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Arapuca armada no Rio de Janeiro e o movimento pelo Alex 10

Mesmo tendo a ficha limpa, Rever tomou quatro jogos de suspensão no julgamento de ontem pelo STJD, mas o perigo mesmo é a sessão de hoje do tribunal, já que o Ronaldinho Gaúcho é quem estará no banco dos réus. Mesmo sem ter sido expulso por causa do lance com o Kleber, no jogo contra o Grêmio.

É uma prerrogativa que o Procurador tem, quando vê um lance e entende que o árbitro errou ao não punir devidamente um infrator.

Mas quando se fala de Rio de Janeiro, cidade sede da CBF/STJD, com dois clubes interessados em ferrar o jogador e o Atlético, é recomendável ligar todos os radares e se precaver.

O Fluminense ainda conta com tropeços dos concorrentes; o Flamengo continua jurando vingança ao seu ex-jogador.

Aguardemos! 

 

Repercutiu nacionalmente o movimento da torcida do Cruzeiro no centro de Belo Horizonte, ontem, pedindo a volta do Alex.

O objetivo principal era sensibilizar o jogador, mostrando a ele o quanto ele é querido e seria bem vindo, numa eventual volta, mesmo aos 36 anos de idade. Certamente até ele está surpreso com esta disputa pelo seu futebol a essa altura da vida.

Jogador que se deixa levar pelo carinho do torcedor para optar por algum clube é a cada dia mais uma espécie em extinção. O negócio é grana, em quase 100% dos casos.

É a lei natural da vida, já que o profissional visa em primeiro lugar o seu próprio bem estar, que vai lhe garantir proporcionar uma vida melhor para si e seus familiares.

Mesmo quando o sujeito já tem muito dinheiro e aparentemente está realizado financeiramente.

Quando a profissão é ligada ao futebol os cuidados são maiores ainda, pois tudo “depende”. Hoje o jogador ou treinador é amado, idolatrado, buscado no aeroporto, beijado, paparicado, pelo passado brilhante no próprio clube.

Amanhã, se as coisas não acontecerem como o esperado, o “herói” vira “vilão” e o percurso de “salvador da pátria” a “mercenário” ou enganador é fácil.

Disse Augusto dos Anjos que a “mão que afaga é a mão que apedreja”; uma grande verdade.

Vontade de trazer o Alex de volta não falta à diretoria do Cruzeiro, já manifestada várias vezes pelo presidente Gilvan. O problema deverá ser o leilão, envolvendo principalmente Palmeiras e Grêmio, já que o Coritiba não tem bala na agulha para brigar em condições de vencer essa disputa. A chance dos “coxas”, aí sim, pode ser grande pelo lado emocional. O jogador é de lá, já disse que pretende voltar a morar lá, cuidar dos seus negócios e essas coisas que pesam muito porque envolvem a família toda.

Além do mais a pressão da torcida seria menor que em Beagá, São Paulo ou Porto Alegre. Um possível rendimento abaixo da expectativa seria compreendido com maior intensidade pelos conterrâneos, já que ele teria aberto mão de propostas financeiras muito melhores para encerrar a carreira no “clube do coração”.


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