O equilíbrio e as dificuldades do Brasileiro se mostraram mais uma vez na primeira rodada do returno e certamente será assim até as últimas da competição.
A Ponte Preta veio a Belo Horizonte para o tudo ou nada porque não tinha outra alternativa. Um time franco atirador que sonha com vagas nas competições continentais, mas sempre olho na luta contra o rebaixamento.
O Atlético também não tinha outra opção que não fosse atacar e buscar a vitória o tempo todo, pois jogava em casa, precisando manter a liderança. E o técnico Cuca não abriu mão de muitos atacantes, como é do seu estilo. O resultado foi um jogo corrido, aberto e principalmente nos últimos 25 minutos parecia uma partida de basquete, onde quem perdia a bola corria o risco iminente de tomar um gol.
Oportunidades perdidas dos dois lados, gols através de casualidades, também dos dois lados, assim como na outra partida, mais tarde, que poderia alterar a classificação, no Fluminense, em casa, contra o Corinthians.
Os paulistas abriram o marcador através de uma bola perdida pelo Wagner no meio e depois desviada na perna do zagueiro, chutada pelo Emerson, enganando o goleiro tricolor.
Fred empatou no oportunismo de sempre, mas em compensação perdeu um, de cabeça, que normalmente não perde de jeito nenhum. Igual ao Jô que perdeu contra a Ponte Preta, quando estava 2 x 1 para o Galo. Era para matar a partida.
Em Goiânia o Cruzeiro também contou com erro do adversário em momento crucial, quando vencia por 1 x 0 e o goleiro Márcio, bom batedor de pênaltis, chutou para fora a chance do empate. Vencia com gol também do oportunismo implacável do Borges e depois ampliou em pênalti muito bem batido pelo Wellington Paulista no segundo tempo.
Interrompeu o que parecia uma recuperação do Atlético-GO no Campeonato.
O Grêmio deu uma encostada nos líderes e o primeiro gol, do Marcelo Moreno, foi mais um na base do abafa na área do Vasco, com a bola batendo em um, em outro, não agarrada pelo goleiro, encontrando o atacante bem posicionado para marcar.
O poderoso Santos tomou 3 x 1 do guerreiro Bahia, que luta contra a degola, em plena Vila Belmiro. Com o time do Muricy completo e o Ganso sendo chamado de mercenário, com direito a moedas jogadas no gramado pela torcida enfurecida.
Perguntado sobre isso, o jogador respondeu que é um dos salários mais baixos do clube. O compadre dele, Neymar, também foi perguntado sobre a resposta do Ganso e respondeu, na bucha:
“Isso é um problema dele com a diretoria”.
É assim mesmo! Quando a bola não entra no gol adversário a cuíca ronca para todos os lados e O Palmeiras tomou de três da Portuguesa, garantindo sua presença na zona do rebaixamento, tendo Bruno Mineiro como principal algoz e dois gols. O Coritiba venceu em casa o também poderoso Inter, com gol chorado, onde a bola carambolou na zaga colorada e entrou. No jogo dos desesperados, onde o Figueirense também parecia que iniciaria em Recife uma reação na classificação, o Náutico virou para 3 x 2 depois de estar perdendo de 2 x 0. Assim como os demais jogos, quase todos imprevisíveis e dramáticos, diferente dos campeonatos mais badalados do mundo, como o espanhol, italiano e inglês, onde o título, normalmente, não sai das mãos dos favoritos garantidos da primeira à última rodada. E para contrariar os adeptos das teorias conspiratórias, o árbitro Sandro Meyra Ricci teve uma ótima atuação no 1 x 1 entre Fluminense e Corinthians, que garantiu a liderança do Galo.
» Comentar