Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Cuca elogiado e revista Veja desmentida

Em sua coluna no O Globo de ontem, Renato Maurício Prado encheu a bola do técnico Cuca, e deixou a revista Veja “Rio” em situação constrangedora, desmentindo que tenha dado a entrevista publicada por ela sobre a sua saída do Sportv no episódio com o Galvão Bueno.

Confira:

* “Mestre Cuca” 

Dia de chuva no US Open de tênis, bom momento para fazer justiça a um dos melhores técnicos brasileiros em atividade: Alex Stival, o Cuca, Um treinador cujos times sempre se mostraram bem armados, insinuantes e ofensivos. Títulos, na verdade, ele conquistou poucos até agora (e sempre em âmbito regional). Mas uma façanha extraordinária merece constar de seu currículo com louvor: a fantástica recuperação do Fluminense, na reta final do Brasileiro de 2009, quando conseguiu escapar de um rebaixamento que parecia inevitável.

Acompanhando a excelente campanha do Atlético Mineiro e lendo a entrevista de Cuca, a Carlos Eduardo Mansur, publicada no GLOBO de domingo, não tenho dúvidas de que ele evoluiu muito. Do técnico que me ligou para se queixar de que Adriano jogava “com um saco de seis quilos de açúcar, nas costas” (irritado com seu excesso de peso), e que foi irredutível, ao não aceitar a volta de Petkovic, por considerá-lo velho e desagregador (e, após a sua saída, ambos, juntos, foram as peças decisivas do Flamengo, em 2009, para chegar ao título brasileiro), ao treinador que se apressou a ligar para Assis, pedindo a contratação de Ronaldinho, tão logo soube de seu rompimento, na Gávea, vai uma distância e tanto.

O Cuca dos dias de hoje aprendeu a ser mais tolerante, sem abrir mão da responsabilidade. Prova disso, a coragem que teve ao pedir como reforços dois autênticos “fios desencapados”: o próprio Ronaldinho e seu companheiro de baladas, o centroavante Jô (também mandado embora do Internacional por causa do comportamento boêmio).

Juntos, eles deram o toque final a uma obra que o técnico já vinha ensaiando com o jovem e talentoso Bernard e os incansáveis Danilinho, Guilherme e Escudero. Com Jô enfiado na área, como pivô, e Ronaldinho solto no meio-campo, com liberdade para se deslocar para onde quiser, o Atlético cresceu e se tornou, com justiça, o grande favorito para o título brasileiro deste ano.

Ainda falta um turno inteiro, é verdade. Mas o futebol que o Galo de Minas vem jogando, além de extremamente eficiente (com um aproveitamento recorde de 79,6%!) é o que mais se assemelha à essência do nosso verdadeiro futebol arte — lindo, leve, solto e, sempre, protagonista das ações em campo. Bem diferente, por exemplo, do também eficaz jogo do Corinthians, de Tite — baseado, acima de tudo, na marcação, marcação e… mais marcação.

Para que a receita da cozinha mineira fique perfeita, só falta mesmo ao “mestre Cuca” driblar, de uma vez por todas, aquela “invencível melancolia” que parece carregar eternamente no semblante, até mesmo nas entrevistas pós vitórias!

Sorria, Cuca! Seja alegre como o belo futebol que o seu time vem jogando. Superstições à parte, garanto, você descobrirá, ser feliz, não dói…

A culpa é do General

Ronaldinho Gaúcho joga, no Atlético, um futebol que quase nunca apresentou no Flamengo; Vanderlei Luxemburgo vai se recuperando, no Grêmio, fazendo um competente trabalho só de técnico, não de gestor do futebol, como lhe permitiram no rubro-negro. Ambos se foram (após brigarem entre si) e o clube é que ficou com um (imenso) prejuízo: multa rescisória de R$ 4 milhões com um e dívida que pode chegar a R$ 50 milhões, com o outro.

Afinal de contas, de quem é a culpa por tão estrondoso fracasso? É nessas horas que me lembro do que o meu “velho” sempre repetia: “Não são os maus soldados que perdem a guerra. São os generais que os comandam”…

Quem é o comandante do Fla? Aliás, o Fla tem comando?

Pingo nos is

Não dei entrevista alguma à Veja Rio. Ao atender, educadamente, ao telefonema da jornalista que me procurava, com insistência, há duas semanas, disse-lhe, com clareza, que não queria falar, até por entender que nós, jornalistas, não somos notícia. Expressões a mim atribuídas, tais como “mundinho da TV”, “já deu” e “o que passou, passou”, jamais saíram da minha boca. O falso “pingue-pongue” publicado na coluna “Beira-Mar”, assinada por Carla Knoplech, na última edição, me coloca dizendo até que continuarei fazendo “o meu programa na CBN” — algo que nunca tive. Apenas participava do CBN Esporte Clube, comandado por Juca Kfouri, e extinto há mais de dois anos! Hoje em dia, faço comentários na Rádio Globo. Para finalizar, usaram, dando a impressão de que eu posara para a Veja, uma das fotos que fiz para a minha coluna no GLOBO. Em suma, um engodo…

* http://oglobo.globo.com/esportes/rmp/posts/2012/08/28/mestre-cuca-462432.asp


» Comentar

Comentários:
8
  • Paulo Henrique disse:

    Veja mentindo? hahaha

    Para mim, ouvir isso é o mesmo que ouvir: “tem político que rouba”, ou seja, óbvio.

  • Pedro disse:

    O texto dele não mudou em nada minha opinião sobre ele… é o tipo de sujeito que, estando sob os holofotes ou não, não acrescenta absolutamente nada à crônica esportiva nacional, talvez para os cariocas seja diferente. Já vai tarde (para o ostracismo).

  • glaysson angelo disse:

    Este Renato Maurício Prado entende de futebol o mesmo tanto que eu entendo de motor de helicoptero,ou seja porcaria nenhuma.É muito facil falar do galo agora,este mesmo no programa bem amigos do dia 09/07 se não me engano,ironizou de todas as formas o elenco do galo em especial ronaldinho e jô, chamando-os de “festeiros”.Quando digo que ironizou é porque ele dava gargalhadas por ser um time mineiro.Jornalista sem credibilidade.Ele devia aprende com o Alberto Helena aquele sim entende de futebol.

  • Rodrigo Assis disse:

    P ronto o Renato virou meu ídolo, esculachou o Galvão e a Veja no mesmo mês, merece uma placa tb

  • André Corrêa disse:

    Renato Maurício Prado não é um cara no qual eu enxergue muita credibilidade, mas a desencada que ele deu na Veja ficou ridícula para a revista. Eu quero ver se esses escrotos vão responder.

  • Johnny disse:

    Chico, onde podemos encontrar essa entrevista do Cuca ao Globo?
    ———————-
    Saiu no O Globo de domingo, página inteira, no caderno de esportes, mas não a encontrei na internet.
    Se você ou alguém conseguir encontrar, favor me enviar.
    Abraço.

  • moacir disse:

    Lembre-se tambem que o Cuca, a exemplo do que fez no Fluminense, pegou o Galo e perdeu seis jogos consecutivos, foi para a zona de rebaixamento, saind somente no final do campeonato.

    é um magico.

  • Paulo disse:

    Ótimo reconhecimento ao Galo e ao seu momento, por parte do RMP. Principalmente se tratando de um carioca que escreve para um jornal de âmbito nacional como “O Globo”.

    Mas… mas… mas…

    Que o GALO não perca o foco, a “pegada” e a disciplina tática que, se concretizada em título, fará com que outros “medalhões arrogantes” da imprensa do eixo reconheçam o time de 2012 como um dos melhores, senão o melhor, do país.

    Na segunda rodada, voltam Pierre e Bernard, contra o Bahia. Tomara que o Cuca leia seu blog, Chico, e faça a seguinte reflexão: o jogo-chave das 5 primeiras rodadas do returno é Galo x Timão. Porque o Corinthians enfrenta hoje o Flu e daqui a uma semana o Galo. Será o “fiel da balança”. Logo, seria interessantíssimo que o jogo contra o Corinthians fosse com o grupo completo. Portanto, muita calma com os cartões.

    A Ponte de hoje é um grupo de jogadores que merece todo o nosso respeito, dados os resultados da campanha deste ano. Mas o grupo de jogadores atleticano é superior, a torcida fará sua parte, e a vitória de 1 x 0 (nossa prioridade) vale os mesmos 3 pontos que uma goleada.

    Chegando à metade do turno com bons resultados contra o quarteto paulista (Ponte, SP, Corinthians e Palmeiras – o Santos fica para a segunda metade do returno), dá, sim, para sonhar com algo maior, já que estes times, além do Grêmio, certamente tirarão pontos do Flu.