Nota principal da minha coluna de hoje, no jornal O Tempo, nas bancas:
“Sangue e audiência”
A selvageria dos marginais que se infiltram entre os torcedores nas arquibancadas chegou aos setores tidos como mais comportados dos estádios, onde ficam autoridades, imprensa, e familiares de jogadores. Não dá para aceitar a agressão sofrida pela mãe do volante Dudu, do América, depois do clássico com o Cruzeiro, domingo, na Arena do Jacaré.
E até agora a polícia não prendeu esses bandidos. Mas a questão da violência extrapola o que cerca fatos como este. Li uma entrevista do publicitário Chico Malfitani, fundador, em 1969, da torcida Gaviões da Fiel, do Corinthians, considerada, hoje, uma das mais violentas do país, e sou obrigado a concordar com ele, quando diz: “… os meios de comunicação são os maiores incentivadores (da violência). Outro dia, o Sportv estava metendo o pau nas organizadas às 11h30 da manhã. Nisso, entram cenas do MMA, sangue escorrendo. O Galvão (Bueno) gritando ‘direita, esquerda’, o cara socando o outro; e isso é civilizado? Os dirigentes se provocam, dão declarações irresponsáveis. E depois a Gaviões é violenta?”.
Somando isso a outros fatores, mais a impunidade, o problema tende só a aumentar.
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