Do site da Itatiaia:
* “Conmebol apenas multa Real Garcilaso, mas alerta equipe peruana sobre reincidência”
Conmebol apenas multou o Real Garcilaso (Reprodução/Site Oficial da Conmebol)
O Tribunal Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou, nesta segunda-feira, a punição ao Real Garcilaso-PER por conta dos atos racistas praticados pela torcida peruana contra o volante Tinga, na partida diante do Cruzeiro, no dia 12 de fevereiro, na estreia das equipes na Copa Libertadores. Após demorar mais de um mês para a decisão, a entidade apenas multou o time peruano em 12 mil dólares e alertou para o fechamento do estádio em Huancayo se os insultos se repetirem no futuro.
O Cruzeiro entrou na Conmebol com uma representação contra o Real Garcilaso no dia seguinte à partida. Porém, como o árbitro não relatou na súmula a atitude da torcida peruana, o tribunal teve que ouvir a defesa da equipe da casa, além de rever vídeos da partida para se chegar à decisão final.
Tinga sofreu os insultos racistas logo após entrar no jogo, durante o segundo tempo. Toda vez que o volante pega na bola, as pessoas que estavam no estádio imitavam macacos.
De acordo com o artigo 12 do Código Disciplinar da competição, o Real Garcilaso poderia até ser excluído da Libertadores, porém o tribunal aplicou a pena mais branda, que é a multa.
Confira a íntegra da decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol
O Tribunal Disciplinar da CONMEBOL multou, nesta segunda-feira, o clube Real Atlético Garcilaso do Peru pelos cânticos, de natureza racista, entoados por uma parte de seus torcedores contra o jogador Paulo César Fonseca do Nascimento “Tinga” na partida entre Real Garcilaso e Cruzeiro, disputada em 12 de fevereiro.
O clube peruano foi multado em 12 mil dólares e recebeu uma intimação formal do fechamento do seu estádio em caso de nova infração deste tipo.
A CONMEBOL reitera seu compromisso de combater qualquer formas de discriminação e atos racistas em suas competições. É no âmbito desta prioridade que foi reforçada a vigilância das equipes de arbitragem e dos delegados da partida para advertirem e denunciarem este tipo de infração.
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A presidente Dilma Rousseff se solidarizou com Tinga e o árbitro gaúcho Marcio Chagas da Silva,vítimas de atos racistas durante jogos no Peru e no Rio Grande do Sul
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