Blog do Chico Maia

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Campeonato Mineiro vai ser bom, mas tudo pode ficar melhor!

Todos os campeonatos estaduais são bombardeados pela maior parte da imprensa de todo o país, mas nunca vão deixar de existir, devido aos interesses políticos das federações e CBF.

Para mim, devem existir sim, porém numa fórmula diferente. No caso de Minas, o ideal seria que cidades de tradição no futebol não ficassem de fora; que a primeira divisão tivesse o dobro de clubes e que o calendário ocupasse a maior parte do ano. Atlético, Cruzeiro e América deveriam entrar apenas na fase decisiva, com um, dois ou até os cinco primeiros colocados dessa disputa do interior.

Cidades como Montes Claros, Uberlândia, Sete Lagoas, Patos de Minas, Itabira, Pouso Alegre, Ipatinga, Araxá, Muriaé, Formiga e várias outras que já marcaram época no futebol mineiro não podem ficar fora deste cenário.

Com isso os clubes do interior voltariam a ter identidade própria, sem ficar nas mãos de empresários como ficam hoje; revelariam jogadores, já que investiriam na formação de atletas ao invés de gastar tanto dinheiro com veteranos, que em muitos casos, só servem como marketing e para evitar que os times que os contratam caiam para a segunda divisão.

É ilusão acreditar que, com o modelo que existe hoje, algum clube do interior vai desbancar o trio da capital da conquista do título. O Ipatinga só conseguiu porque era um Cruzeiro B, com jogadores e comissão técnica emprestados e pagos pela matriz.

Atlético, Cruzeiro e América estão em outro patamar e deveriam brigar para a volta da Copa Sul/Minas, que além de mais rentável, é infinitamente superior tecnicamente. A preparação ideal para o Campeonato Brasileiro, já que o enfrentamento é com concorrentes da prateleira de cima como Inter, Grêmio, Atlético-PR, Coritiba, Paraná, Figueirense, Avaí…

Há rumores que cariocas e paulistas estão falando na volta do Torneio Rio/São Paulo, o que seria ótimo também, porque nos poucos anos de duração desses regionais, incluindo as Copas Nordeste; Norte e Centro/Oeste, o futebol brasileiro ganhou em todos os aspectos.

Fico na torcida para que voltem os regionais e que o Mineiro tenha nova fórmula.

Enquanto isso, que a disputa que começa neste fim de semana seja a melhor possível e que os árbitros mineiros sejam mais prestigiados, respeitados e que haja mais paciência com eles, porque a pressão em Minas costuma passar dos limites.

E vejamos quem vai comemorar depois da última rodada: atleticanos, cruzeirenses ou americanos!


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Comentários:
11
  • Andreilho disse:

    Penso que o Campionato Mineiro deveria ser disputado por 20 equipes em turno único e que 8 passassem para uma segunda fase (sendo esta de mata-mata). Sendo assim, outros times além de Atlético, Cruzeiro e América, teriam chance de ser campião. Quanto a promoção… fossem rebaixados 4 times para o módulo II. Quanto o jogo das quartas e semi, fossem de ida e volta, já a final, fosse única, sem mandante de campo (essa mediada deveria ser adotada para a Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores.

  • Paulo Torres disse:

    Chico, sua proposta de campeonato mineiro podia ser resumida em “usar a Taça Minas Gerais como seletiva para a fase final do Campeonato Mineiro” – o que não acredito que esteja muito longe de ocorrer, times como o Uberaba e o Guarani usam a Taça como preparação para o estadual. (Outros, como o Villa Nova, montam um time diferente para cada competição, concentrando recursos na contratação de “medalhões” para o estadual.)

  • pedro bozzolla disse:

    Ao Adalton,
    é isso aí, tomara que mude, mas em dezembro na última da eleição do Kalil, eu ouvi o Roberto Abras e o Emanuel Carneiro criticando as categorias de base do Galo. O Velho Abras chegou a dizer que tinha “muito come e dorme por lá”, alguns dias depois o Kalil veio ao microfone da rádio e disse que o Galo tinha ganhado a Future Champions e tinha ganhado o mineiro e etc. e depois desse “pito” o Velho Abras abaixou a orelha e o papo morreu. A verdade é que quando o Galo entra para disputar a Copa São Paulo de Júnior, só leva ferro. Todos sabemos que a Copa São Paulo de Júnior é o principal campeonato do país e há muitos anos o Galo é só figurante. Para mim isso é sintomático de que muita coisa nas categorias de base do Galo precisa ser repensada. Estamos ainda muito longe do que já fomos no passado. Um abraço.

  • Adalton disse:

    Ao Pedro Bozolla,
    Vc tem muita razão; não só o time do Atlético Mineiro, mas os outros de regiões fora do Rio, S.Paulo e Porto Alegre; a arrecadação deles é muito maior, seja por cotas de TV, propaganda ou por programas bem elaborados de sócios. Os Clubes Mineiros precisam ter maior criatividade para arrecadarem e consequentemente montarem grandes times. Basta ver as últimas contratações do Fluminense, Flamengo, S.Paulo, além dos grandes times que possuem Santos, Corintians, Vasco, Internacional e Grêmio.
    Domingo eu assisti o jogo Vaco e Americano e o Tiago Feltri jogou muito bem, sendo muito elogiado… Então, uma saída para os clubes mineiros e de outros estados seria revelar jogadores nas categorias de base, como b em faz o nosso América. Vejam as revelações do Atlético nos últimos anois: Diego Alves, Leandro Castan, Cicinho, Èder Luis, |Tiago Feltri, Bernard , Felipe Souto e outros . O que aconteceu? são bons jogadores e penso que os clubes brasileiros, de modo geral, vendem os atletas para o exterior muito novos ainda; felizmente , parece que essa situação está mudando.

  • Francisco Barbosa disse:

    Por tradição o Siderúrgica e o Villa Nova teriam cadeira cativa no certame ?

    O trio da capital não poderia ser rebaixado ( América em 2007) ?

    Boa, Ipatinga e Tupi subiram de divisão no Brasil, mas tem rebaixamentos recentes em MG.

  • Alisson Sol disse:

    Eu li a idéia do Rodrigo, que é muito parecida com o que eu já fiz como proposta anteriormente. Ele propõe grupos regionais, que é algo que eu também já citei. O que eu adicionaria à proposta dele é que não se pode apenas ter o “campeonato” entre os times de cada região, com um ou dois clubes classificados para um hexagonal final. Isto faz com que, em uma região com 4 clubes, um deles possa “desaparecer” após 6 jogos (3 adversários, em casa e fora). Isto é ainda pior do que o modelo atual, onde alguns times desaparecem após 11 rodadas.

    É preciso regionalizar e considerar não apenas o clubes atualmente existentes, mas também clubes de cidades menores que hoje estão no “semi-amadorismo” (ou semi-profissionalismo, como desejarem!), de forma que cada região tenha no mínimo uns 8 clubes. A partir disto, se faz um campenato com ao menos 14 jogos em cada região, já começando no meio de janeiro, com dois jogos por semana. Ao final de Fevereiro, e assim pouco antes do Carnaval, estariam os clubes campeões regionais classificados para “algo”, que seria então chamado de Super-Campeonato Mineiro ou algo assim.

    Já os não classificados, passam a disputar um torneio de “fechamento” (o tão falado “Clausura”), onde as partidas passam a ser apenas uma por semana, e há um dois cruzamentos com clubes de outras regiões. Com boa vontade, dá para manter os clubes em atividade ao menos até Julho, e aí alguns bons jogadores podem vir a ser aproveitados em clubes maiores, enquanto outros jogadores esperam o próximo Janeiro para tentar outra vez. Mudar para o modelo regional sem ter uma solução que mantenha os clubes em atividade por pelo menos 7 meses do ano, vai só trocar 6 por meia-dúzia. Ninguém vai patrocinar a camisa do Social de Cel. Fabriciano para aparecer na mídia 2 meses. Mas ficando 7 meses na “ativa”, as coisas mudam significativamente.

  • Rodrigo disse:

    Chico Maia, até assuste,i quando estava lendo que vc era a favor do campeonato na maior parte do ano, mas depois entendi, quando vc colocou o momento dos grandes entrarem. Penso como você, o campeonato mineiro deveria ser disputado pelos times do interior na maior parte do ano.

    Aqueles que disputassem as séries C e D, só entrariam após saírem desses campeonatos. O campeonato mineiro seria mais rural e não deixaria tantos clubes ociosos e falidos.

    Quanto à copa Sul Minas, nunca deveria ter acabado. Foi uma das melhores competições que já existiu. Pena que alguns dirigentes resolveram acabar com ela. Lembro que o Kalil ficou sozinho, defendendo a competição. Enquanto isso, o esperto Perrela se alinhou com seus pares e fez a vontade do poderoso da CBF, da Globo e dos presidentes das federações estaduais.

    Os times que disputam os estaduais formam equipes de verão, gastam o que não tem, para contar com ex-jogadores, contratados em nome da experiência e recebem um jogo contra um ou dois times grandes, que jogam sem muita motivação e ainda perdem jogadores por contusão.

  • pedro bozzolla disse:

    Chico, esse não é o tópico ideal, mas lanço uma discussão: na minha opinião o time desse ano do Galo não vai dar em nada. Sem me alongar e buscando a deixa de uma discussão de meses atrás, repito o argumento: time sem um camisa 10 não vai muito longe! Esse papo de ataque leve e veloz é papo para tentar encobrir deficiência do cara que vai “pensar” no meio de campo. Sem um jogador como era o Jorginho (hoje técnico da Portuguesa) ou o Alex (ex Cruzeiro) não tem jeito, vai ser mais um ano morrendo na praia (o que não deixa de ser melhor do que os anos recentes que lutamos para não cair). Um abraço!

  • J.B.CRUZ disse:

    Com a mesma fórmula do ano passado, campeonato mineiro continua ainda sendo o mais charmoso entre outras competições…Não há nada mais prazeroso do que bater seu maior rival, principalmente se estiver disputando o título..O maior rival do CRUZEIRO não é FLAMENGO,SANTOS,GRÊMIO, ETC,ETC,,,,e sim o CLUBE ATLÉTICO MINEIRO..Não há dinheiro que pague presenciar IN LOCO; a choradeira dos nossos colegas atleticanos…….

  • geovany altissim0o disse:

    Chico, eu tenho uma má vontade com esse campeonato mineiro, se acabasse pra mim não fazeria falta alguma. Times ruins, campos ruins, juizes ruins, puta merda é de lascar viu.

  • Rodrigo disse:

    Chico, veja em http://www.galokombi.com a minha proposta para um novo campeonato mineiro. Aguardo seu comentário conterrâneo!