Raramente alguém assume responsabilidade em qualquer tipo de erro no Brasil.
Na tragédia da boate Kiss, em Santa Maria-RS, os donos empurram para os engenheiros, bombeiros, prefeitura e a banda que usou fogos na exibição; estes por sua vez, devolvem a acusação e jogam para os outros também.
No Mineirão o jogo de empurra já começou.
Vejam o que diz o responsável pelo gramado, neste link do Globoesporte.com enviado pelo Thales Rosa, a quem agradeço:
* “Após ficar encharcado, gramado
do Mineirão pode ser substituído”
Engenheiro agrônomo da empresa responsável pelo campo do estádio diz que excessos de fibra e areia fina exigidos pela Fifa prejudicam drenagem
Imagem da grama após a chuva: excesso de fibra retém água, evitando drenagem (Foto: Divulgação)
. . . Lucas Pedrosa, engenheiro agrônomo da Greenleaf e responsável pelo campo do Mineirão, revelou que uma reunião deve acontecer na próxima semana para definir essa situação.
– Os consultores da Fifa barraram minha areia, pois achavam muito grossa e indicaram uma mais fina. Essa mistura com a fibra formou uma compactação que impermeabiliza a água. Eles não têm noção do clima, pois na Europa não chove assim. Nossa recomendação não foi levada em consideração. Agora, estamos trabalhando para evitar esse tipo de situação (troca do gramado). Porém, faz um mês que fazemos perfurações para quebrar a fibra, mas não está adiantando. Vamos ter que tomar uma posição mais severa. Teremos uma reunião na próxima semana com a Minas Arena – disse Lucas.
Responsável por todos os estádios da Copa das Confederações (Maracanã, Nacional Mané Garrincha, Arena Pernambuco, Castelão e Fonte Nova também receberão jogos), a Greenleaf conseguiu evitar esse excesso de fibra em outros campos. Segundo Lucas, o Mineirão acabou sendo “prejudicado” por ter sido o primeiro.
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