Blog do Chico Maia

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Só faltou o pedido de autógrafo

Falou quem conhece bem a história de Nelson Rodrigues. Ruy Castro escreveu o excelente “Anjo Pornográfico”, biografia do grande jornalista e dramaturgo.

Nessa crônica de ontem, na Folha de S. Paulo, ele fala da forma ridícula como a maioria das pessoas, até da imprensa, se curvou ao Barcelona, antes, durante e depois do jogo contra o Santos.

Parece que foi o primeiro grande time que se viu jogar na história. Parece que ninguém prestou a atenção na entrevista do técnico Pepe Guardiola depois dos 4 x 0, quando ele disse: “Ora, meus avós e meus pais me diziam que era esse o futebol que os times brasileiros jogavam.”.

Quando os times estavam para entrar em campo, lado a lado, as imagens da TV mostraram Neymar admirando boquiaberto o Messi.

A bola rolou, saiu o primeiro gol, e o Muricy Ramalho, sempre tão agitado, dessa vez, lá, sentado, quieto, parece que com medo de gritar com seus jogadores, de ir à beira do gramado.

Só faltou aos jogadores do Santos pedir autógrafo aos colegas do Barcelona, que realmente é o time tudo de bom que se fala, mas que não é o primeiro time na história a jogar um futebol empolgante e magistral.

Veja que belo texto do Ruy Castro:

* “A volta do complexo”

RIO DE JANEIRO – Nelson Rodrigues ficaria jururu. Justamente agora que o complexo de vira-lata do brasileiro, denunciado por ele, parecia sepultado, a acachapante derrota do Santos para o Barcelona nos devolve à vira-latice ululante. Nos botecos e esquinas, fala-se do Barcelona com a boca encharcada, como se o futebol nunca tivesse visto coisa igual.

E, no entanto, a marcação adiantada -quase às portas do adversário -, a retomada da bola e as triangulações entre jogadores muito perto uns dos outros (eliminando os erros de passe) estão longe de ser novidade. Vi exatamente isso outro dia, em vídeos que trouxe de viagem, mostrando a Hungria de Puskás, Bozsic, Kocsis e Hidegkuti esmagando por 6 x 3 a Inglaterra em pleno Wembley, em 1953, e o Real Madrid de Canário, Del Sol, Di Stéfano, Puskás e Gento achatando o alemão Eintracht por 7 x 3, numa final da Copa dos Campeões, em 1960.

E quem já não vira aquilo tudo no Ajax de Cruyff, Neeskens e Van Basten, no começo dos anos 70, e no Flamengo de Zico, Junior, Leandro, Adílio e Nunes, no começo dos anos 80? Ou mesmo nos diversos Santos de Pelé nos anos 60?

Eram times em que, além da alta categoria dos jogadores, o centroavante dava combate em seu campo, os zagueiros podiam avançar e o adversário não conseguia começar uma jogada. Pena que, na época, não houvesse um reloginho marcando os tantos por cento de posse de bola para cada um.

Viva, então, o Barcelona, que se juntou a uma elite de grandes times do passado. Pena é que não exista o time eterno. Donde, assim como aconteceu com aqueles imortais Hungria, Real Madrid, Ajax, Flamengo e vários Santos, este Barcelona um dia também deixará de existir. E pode não demorar muito. Sua torcida já está ficando blasée, farta de ganhar. Logo serão os jogadores.


A suplência do senado e a denúncia contra o assalto das mineradoras em nossas montanhas

As informações e comentários sobre a questão da suplência no senado, envolvendo José Fernando Aparecido e Zezé Perrella, estão rendendo ótimo debate e mais informações sobre um tema muito caro a todos nós mineiros e para quem vive em Minas Gerais.

O assalto que sofremos na mixaria paga pelas mineradoras pelos royalties, o dano ambiental  e social que eles provocam sem compensação aos municípios e às comunidades atingidas diretamente.

Vejam o que nos escreveu o professor Otto Ramos:

“Caro Chico Maia, saudações!

Este breve comentário segue somente para complementar o Luís Fernando e o próprio Zé Fernando..

Antes da candidatura do Zé Fernando, quem em Minas, sinceramente, tinha parado meditar sobre esta matéria? Apenas nos limitávamos a coisas como ver os quadros e fotografias do pico de Itabira ou ler poemas melancólicos relativos a isso, como o bem fez Carlos Drummond de Andrade.
Também ficavámos imaginando quão grave impacto à identidade cultural e física da capital seria se tivéssemos permitido que “levassem” a Serra do Curral… Ao menos o que ainda resta dela.
Quem tem ido àquela “ilha verde” que se tornou o Museu do Inhotim e parou para refletir sobre os pesados caminhões da mineração do entorno que a todos instante ultrapassamos ou nos ultrapassam?
Qual a relação custo/benefício para o estado de Minas Gerais, para o governo federal e para as populações daquela área que, ao fim da extração, herdarão crateras e fuligem? Ninguém vinha pensando nisso além do Zé Fernando como deputado federal.
Daí que, com as recentes discussões sobre a partilha dos royalties do petróleo e , sim!, a candidatura do Zé Fernando esse assunto se tornou pauta urgente da gente de Minas: não é mais “coisa de ambientalista” somente!

Hoje, segundo informações, o governo de Minas que tanto alardeou o tal “choque de gestão” está quebrado e com enormes dificuldades de fechar as folhas de pagamento e ainda suportar as legítimas reivindicações salariais por parte de seu funcionalismo (professores, policiais, etc.) deixando de pagar seus fornecedores para conseguir pagar décimo terceiro, por exemplo.

São apenas 70 e poucos milhões arrecadados com a mineração no ano de 2011 enquanto a Petrobrás paga fábulas pelo petróleo. Se fossem as mesmas regras para o minério não teríamos essas dificuldades e, inclusive, possivelmente não teríamos tantas greves gerando tantos transtornos à população.

Por que falei disso tudo? Porque a candidatura do Zé Fernando foi pra muito além de uma vontade pessoal, de um capricho particular. Foi para trazer essa importante questão em defesa dos nossos interesses como mineiros e para abrir espaço para um projeto senão melhor, ao menos, alternativo de país para a nossa e as gerações futuras representado pela candidatura da Marina Silva.
Assim, agradeço a postagem anterior pois graças a ela pudemos estender esse debate para além do caderno de política.
Obrigado!”
Prof. Otto Ramos
dirigente escolar
Rede Municipal de Contagem

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EUROPA2010JUIZDEFORA 062

Obrigado ao professor Otto, e esta foto, feita por mim um ano atrás sobre as montanhas de Belo Horizonte, Nova Lima, Brumadinho, Moeda e adjacências é só para relembrar o que essas mineradoras bilionárias deixam como herança deixando uns trocados para os cofres públicos.


Reveillon: para quem gosta de cerveja de qualidade e muito rock n’ roll

Não se trata de propaganda nem “jabá”; nem conheço os donos dessa cerveja, mas conheço o produto, que saboreei num festival de artesanais no Jardim Canadá este ano. Ótima!

Quem enviou as informações foi a amiga Adriana Kfouri, grande jornalista, que dá uma dica da melhor qualidade para quem for passar o réveillon em Belo Horizonte:

* “Reveillon, cerveja e muito rock n’ roll”

A Cervejaria Artesanal Küd abre suas portas para brindar a chegada de 2012 com a primeira edição do Rock Reveillon da Küd. Para a virada do ano, a Küd preparou um open bar com mais de dez bebidas, entre elas, quatro dos fantásticos chopes artesanais – inclusive o premiado Kashmir. Tudo ao som eletrizante do AC/DC, da cover Seu Madruga, e a genialidade sonora do DJ Koctus, baixista do Pato Fu.

A aliança entre cerveja artesanal e o rock n’ roll é a marca registrada da Küd. Amantes da boa cerveja, os cinco sócios da cervejaria também são apaixonados pelo rock n’roll. Não é à toa que a Küd é a cervejaria artesanal mais rock n’ roll de BH.

A prova está nas surpreendentes criações da Küd, como o premiado sabor Kashmir, vencedor do Primeiro Campeonato Sulamericano de Cervejas Caseiras, realizado em Santa Fé, na Argentina, em 2008. Kashmir, a IPA da Küd, assim como outras criações que serão oferecidos no open bar do Rock Reveillon, revela um casamento fiel entre a cerveja e o Rock.

Kashmir é uma das músicas mais marcantes da banda Led Zeppelin. A homenagem a canções dos “Leds” foi estendida ao sabor Tangerine da Küd, levemente cítrico em estilo Witbier, uma criação própria dos cinco amantes da cerveja e do rock n’roll que também será servido no open bar do Rock Reveillon.

Blackbird, estilo Black IPA, reverencia os Beatles. A criação da Küd leva quatro tipos diferentes de malte e quatro estágios de lupulagem, alusão à imagem do quarteto de Liverpool.

Para completar, um verdadeiro culto ao Deep Purple: o irresistível sabor Smoke on the Water, em estilo Smoked Ale, que utiliza como ingrediente o malte defumado.

“O rock e a cerveja se completam. Resolvemos então prestar uma homenagem à nossa maneira e fazemos nossas receitas inspiradas em grandes clássicos do rock. Mas a escolha não é aleatória, toda receita tem uma carga de história que serve de pano de fundo para uma degustação cheia de cultura”, ensina o analista de sistemas e mestre cervejeiro da Küd, Alencar Barbosa.

No open food do Rock Reveillon da Küd oferece mais de 4 mil peças da melhor culinária mineira e japonesa. Tudo de bom pra todo roqueiro curtir a virada! No cardápio mineiro, nada melhor do que a gostosa comida de boteco, com torresminho, linguicinha, mandioquinha, caldos de feijão e de mandioca, moelinha e pãozinho fatiado, frango a passarinho, fritas e outras variedades de petiscos.

Ou, se preferir, os cervejeiros-roqueiros podem degustar um caprichado cardápio japonês: tipos diversos de sushi, sashimi, nigiri, hot filadelfia, california, sunomono com kani, camarão e peixes como salmão e outros, todos fresquinhos e preparados na hora.

Os ingressos estão a venda por R$ 250,00 (masculino) e R$ 230,00 (feminino). Para adquirir, entre em contato com a organização da festa pelos telefones 8880-0077; 9234-1896; e, 9934-3469. Acesse o site da Küd – www.kudbier.com.br.

O Rock Reveillon da Küd, que começa às 22 horas do dia 31 de dezembro de 2011 e só termina depois que o sol raiar em 2012, garante ainda conforto e segurança dentro de suas instalações. A Cervejaria Artesanal Küd fica à rua Kenton, 36, bairro Jardim Canadá, em frente à Praça Quatro Elementos.


Zé Fernando informa que não foi o responsável pela suplência do Zezé Perrella

Com muito prazer recebi esta mensagem do ex-deputado José Fernando Aparecido de Oliveira, sobre post ontem no blog e um dos temas da minha coluna de hoje no Super Notícia:

“CARTA ABERTA”

Caro conterrâneo Chico Maia,

Afetuoso abraço!

Com relação ao seu artigo publicado em seu blog e no jornal “Super Notícias”, esclareço:
1º – O convite feito a mim para ser o primeiro suplente do saudoso ex-presidente Itamar Franco se deu um dia após a convenção estadual do Partido Verde que homologou o meu nome como candidato ao governo do Estado de Minas Gerais, com a presença da candidata a Presidência da República Marina Silva;
2º – Que o convite não foi feito pelo então candidato a senador Itamar Franco, ou pelo ex-governador Aécio Neves em nome do primeiro, e sim por um deputado do Partido Verde, em nome do Governo do Estado, com o argumento de que ainda dava tempo de aceitar, pois a convenção estadual do Partido ainda não havia sido registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais;
3º – Que caso aceitasse o convite deveria desconsiderar a convenção estadual do Partido Verde o qual passaria a fazer parte de outra coligação;
4º – Que a perspicácia e visão futurística neste caso específico era desejar ou contar com a morte do Itamar;
5º – Que nunca disse que iria pensar, disse apenas que não poderia aceitar o convite;
6º – Que este convite consistia, na verdade, na retirada da minha candidatura ao governo e consequentemente do palanque da candidata a presidência da república Marina Silva no Estado de Minas Gerais onde inclusive foi escolhida Presidente da República pelos belo-horizontinos;
7º – O meu saudoso pai me ensinou: “Que o difícil é resistir! Aderir ou simplesmente se vender é muito mais fácil”;
8º – Para finalizar, esclareço ainda, que mantive a coerência com os meus ideais, a minha consciência e os valores éticos que sempre conduziram o exercício da minha vida pública, além é claro, do meu compromisso político com a candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva.

Atenciosamente, seu amigo,

José Fernando Aparecido de Oliveira.


América promove justa festa para a chegada dos campeões

Da assessoria de imprensa do América:

* “CHEGADA DOS CAMPEÕES”
Os campeões brasileiros da categoria Sub 20 serão recebidos nesta quarta-feira, às 17:30, no Aeroporto de Confins, pela torcida americana, dirigentes, amigos e parentes. A diretoria está disponibilizando ônibus especial para levar os torcedores ao aeroporto, com saída da Praça da Estação, às 15:30. Além de ônibus, inúmeros veículos particulares seguirão para Confins.
A delegação campeã seguirá direto para a Sede do Bairro Ouro Preto (rua Mantenha, 80), onde será recebida pelos integrantes do Conselho de Administração do clube. Os jogadores já fizeram uma grande comemoração ontem à noite, depois do jogo, em uma churrascaria gaúcha. Portanto, após a recepção os jogadores serão liberados para o período de férias.    
 
O América conquista o título inédito,em sua primeira participação no Campeonato Brasileiro Sub 20, ao vencer o Fluminense por 2 a 1, de virada, em Porto Alegre. O time fez a melhor campanha, marcando 14 gols e sofrendo apenas dois. O goleiro Matheus foi o menos vazado a ainda eleito o craque do torneio. 

Minas Gerais x Império Britânico

Este assunto tem sido falado em toda roda: os mineirinhos com a sua caninha de qualidade, que estão incomodando aos poderosos súditos da Rainha Elizabeth II.

Li na Folha de S. Paulo de sexta-feira e repasso aos senhores: 

“Uísque Johnnie Walker tenta derrubar cachaça João Andante”

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

A holding inglesa Diageo, detentora da marca do uísque Johnnie Walker, abriu processo administrativo no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) contra a cachaça João Andante. A Diageo acusa a empresa mineira de ser “imitação” de sua marca -segundo ela, avaliada em US$ 3,5 bilhões.

ANDANTEWALKER

Mas o processo gerou publicidade para a cachaça e fez suas vendas dispararem. Nas últimas duas semanas, os pedidos feitos via e-mail já chegam a mil garrafas. Até então, as vendas eram de apenas 200 garrafas por mês.

“Os pedidos estão aumentando muito e nós sempre trabalhamos com margem e volume pequenos”, disse Gabriel Lana, 25, um dos donos.

A João Andante foi organizada em 2008 por quatro jovens que viam a atividade mais como um hobby do que propriamente um negócio empresarial. Cada um deles segue com sua profissão.

O desenho das duas marcas é representado pela figura de um andarilho, embora de classes sociais distintas: enquanto um é lorde, o outro é um jeca, ou capiau, conforme o regionalismo mineiro.

“Apesar de ambos os personagens mostrarem algumas distinções, o uso da expressão ‘João Andante’, que é a tradução literal de ‘Johnnie Walker’, evidencia a intenção de criar uma ‘versão local’ da marca”, argumenta a holding inglesa por meio do escritório de advocacia Dannemann Siemsen.

Os mineiros negam que o uísque tenha sido a inspiração e sustentam que o Walker da marca inglesa nada tem a ver com andar ou caminhar -é um sobrenome.

Afirmam que a ideia é a de um caixeiro-viajante, que é um andarilho, segundo o escritório de advocacia Hidelbrando Pontes e Associados.


Viva o América! Do Milagres aos reservas, essa turma precisa ser bem observada!

Fantástica toda a campanha do América no Brasileiro sub-20.

Não só pela conquista do título, mas pelo comportamento de jogadores e comissão técnica, que mostraram uma sintonia pouco comum, dentro e fora de campo.

Vitórias no fim de jogos como contra o Cruzeiro e Coritiba; goleada histórica de 7 x 0 em ninguém menos que o Palmeiras.

Do técnico Milagres ao reserva que não entrou em nenhuma partida, essa turma toda merece ser bem observada, pois tem futuro.

E não é de hoje que estão mostrando serviço, pois já mostraram competência, determinação e raça na Copa São Paulo deste ano, apesar de ter pedido para o Bahia.

Alguns jogadores se destacam individualmente, como o goleiro Mateus, o zagueiro Lula e o volante China; são “feijão sem bicho”.

Essa conquista de ontem deu boa visibilidade nacional ao Coelho. Além do Sportv, a Rádio Globo Rio transmitiu.

A torcida era pelo Fluminense, porém ambas as transmissões reconheceram como justa a conquista e encheram a bola do Coelho, com direito a um sarro: o Fluminense tem trama do América: não vence no júnior nem no profissional.

De Minas, só a Itatiaia transmitiu, e com a equipe completa.

Parabéns América, e que saiba aproveitar este grupo de excelente potencial!


Há quem não goste do futebol do Barcelona

O futebol é uma eterna discussão, por isso move milhões mundo afora.

Vejam a opinião de um leitor que escreveu ao meu blog no portal De Fato On Line ( www.defatoonline.com.br , de Itabira:

“Nada de lição, nada de aula, nada de ensinar futebol.

O que o Barcelona pratica é o anti-futebol porque falta o ingrediente principal que é a emoção.

Futebol sem emoção vira macarronada sem queijo. Se tirar o Xavi, o Daniel Alves, o Fábregas do time e o Messi, aquele time nem marca gol.

Ver jogo do Barcelona é como assistir desenho animado sem animação.

O time fica tocando bola sem parar. Eu não queria esse time para o meu time. É um timeco.

Vc topa comer comida de Sete Lagoas, no melhor restaurante, sem sal, sem gordura e sem alho?

Assim é o Barcelona, um time destemperado.”

Wilson Nelio Silva Santos

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A moda que deveria chegar ao Brasil: Presidente do Sevilla condenado à prisão

Do site do Diário de Negócios Soccerex:

* O presidente do Sevilla, Jose Maria del Nido, recebeu pena de sete anos e meio de prisão por seu envolvimento no desvio de dinheiro público na cidade espanhola de Marbella. O dirigente recebeu o apoio de seu clube. “Isso é terrivelmente injusto”, disse o vice-presidente do time, Jose Castro, segundo a agência de notícias “Associated Press”.

DelNidoCrop

Del Nido, que comanda o Sevilla desde 2002, também terá de pagar US$ 3.5 milhões (R$ 6,5 mi) à prefeitura de Marbella por sua participação como advogado na rede de corrupção que agiu de 1999 a 2003. O ex-prefeito de Marbella, Julian Munoz, recebeu a mesma sentença, enquanto o ex-assessor de Planejamento Urbano da cidade, Juan Antonio Roca, foi sentenciado a quatro anos de prisão. Todos os três têm cinco dias para recorrer da decisão dada na segunda-feira (19/12) pelo tribunal regional de Málaga.

O governo espanhol dissolveu o conselho municipal de Marbella em 2006 no meio do escândalo em que vários integrantes da prefeitura, incluindo Munoz e Roca, foram acusados de aceitar suborno e outros favores em troca de concessões para licença de construção.

O presidente do Sevilla se mostrou um personagem polêmico no futebol espanhol e tem sido o líder na campanha para combater o domínio financeiro de Barcelona e Real Madrid na Espanha. Del Nido quer convencer Barça e Real a dividir suas receitas de TV de uma forma mais igualitária com outros clubes espanhóis – atualmente, os dois “grandes” recebem uma grande parte do dinheiro.

Hoje em dia, Barcelona e Real Madrid recebem cerca de metade do total de € 600 milhões (R$ 1,4 bi) pagos pela TV aos clubes. A negociação é feita diretamente com cada time, ao invés de um acordo conjunto. No ano passado, os dois “grandes” intermediaram um acordo com outras 11 equipes da divisão principal para compartilhar parte das receitas de TV a partir de 2015, mas muitos acreditam que provavelmente isso terá pouco efeito sobre o abismo competitivo que existe no futebol espanhol.

* http://www.soccerex.com/industry-news/presidente-do-sevilla-e-condenado-a-prisao/

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A saída do Caleb do América e o dia em que o Zé Fernando deu o Senado ao Zezé Perrella

Uma nota no site do América informou:

América é dono de 30% dos direitos econômicos de Caleb”
09/12/2011 – 15:07

Após uma longa reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 09/12, entre o diretor de futebol, Alexandre Mattos e o procurador do jogador Caleb, ficou acertado que o clube fica com 30% dos direitos econômicos do jogador.

O contrato de Caleb com o clube se encerrou no dia 09 de novembro, porém, o jogador abandonou o América por orientação de seu empresário, mesmo depois de o clube exercer seu direito de renovação por mais dois anos, conforme determina a lei.

O integrante do Conselho de Administração do América, Marcus Salum, relatou que nos últimos seis meses realizou pelo menos 10 reuniões com o empresário do jogador, mas sempre aparecia uma desculpa para não assinarem a renovação obrigando ao clube partir para uma outra esfera.

“Chegamos a acertar valores, mas sempre surgia uma desculpa. Então percebi que não estava tratando com gente séria. E ele (empresário) chegou a fazer falar com outras pessoas sobre sua idoneidade… Eu só lamento porque o Caleb é um bom menino, mas orientado por um empresário sem escrúpulos. E digo na frente dele, porque ele disse para eu ficar tranquilo que eles iriam renovar. Se ele dizer que estou mentindo, então que diga na minha cara. Fico triste, porque 99% desses meninos que deixam o América assim se dão mal”.

Agora, com o acordo, não haverá necessidade do clube acionar a justiça para fazer valer os seus direitos. Assim, quando o jogador for negociado para qualquer clube no país ou no exterior, o América irá receber o percentual de 30%.”

Ora, ora! Caleb? Aquele meia atacante que encantou a todos com atuações espetaculares na Copa São Paulo de juniores? Para quem grande parte da imprensa e quase toda a torcida americana pediam oportunidades no time principal?

Semana passada saiu a notícia que ele foi para o Nacional de Nova Serrana, clube montado pelo Senador Zezé Perrella e pelo prefeito da cidade, Paulo César, seu amigo e colega de partido – PDT.

Paulo César inclusive teve participação importante nas negociações políticas para que o Zezé se tornasse primeiro suplente do Itamar Franco.

O ex-governador e ex-presidente da república não o queria. O nome preferido do Itamar era o do José Fernando Aparecido, ex-prefeito de Conceição do Mato Dentro, então deputado federal e que articulava na época a sua candidatura ao governo de Minas pelo PV.

Itamar convenceu a Aécio Neves, outro aliado de Zezé Perrella, que o Zé Fernando seria a melhor opção: jovem, discurso renovador, ambientalista, defensor do aumento do royalte do minério, sem máculas políticas, filho do amigo de ambos, o ex-Embaixador e Ministro José Aparecido de Oliveira. Além do mais seria uma pedra a menos no caminho da candidatura do professor Antônio Anastasia.

Tudo certo, tudo conversado; Perrella já estava resignado, que teria de se contentar com a segunda suplência. Só que o Zé Fernando não teve a perspicácia e visão futurística que sobravam em seu pai, e disse ao ex-presidente e ao Aécio, que iria “pensar”.

Foi demais para o Itamar, que irritado disse ao Aécio que o caminho estava livre para o candidato dele a primeiro suplente.

Deu no que deu!

Voltando ao Caleb, o que mais me impressiona é que este assunto quase não foi noticiado. O América perde um jogador de grande futuro, de forma nebulosa e tratamos a situação como se fosse normal.

Caleb

No mínimo, deveria ganhar para mostrar o lado ruim da Lei Pelé, que dá plenos poderes aos empresários, que hoje mandam no futebol.

Quem defende os interesses do Caleb é o João Sérgio, o “João da Umbro”, que age dentro das leis de mercado.

Claro que o Marcos Salum e toda a diretoria americana estão irritados com ele, mas este é o jogo.

Por isso citei ontem o e-mail que recebi do leitor Marcelo Sat, que escreveu: “…Aqui, depois que o futebol foi transformado de paixão para negócio, que empresários entraram com força para trocar qualquer menino ainda sem ter desenvolvido sua formação moral, familiar, educacional, etc… por um punhado de dinheiro – pra ele e pra familia do menino – que via de regra é pobre e precisa de dinheiro e, principalmente, por uma expressão que vale muito no mundo corporativo, mas acabou com o futebol – “resultado imediato”…”

O Marcelo falava sobre a diferença entre um Barcelona e qualquer clube brasileiro para formar jogadores na base.