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A convivência ideal entre atleticanos e cruzeirenses

Reportagem do Bruno Trindade, para o jornal O Tempo mostra como deveria ser sempre a convivência entre atleticanos e cruzeirenses.

A razão de ser do esporte é a integração e interação dos povos, além da promoção da saúde.

Infelizmente está do jeito que está, por culpa da ignorância, intolerância e falta de educação, que não poupam ninguém quando a bola rola.

* “Atlético x Cruzeiro”

O TEMPO visitou pelada e propôs um exercício: destacar as eficiências do adversário

Reconhecendo o poder rival

Atleticanos destacam Montillo e Fábio, já cruzeirenses elogiam a velocidade do ataque alvinegro

Publicado no Jornal OTEMPO em 05/04/2012

CAMCRUZ

BRUNO TRINDADE

A rivalidade entre Atlético e Cruzeiro é grande e histórica. Sempre que aparece uma brecha, o torcedor não perde a chance de tirar um sarro do colega, do amigo ou do parente que torce pela equipe adversária.
Se já é difícil entender como aquela pessoa tão próxima consegue torcer contra o seu time do coração, imagina reconhecer as qualidades de seus maior rival?
A reportagem de O TEMPO  visitou uma pelada em que amigos, atleticanos e cruzeirenses, todos os sábados, simulam o grande clássico. Mais do que mostrar a rivalidade em quadra, o encontro foi utilizado como um momento de relativizar o grande encontro do futebol mineiro. E a pergunta foi lançada: qual a qualidade do rival?
O exercício não é dos mais fáceis. É deixar a emoção um pouquinho de lado para analisar o adversário com a razão. Com essa instrução, o técnico em informática e atleticano Júnio Lima Moreira, 24, se rendeu ao talento de dois jogadores do Cruzeiro e que hoje são os maiores ídolos do clube.
“O Fábio e o Montillo sempre fizeram a diferença (para o Cruzeiro). O Fábio já merecia a seleção (brasileira) há muito tempo, isso a gente tem que reconhecer. E o Montillo, por toda a qualidade que ele tem”, afirmou destacou o Atlético.
Do outro lado, a resposta também demorou um pouco para vir. Houve titubeios, mas, com um exercício, o cruzeirense e técnico em segurança do trabalho Luan Júnio, 22, ressalta a qualidade de alguns jogadores e do técnico atleticano.
“Eles (do Atlético) têm o Réver, que é um bom zagueiro e de seleção (brasileira). Além do Cuca, que é um bom treinador, e do argentino Escudero, que é um bom jogador também”, apontou o cruzeirense, que também citou a velocidade de Neto Berola e a boa fase do centroavante André.
Os dois e mais colegas responderam mais perguntas sobre o rival, estimulados apenas a responderem sobre os pontos positivos. Eles são de Dom Joaquim, cidade do interior de Minas, e, há sete anos, decidiram jogar uma pelada todos os sábados para se aproximarem, mesmo no corre-corre da capital.

* http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=200143,OTE&IdCanal=3


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Comentários:
5
  • Estou em Lajinha/MG, uma cidadezinha onde mal pega celular, mas acabei encontrando uma Lan House e aproveitei pra dar uma passadinha aqui no Blog.

    Quanto ao tema deste tópico, realmente esta deveria ser a convivência em geral. Mas como já foi muito bem dito, a intolerância, ignorância e falta de educação de alguns, impedem que seja assim.

    Tem uns “abestados” que se portam, como se fosse um crime ou pecado, outra pessoa torcer pelo time rival ao dele. E isso se torna explícito em redes sociais, no trabalho, na escola, socialmente e até em Blogs.

    E a gente identifica o “abestado”, o “anti-social”, pela sua maneira de se portar. Quando não sabe assimilar zoações e quando as faz, não sabe como. Sempre em tom agressivo e sem respeito.

    Mas Graças a Deus, a gente vê também muitos torcedores rivais, amigos e unidos que sabem levar essa nossa rivalidade numa boa e principalmente, preservando a emizade. Como essa turma da foto.

    Na “Só Boleiro” pelada que eu participo aos domingos e que já completou 16 anos, todo domingo é zoeira, é azaração entre Cruzeirenses e Atleticanos, sempre um rindo do outro, rindo de si mesmo e nunca tivemos nenhuma confusão por isso. Consideramos muito uns aos outros e nossa amizade, a “Família Só Boleiro”, está acima de qualquer tipo de rivalidade. Podemos ser adversários, mas jamais inimigos !

  • Marcus Vinicius disse:

    Por que a imprensa em geral e os torcedores não valorizam esta iniciativa? Simples! Pancadarias, baixarias e ofensas vendem mais. O que mais me irrita é ter que escutar nos noticiários esportivos as brigas de “torcedores” de torcida “organizada” o que deveria se restringir às páginas policiais. Não passam de bandidos uniformizados com a camisa dos clubes.

    Até quando vamos tolerar essas corja? Por que a polícia é tão ineficiente e muitas vezes omissa?

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Chico,
    as pessoas tem que aprender a separar, futebol é uma ótima diversão e só, as vezes a gente entra num conflito de paixões aqui no blog, mas tenho certeza que podemos ser todos ótimos amigo. O Emílio Figueiredo que conheci aqui do blog por exemplo, cruzeirense chato pra caramba, arrogante, desses que passam dos limites, mas fora daqui, o conheci pessoalmente, é um cara super legal, trabalhador, papo bom, criamos uma boa amizade, porque sabemos separar as coisa, mas infelizmente tem alguns que acham que futebol tem que ser a única coisa na vida, frustrados, esses que estragam a harmonia do esporte.

  • Bom entendimento entre Atleticanos e marias quando a bola rola é utopia. Eu, como recebi de minha mãe excelente educação, nunca cheguei às vias de fato com nenhum torcedor do maria, repito, quando a bola está rolando. Mas não sou doente e reconheço quando o time delas foi melhor. Não fico inventando ou dando desculpa. Nos 6 a 1 passado reconheci que as marias foram valentes, assim como sabia que se a situação fosse inversa estariamos agora na segundona. Elas não perdem a chance, tenho de reconhecer. Mas o que mais me irrita é que, além de sempre ter um bom time têm muita sorte. Inclusive nas contratações.
    Mas não me peçam para conviver feliz com elas quando a bola rola porque isso nunca vai acontecer. Tá no sangue. Quando a bola rola, a mínima presença delas o talha. Com exceção para minha querida esposa (isso é que é a verdadeira democracia) e o meu querido falecido sogrão, o grande Osvaldo Cardinali que era de uma educação de dar gosto. Íamos, eu e ele, para o mineirão no dia de clássico, chegando lá cada um ia para sua torcida e no final voltavamos juntos discutindo os lances, democrática e educadamente. Mas isso foram outros tempos. Nunca comemos tropeirão com as mãos e assistiamos aos jogos assentado. A PM tinha pouco trabalho. A Rede Globo ainda não dava trela à violência.

  • Alisson Sol disse:

    A análise dos times foi boa. Mas o Atlético-MG tem hoje um time, no papel, um pouco mais talentoso. Como torcedor do Cruzeiro, prefiro que ganhem o Rural que nada vale e continuem com o técnico que amarela nas horas decisivas. Não mãos de um bom técnico, o time atual do Atlético-MG iria longe.

    Já o Cruzeiro, precisa não de contratar, mas de promover a base. Ainda creio que a renovação com o Montillo foi um erro que vai dividir o grupo, e era melhor usar os mesmos recursos para promover e incentivar uns 3 ou 4 atletas da base do clube. A comissão técnica é boa, mas o material humano, nem tanto: idade média meio alta, e muito jogador já com a “vida ganha”.