Os árbitros foram protagonistas nas três últimas Copas com os erros absurdos. E logo na primeira rodada já estão dando mostras que repetirão as lambanças grotescas de 2002, 2006 e 2010. Erros acontecem e sempre acontecerão, mas a Fifa já poderia ter diminuído os estragos há muitos anos. Bastaria que seguisse os exemplos do vôlei, tênis e basquete, por exemplo, que adotaram os meios eletrônicos para dirimir dúvidas e evitar grandes injustiças, além de prejuízos morais e financeiros incomensuráveis. Erros graves não escolhem localização geográfica nem cultura. Na vitória do Brasil sobre a Croácia um japonês atrapalhou a vida dos croatas; ontem um trio colombiano (Wilmar Roldán, Humberto Clavijo e Eduardo Diaz) quase complica o México, que teve dois gols mal anulados. Fez três para valer um e quase tomou o empate aos 41 e 44 do segundo tempo, contra Camarões.
Afinal de contas uma disputa esportiva não visa apurar quem é o melhor? Porque essa resistência da Fifa em aderir à tecnologia? Imaginem o tempo gasto e o trabalho perdido em um único lance de infelicidade ou má intenção de um árbitro?
Tenho comigo que o futebol funciona como uma lavanderia gigante de dinheiro mundial, daí a resistência da Fifa em evitar que “erros” deixem de existir.
Da mais humilde liga amadora do interior, passando pelas federações, chegando às Confederações, cada entidade dessas tem o seu micro poder; nada respeitado, porém temido, que garante ao titular da cadeira um poder inacreditável. Esses cartolas e sub-cartolas sabem muito bem utilizá-lo em proveito próprio. Muitos clubes temem ser prejudicados por algum esquema extra-campo, cuja existência não têm 100% de certeza, mas também não ousam desafiar.
Os clubes são a razão de ser do futebol, mas são os que menos mandam. Formam e bancam os jogadores. Não é estranho isso? Vejam o exemplo da CBF: a maioria dos clubes critica, mas na hora de eleger o presidente, faz acordos com os donos do poder, para não correr risco de serem “perseguidos” lá dentro. Ou, levar alguma vantagem. São contidos na base de mimos ou pressão subliminar.
Em foto do Super FC, Peralta, autor do gol da vitória do México contra Camarões
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No Espanha 1 x 5 Holanda também houve pênalti que suscitou dúvidas, no Diego Costa, porém uma análise eletrônica certamente confirmaria que a penalidade foi marcada corretamente pelo árbitro italiano Nicola Rizzoli. Aliás, que belo jogo, com direito ao belíssimo gol do Van Persie, fazendo 1 a 1, com grandes chances de ser eleito o mais bonito de toda a Copa.
Um 5 a 1 para a história. Estréia das seleções que decidiram o Mundial quatro anos atrás. Ninguém se poupou e todos que entraram em campo deram tudo que podiam. Uma delas deverá enfrentar o Brasil nas oitavas de final, provavelmente em Belo Horizonte.
Impressionante a imagem do Robben, 30 anos, aos 36 do segundo numa arrancada daquelas para fazer o goleiro Casillas catar cavaco e marcar o quinto gol.
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