* “Meu nome é Wellington Tobias, tenho 36 anos, sou torcedor do América e quero dizer o seguinte:
Como falta sensibilidade aos dirigentes do América quando o assunto é preço de ingresso! Parece que eles não entendem que antes de pensarem num time de futebol as pessoas se preocupam com as obrigações e com as necessidades familiares. Num país como o nosso, com os problemas que conhecemos de distribuição de renda e remunerações defasadas, cobrar ingresso num valor médio superior a 10% do salário mínimo é um descompasso. Eu cresci ouvindo que o futebol era a diversão mais barata dentre as disponíveis, mas isso já vai longe… É coisa do passado…
Os dirigentes estão cometendo um erro estratégico ao estabelecer tais valores. Para um produto como o futebol o ganho em bilheteria deveria dar-se na quantidade de ingressos vendidos. Sou daqueles que preferem 10.000 pagantes ao preço de R$ 10,00 ao invés de 2.500 ao preço de R$ 40,00, pois penso que futebol é calor humano e quanto mais gente apoiando o time, melhor!
O argumento que poderia sustentar a atitude, no caso do América, é o da reforma do Independência, mas o clube não investiu na obra!
A hora de trabalhar a torcida é essa, no entanto, se já começam com ingressos nesse nível de preço fica difícil fazer a torcida chegar junto e crescer como diz querer a diretoria americana. Num raciocínio simples, para acompanhar o time em todos os jogos que serão realizados em casa, um torcedor gastaria, em média, só com ingressos, o valor de R$ 760,00. Isso sem mencionar outros gastos inerentes como alimentação e condução. Agindo assim, eles só reforçam a máxima que diz: América, um time para poucos (que podem pagar), mesmo! Que pena…”
Belo Horizonte
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