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Acredite; não é no Brasil: clube gasta mais de R$ 170 milhões só com troca de treinadores

Que coisa, hein!?

Para quem pensa que certas coisas só acontecem no futebol brasileiro, veja essa notícia do site do canal ESPN:

 * “Em 4 anos, Chelsea gastou mais de R$ 170 milhões só com troca de treinadores”

Analistas financeiros, especializados em futebol, calcularam os gastos que o russo Roman Abramovich, dono do clube, teve apenas com as trocas de técnicos, excluindo os vencimentos mensais, nos últimos quatro anos. O montante é de 102 milhões de dólares (aproximadamente R$ 174 milhões). Nesse período, além dos ‘treinadores top’ e Andre Villas Boas, que está atualmente no comando, ainda passou pelo clube o israelense Avram Grant, que era o diretor responsável pelo futebol na época de Mourinho.

TECNICOSQuem tem se dado bem com a grana que o Chelsea tem gastado com técnicos é o Porto. No ano passado, o time inglês pagou 21 milhões de dólares (R$ 46 milhões) aos portugueses por Andre Villas-Boas, que se tornou o treinador mais caro da história do futebol. Evidenciando como os gastos do time inglês têm sido exorbitantes, a terceira transferência mais cara com técnicos também é sua: 9 milhões de dólares (R$ 15 milhões) por Mourinho, pagos para o mesmo Porto.

E se os valores pagos pela dupla portuguesa assustam, o valor dispendido nas rescisões dos técnicos é ainda maior. Segundo o balanço financeiro da equipe, referente ao último semestre, divulgado na quarta-feira, apenas a troca de Carlo Ancelotti por Villas-Boas custou 45 milhões de dólares (quase R$ 77 milhões). Assim, o valor pago a Ancelotti foi ainda maior do que o que custou português: 24 milhões de dólares (mais de R$ 41 milhões).

José Mourinho foi bicampeão inglês pelo clube, mas deixou o clube demitido após desentendimento com Roman Abramovich. Avram Grant veio em seu lugar e somou apenas vice-campeonatos. Já Guus Hiddink chegou interinamente e levou o time à conquista da FA Cup e às semi-finais da Uefa Champions League. O holandês chegou para substituir Luis Felipe Scolari, que dos ‘top 10’ foi que teve o trabalho mais discreto, afinal, Carlo Ancelotti conseguiu o inédito Double (Premier League e FA Cup na mesma temporada) pelo clube.

Aparentemente, comparando com o número de títulos antes da chegada de Mourinho, as conquistas obtidas nesses quatro anos pelos treinadores de fato impressionam. Mas, ainda assim, o alto investimento não se justifica. No mesmo período, o líder na pesquisa da IFFHS, Alex Ferguson, no comando do Manchester United há nada mais, nada menos, que 25 anos, levou três campeonatos nacionais, duas Copa da Liga e uma Liga dos Campeões – grande obsessão do Chelsea.

E com a política de Fair Play Financeiro que a Uefa tem implantado na Europa, a preocupação do Chelsea com seus gastos já parece ser maior. O balanço anunciado pela equipe registrou uma receita recorde, de 350 milhões de dólares – 26 milhões a mais do que no último ano -, e a diminuição das perdas financeiras. Só que, ainda assim, o clube teve um prejuízo de 105 milhões de dólares – no ano passado o buraco havia sido de 112 milhões de dólares.

Agora, resta saber se, em seu próximo balanço financeiro, o Chelsea seguirá reduzindo custos ou gastará ainda mais com treinadores. Afinal, após o empate contra o Manchester United, por 3 a 3, cresceram as especulações sobre uma possível saída de Villas-Boas e, da mesma maneira, o retorno de Mourinho ao clube já vem sendo cogitado tanto na Inglaterra, quanto na Espanha.

* http://ht.ly/8YyuL


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Comentários:
1
  • Alisson Sol disse:

    Como sócio-torcedor do Chelsea, eu acompanho através da revista o que acontece no clube. É algo que, infelizmente, é de deixar Eurico Miranda com inveja…

    O que ocorreu foi que o clube, financeiramente falando, não é viável. O mercado de Londres não suporta tantos times, e a expansão internacional não gera tanto dinheiro como muitos imaginam. O clube tem estádio próprio, muito bom por sinal, e onde há muitos eventos além do futebol. Mas mesmo com ingressos a preços exorbitantes pelos padrão brasileiros (estamos falando de 200 libras por assento), um estádio de 40mil assentos só vai gerar uma certa arrecadação no máximo. Aumentar o estádio não é viável financeiramente – o Arsenal o fez, e apesar de todos os jogos da seleção brasileira lá anualmente, o estádio ainda é deficitário. O problema do Chelsea é outro…

    Desde que o Mourinho saiu: não há um time. É apenas um “grupo de jogadores”, cada um por si. Pior ainda: um grupinho de jogadores, liderados por Terry, decidiu que vão mandar no clube, e dizer quem contratar, quem deve jogar, etc. Algo que Alex Ferguson jamais iria permitir no Manchester United. Pior é que tais jogadores são muito amigos do “dono do clube”. Ou seja: este problema agora só pode ser resolvido com o tempo, ou com um técnico que realmente se imponha aos jogadores. Daí a esperança da torcida com a volta de Mourinho. Mas duvido que Mourinho aceite…