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Cuidado para não cair no golpe do cartão de crédito, no Brasil e no exterior, dos ladrões e dos bancos

* “Turistas são alvo de golpe em caixas eletrônicos no Tom Jobim”

Li essa notícia no Globo de ontem e me lembrei de situação que vivi ano passado. Estava na Europa cobrindo a repercussão da Copa das Confederações na imprensa de lá.

Vagabundo bateu minha carteira na entrada do metrô da estação Gare de Lyon em Paris, mas percebi à noite quando fui pagar uma conta com cartão de crédito e vi que não estava no meu bolso.

Pensei que não fosse ter nenhum prejuízo já que o ladrão não teria minha senha, do cartão ItaúVisa Gold.

Ledo engano. Dias depois, constatei que foram sacados 500 euros. Entrei em contato com a operadora do cartão e uma senhora muito gentil disse que eu ficasse tranqüilo pois eu seria ressarcido e que outro cartão seria emitido para mim.

Que beleza! Pensei.

O Brasil ainda tem coisa séria, que funciona!

Outro ledo, e pior engano!

Um mês depois a operadora liga e diz que eu precisaria apresentar a ocorrência policial para comprovar o furto, pois para o ItaúVisa Gold eu teria feito uma “compra segura”!

Ora, ora!

Um mês depois? Nem se eu voltasse a Paris!

Resumindo: dancei! O ItaúVisaGold me cobrou os 500 euros e eu dancei!

Me senti roubado duas vezes!

Claro que, depois de quase 15 anos como cliente, cancelei meu cartão.

Esses mecanismos de “segurança” que eles têm não valem nada para essas gangues especializadas, que agem no mundo inteiro.

E no cliente paga o pato!

A reportagem no site do Globo:

* “Durante a Copa das Confederações Quadrilhas especializadas em clonar cartões de crédito instalam ‘chupa-cabra’ em equipamentos do aeroporto”

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  • Uma viagem ao Rio de Janeiro pode se transformar em transtorno para o turista já no Aeroporto Internacional Tom Jobim, uma das principais portas de entrada do país. E não só pelas filas do check-in e a falta de elevadores e de ar-condicionado. Quadrilhas especializadas em clonar cartões de crédito transformaram os 14 caixas-eletrônicos do aeroporto numa arapuca, com a instalação de equipamento conhecido como “chupa-cabra”. O golpe vem sendo relatado em sites especializados em turismo, principalmente por americanos. Segundo funcionários do aeroporto, gangues de clonagem de cartão atuam nesses caixas há pelo menos seis anos.
  • — O último “chupa-cabra” foi retirado há duas semanas. Mas eles voltam e colocam outro no mesmo lugar. Tem a gangue dos caixas do HSBC e também a do Bradesco. Eles dividiram o território — ironizou um dos seguranças do aeroporto, que pediu para não ser identificado.
  • Outro segurança, que trabalha há dois anos no Terminal 2, conta que, nesse período, pelo menos dez “chupa-cabras” foram recolhidos pela delegacia local.
  • — Os grupos são rivais e costumam jogar cola Super Bonder no teclado dos caixas dominados pela outra gangue, só para ninguém usá-los — explicou.
  • Os bandidos normalmente agem em grupo. Enquanto um homem bem vestido instala o “chupa-cabra” no local onde se insere o cartão, além de uma câmera acima da tela, que filma o teclado da senha, uma mulher encobre o parceiro. Não raro, ao menos outras três pessoas se espalham pelo terminal, observando a movimentação de seguranças e agentes. A partir daí, os donos de cartões sem chip — mais comuns no exterior, onde em alguns países, como Estados Unidos e França, essa tecnologia não é tão usada — tornam-se presas fáceis e têm seus dados clonados.
  • — Isso aconteceu com um amigo meu há três semanas — contou o francês Norbert Panerai, que acabara de sacar em um dos caixas do Terminal 1 na semana passada. — Tentaram realizar dois saques, no Chile e nos Estados Unidos, sendo que ele já estava na França. Os bancos franceses estão com medo da Copa do Mundo por causa disso — disse.
  • Casos assim são relatados desde 2008 no site de turismo TripAdvisor. O último aconteceu há poucos dias.
  • — Fui a uma conferência no Rio e as três pessoas que estavam comigo retiraram dinheiro em um caixa do Galeão. Os três tiveram os cartões clonados. Em poucas horas, foram feitos vários saques de R$ 700, e agora estão lutando para recuperar o dinheiro — conta, no TripAdvisor, Nancy B., de Nova Jersey.
  • O inglês Tom Phillips, que trabalhou como correspondente do jornal “The Guardian” no Brasil até 2012, só descobriu que seu cartão havia sido clonado três semanas depois de sacar dinheiro no Galeão.
  • — Tive que viajar para áreas remotas da Amazônia. Retirei uma quantia e só quando voltei a Manaus percebi que grandes somas de dinheiro foram tiradas da minha conta no Ceará! Perdi umas duas mil libras — diz.
  • Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/turistas-sao-alvo-de-golpe-em-caixas-eletronicos-no-tom-jobim-12148651#ixzz2yaDCUIdf

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Comentários:
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  • Martens disse:

    A solucao e acabar com o cash, na Australia estao acabanco com assinatura e cartoes, eu ja nao uso mais cartoes uso meu celular, so na base do contato, a assinatura tambem ja esta com data para terminar quase nao se carrega mais cash nem cartoes.E olha que aqui tambem tinha este chiupa cabra.

  • Renato Prazeres disse:

    Chico, por mais trabalho que dê, temos de entrar na Justiça contra a administradora do Cartão! Mesmo sendo “compra segura”, em se tratando de direito do consumidor, eles tem de exibir todos os detalhes referentes a essa compra – hora, local, estabelecimento, etc. – de modo a comprovarem que você utilizou o cartão. Se não exibirem, perderão a causa, porque será aplicada a inversão do ônus da prova. Precedentes. Abraços!

  • Eduardo - BH disse:

    A soluçao que as administradoras de cartoes e bancos propoe é fazer um seguro para cobrir possiveis prejuizos, debitado mensalmente na conta.a maioria dos clientes fazem e com isto quem mais ganha sao oo bancos