É lamentável que a promessa mais feita por todos os candidatos a governos e parlamentos do Brasil nunca é cumprida: investimento maciço em educação. A falta dela é a raiz dos grandes problemas do país.
Fôssemos um povo escolarizado e educado não haveria tanta violência e atraso cultural que leva ao atraso social. O futebol é apenas uma das atividades onde essa ignorância se aflora e é pública, mas no nosso dia a dia podemos sentir na pele a falta de educação no trânsito, nas relações comerciais, pessoais e por aí vai.
O tempo passa e quase tudo evolui, mas na educação regredimos. É inaceitável que tenhamos de conviver com cenas como essas de um clássico entre Atlético e Cruzeiro, que se repetem a cada jogo, em pleno Século XXI. Até os anos 1980 o convívio era quase 100% pacífico, quando prevaleciam as gozações recíprocas, mas havia respeito à integridade física das pessoas no Mineirão.
Antes desse exagero de estádios “Padrão Fifa”, os “filósofos” que fazem o jogo dos poderosos do mundo a bola diziam que o problema era o preço do ingresso. Em outras palavras: a selvageria seria “coisa de pobre”. Elevaram os valores às alturas e hoje a maioria de quem freqüenta esses estádios é quem tem condição financeira privilegiada para ser sócio-torcedor ou pagar os olhos da cara por ingresso. A violência até aumentou, provocada normalmente por abastados e filhinhos de papai que se acham donos da verdade e do pedaço.
E não há distinção de cor e camisa. No caso do clássico não adianta atleticanos e cruzeirenses se acusarem, pois ambos têm culpa igual neste histórico de ignorância.
Esta foto do jornal O Tempo, de cadeiras depredadas e a charge do Duke retratam um pouco dessa inaceitável postura de pseudos cidadãos freqüentadores de estádios de futebol.
* Ironia do destino: América e Joinville brigavam palmo a palmo pelas primeiras posições da classificação da Série B. Hoje jogam, às 19h30, em Joinville, o dono da casa, líder, contra o Coelho, lanterna.
E não adianta querer demonizar o clube catarinense por denunciar a possível irregularidade do Eduardo, do América. Se as regras da disputa foram valem para todos, a incompetência de quem errou precisa ser cobrada.
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