAN Entidade, beneficiada pelas leis Piva e de incentivo, solicita mais apoio das prefeituras
MARCEL MERGUIZO
MARIANA LAJOLO
ENVIADOS ESPECIAIS A GUADALAJARA
O Comitê Olímpico Brasileiro quer mais apoio das prefeituras para o esporte. A entidade ainda não conseguiu espalhar o projeto do Time Rio para outras cidades.
“Esperamos que apareçam outras prefeituras que queiram investir em projetos como esse”, afirmou Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo do COB.
Ele disse que a Lei Piva ainda é o principal financiador do esporte olímpico e que a lei de incentivo precisa ser mais bem aproveitada.
De 2007 até o Pan do México, foi injetado cerca de R$ 1 bilhão no esporte brasileiro por meio das duas leis que usam verba pública para o fomento do COB, das confederações e de outros projetos.
“Há também muitas estatais e apoio de empresas privadas. É um conjunto que se complementa. Espero que as prefeituras se somem a nós nesse orçamento total. É preciso mais recurso para dar mais estrutura”, completou.
Anteontem, no balanço do desempenho do Brasil no Pan, o superintendente-executivo da entidade ressaltou o resultado dos atletas do Time Rio, tocado em parceria com a prefeitura carioca.
Dos nove competidores que integram o projeto, oito ganharam medalhas no Pan.
Kaio Márcio foi bronze nos 200 m borboleta, Rosângela Santos ganhou os 100 m rasos e o 4 x 100 m, Júlio Almeida levou dois bronzes no tiro, e Diego Hypólito, três ouros (dois individuais).
Na vela, Ricardo Winicki, o Bimba, foi o primeiro na RS:X, Cesar Castro, bronze nos saltos ornamentais, Rafaela Silva levou a prata no judô, e Nivalter Santos foi prata na canoagem e garantiu a vaga para Londres-12.
Natália Falavigna, do taekwondo, não medalhou.
O projeto do comitê foi lançado em fevereiro do ano passado. E, desde o lançamento, o COB já falava em levá-lo para outras cidades do país.
Até o fim de 2012, a Prefeitura do Rio repassará R$ 12 milhões para até 13 atletas de sete modalidades olímpicas.
Os valores dos patrocínios individuais não foram divulgados, mas o valor varia de acordo com as conquistas. Um medalhista olímpico receberá uma quantia diferente da de um campeão pan-americano, por exemplo.
* Uma ótima notícia, também na Folha:
Paraplégico que recebeu injeção de células-tronco caminha 100 m
Oficial da PM da Bahia também tem melhor controle intestinal
O major Maurício Borges Ribeiro se exercita com andador
GRACILIANO ROCHA
DE SÃO PAULO
Nove anos depois do acidente que o deixou paraplégico, o major da Polícia Militar da Bahia Maurício Borges Ribeiro, 47, voltou a andar graças a uma injeção experimental de células-tronco na região da medula.
Amparado por um andador, o policial tem conseguido caminhar até 100 metros por dia. O tratamento pioneiro está sendo desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz.
Em março, médicos retiraram células da bacia do paciente e, um mês depois, reinjetaram-nas na região lombar da coluna do policial.
Os movimentos estão retornando gradualmente. O formigamento nas pernas foi o primeiro sintoma da melhora. Depois, houve aumento do controle da bexiga e do esfíncter. O tratamento é complementado pela fisioterapia.
Ribeiro deu os primeiros passos em julho, cerca de 90 dias após a cirurgia.
“Estou reaprendendo a olhar para a frente quando ando. Não sei se vou andar de muleta ou arrastando uma perna, mas um dia vou conseguir sair da cadeira de rodas, que é uma prisão”, disse o paciente.
“No começo não podia nem ficar sentado que eu caía. Melhoro um pouco a cada dia, mas tenho de seguir à risca o tratamento e fortalecer a musculatura porque, se eu cair ou fraturar alguma coisa, o tratamento para.”
O diretor de pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, Luiz Fernando Lima Reis, afirma que é preciso cautela na expectativa. “É muito promissor, mas ainda precisamos entender muito bem a biologia dessas células”, disse.
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