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Messi resolve mais uma parada. As semelhanças entre craques de ontem e de hoje!

Como a roda do tempo é interessante e algumas coisas no futebol pouco ou nada mudam. Fui cobrir um jogo do Atlético pelo Brasileiro de 1994 em Porto Alegre. O jogo era num domingo à tarde e pela manhã o título da coluna do prestigiado Ruy Carlos Ostermann, no jornal Zero Hora, era: “Vou ver o Éder!”. O grande ponta esquerda estava iniciando o fim da carreira e a imprensa brasileira impressionada com a qualidade do futebol dele, cérebro do time comandado na época pelo Levir Culpi, que chegou à semifinal naquele ano. O professor Ostermann relembrava as antigas características do Éder e as comparava com as daquele momento, quando jogava armando, correndo pouco, dando passes perfeitos e com chutes ainda muito potentes que decidia jogos complicados. Os colegas de Éder no Atlético brincavam e diziam que ele era o “8 x 8” da equipe; que “corria” numa faixa de oito metros quadrados, e bastava isso para carregar o time nas costas.

Fui ver o Messi no Mineirão contra o Irã e lembrei-me desta coluna do grande jornalista porto-alegrense. O craque da Argentina atuou como Éder naqueles tempos.

MINEIRAOJOGO

O astro argentino jogou também à Ronaldinho Gaúcho da atualidade, sem querer muita coisa com o jogo, “ancorado” pelo lado direito do campo, enquanto o R10 “ancora” pela meia esquerda. Enquanto finge de morto, as torcidas ficam apreensivas aguardando o que sairá dos pés dele a qualquer momento, que pode mudar completamente o curso do jogo.

E não deu outra! Quando tudo se encaminhava para um frustrante empate, o baixinho marcou o gol da vitória portenha.

Os craques têm esse direito, e quando bem fisicamente, têm também o poder de evitar frustrações como as que se abateriam sobre os argentinos caso a partida tivesse terminado sem gols. O Irã se defendeu com 11. O ataque argentino não estava inspirado e só mesmo uma jogada individual para resolver. Messi fez o que costuma fazer pelo Barcelona. É o que a torcida brasileira espera do Neymar.

A arbitragem da Copa continua madrasta contra as seleções das prateleiras do meio e de baixo. O Irã teve um pênalti não apitado a seu favor, e na dúvida, o sérvio Milorad Mazic, não pensava duas vezes em decidir a favor da Argentina. Mas, ao contrário dos demais treinadores de seleções prejudicadas, que sempre polidos, contém as palavras, o português Carlos Queiroz, do Irã, desabafou: “o árbitro e Messi nos derrotaram”.

MINEIRAOSONO

Centro de Imprensa do MineirÃO está excelente e permite até uma cochilada!

MINEIRAOIRANIANOS

Entrosamento dos iranianos com os brasileiros e argentinos foi o melhor possível.

Grande jogo entre Alemanha e Gana que pareciam decidir o título da Copa, tamanha a entrega dos jogadores de lado a lado. Gana não se intimidou com o 1 a 0, virou o placar e continuou buscando mais gols. A Alemanha acordou, empatou e deu tudo que tinha para vencer, esbarrando na ótima postura defensiva africana.

Tenho dúvida se os alemães manterão essa obsessão pelo ataque quando tiverem pela frente seleções como a brasileira, argentina ou holandesa.


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