O Cruzeiro vai precisar superar principalmente o nervosismo inicial no jogo dessa noite contra o Atlético Paranaense para passar à próxima fase da Copa do Brasil.
Jogo, não de despedida, como muitos estão dizendo, mas de “até qualquer dia”, na Arena do Jacaré, que certamente será usada ainda de vez em quando pelos clubes da capital.
E todos deveriam agradecer publicamente ao Democrata e a Sete Lagoas pela acolhida.
Fato relevante I
O fato novo resultante deste Campeonato Mineiro é que o América voltou à prateleira de cima e está brigando de igual para igual com Atlético e Cruzeiro, dentro e fora de campo; coisa que há muitos anos não víamos.
Nos gramados, eliminou o Cruzeiro, saindo de desvantagem no regulamento, com duas vitórias convincentes. Empatou o primeiro jogo da final contra o Atlético e deixa os atleticanos preocupados e a sua torcida com reais esperanças. Fora das quatro linhas, fez ótima negociação para que o Independência fosse reconstruído e é o clube que mais tirou proveito até agora nos tais preparativos de Belo Horizonte para a Copa do Mundo.
Fato relevante II
Também deixou de ser apenas um “chorão” contra as arbitragens mineiras e impôs a sua vontade de trazer apitadores de outros estados nos jogos contra o Cruzeiro e contra o Atlético. E, aleluia: até erros a seu favor estão acontecendo nos jogos mais importantes.
Fato relevante III
Enquanto isso, grande parte da torcida do Atlético continua remoendo os 6 x 1 do Cruzeiro do ano passado, e quando a poeira começava se assentar, o time foi eliminado pelo Goiás e a desconfiança recomeçou.
O time ainda carece de jogadores à altura em pelo menos três posições, porém, o comentarista Lélio Gustavo, da Itatiaia, fez uma observação com a qual concordo: quase o mesmo grupo, com o mesmo Cuca como treinador, não perde há mais de oito meses diante de sua torcida. Nem cito o Campeonato Mineiro, porque foram sete vitórias e dois empates contra adversários da Série A, como o Santos (com Neymar e Cia.), Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Botafogo, Coritiba, Ceará, Avaí e Bahia.
Fato relevante IV
Mas o Lélio lembrou bem: a torcida estava jogando junto e a força dela é fundamental. Se o time é limitado, mas cresce com o apoio das arquibancadas, sem isso, tudo se complica mais ainda.
E a maior prova da força dessa mesma torcida é que o programa “Galo na Veia”, há apenas uma semana, já recebeu 3.700 solicitações de cadastro, mesmo com a eliminação da Copa do Brasil. Isso já rendeu mais de R$700 mil aos cofres do clube.
Da pior qualidade
No grande oba-oba que estão fazendo em torno do novo Independência, chamado agora de “Arena”, se o público tem reclamações a fazer, a imprensa está sendo tratada como lixo: um banheiro apenas para ser usado por todos os jornalistas e portadores de deficiência; sem estacionamento (nem pago), e pasmem: sem internet, uma coisa considerada hoje rudimentar em qualquer lugar público, até no Paraguai.
* Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!
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