De vez em quando os noticiários informam que o ex-jogador fulano de tal passa apertos financeiros ou vive em situação dramática. Quase todos fazem por merecer chegar nesta situação, mas mesmo assim contam com o apoio de muita gente para ajudá-los. São tratados pelos cientistas sociais e filósofos como coitadinhos, vítimas da “desigualdade social” do país.
A primeira coisa que faço quando ouço uma notícia envolvendo jogador que cai nessa, é me lembrar como ele conduziu a carreira dele. Aí penso no torcedor, enganado por este tipo de profissional. Penso nos colegas sérios dele, que se matam de correr, enquanto o sacana chupa sangue. Penso no clube, que investe fortunas para ter o futebol dessas figuras, mas é roubado por eles, já que premeditadamente aprontam, não rendem o que se espera deles e criam crises difíceis de se contornar. Que se danem!
O Atlético finalmente dispensou Jô, André e Emerson Conceição, mas não por deficiência técnica ou as aprontações extra-campo de semanas passadas, casos dos dois centroavantes. Foi pelo que aprontaram depois do jantar ontem após a derrota para o Atlético-PR em Curitiba.
No comunicado à imprensa na tarde desta segunda-feira o diretor e futebol Eduardo Maluf não entrou nos detalhes da “indisciplina grave” dos três, mas certamente foi feia. Para o clube tomar uma atitude dessas nas vésperas de jogo decisivo contra o Flamengo, e sem ter centroavante, o bicho pegou pra valer.
Demorou, já que Jô e André têm histórico no próprio Galo de comportamento inadequado e a contratação do Emerson Conceição foi um erro de avaliação, pois não tem futebol para jogar no Atlético. Deve ter entrado de gaiato nessa farra com os “artilheiros”, já que não tem essa fama de farrista.
A não revelação dos fatos pela diretoria segue a orientações jurídicas já que as leis do Brasil sempre favorecem ao infrator, principalmente no futebol. Qualquer coisa que o patrão fala a mais publicamente pode garantir ao fanfarrão uma indenização que lhe garante mais alguns milhões no bolso.
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