Senhoras e senhores, essa campanha do banho de gelo que roda o mundo tem importância fundamental para alertar à humanidade para mais uma doença gravíssima que ataca cada vez a mais pessoas e chega perto de nós.
Há quase 20 anos a colega Tânia Mara, da Rádio Alvorada FM, uma das mulheres pioneiras na imprensa esportiva de Belo Horizonte e do Brasil, foi diagnosticada com esclerose múltipla, e lamentavelmente luta até hoje contra a doença, porém impedida de trabalhar.
Há mais ou menos cinco anos o amigo Fernando Monstrinho, um dos fundadores do Carnabelô, do Blobo Uai e grandes festas de Beagá, telefonou-me dizendo que estava com uma doença chamada “ELA”, e rindo, emendou:
__ Comigo, só podia ser uma doença com esse nome mesmo, né?
Mas, brincadeira à parte, o próprio Monstrinho falou da seriedade do problema e da gravidade dessa doença (Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA) é um distúrbio neurodegenerativo de origem desconhecida, progressivo e associado à morte do paciente em um tempo médio de 3 a 4 anos. Sua incidência estimada é de 1 a 2, 5 indivíduos portadores para cada 100.000), tão ruim ou pior que a esclerose múltipla. Citou ex-jogadores de futebol e atletas de outros esportes, famosos mundialmente, que estavam passando pela mesma situação.
Mesmo na cama, movimentando apenas os olhos, Fernando Monstrinho conseguiu escrever dois livros e se manteve lúcido até a morte, há 20 dias. Aproveito este momento para prestar a minha homenagem a ele, uma grande figura humana e um dos maiores promotores de eventos que Belo Horizonte já teve.
Agora há pouco recebi este dramático e-mail de outro amigo, o Luiz Vicente, um dos grandes apoiadores que o futsal mineiro teve, nos anos 1980/1990.
Confira:
Chico, se puder, divulgue esta reportagem:
A Beth, desta reportagem , é a minha mulher.
A campanha do banho de gelo está ajudando muito e talvez esta seja a família que mais sofre com esta doença.
E a gente sofre em vários aspectos, mas o desconhecimento generalizado da doença talvez seja o maior problema de todos.
Se cada um ajudar um pouco, a gente terá maiores esperanças.
Agradeço de coração,”
Luiz Vicente
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Fernando Monstrinho em dois momentos . . .
. . . nos áureos tempos (centro da foto), de grandes eventos, junto com artistas e amigos . . .
. . . e em estado avançado da doença, mantendo o bom humor e prestigiado pelos amigos, até a morte.
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