No dia 28 de julho de 2012 eu estava em Londres cobrindo os Jogos Olímpicos quando recebi uma mensagem do Henrique Cândido, companheiro do jornal O Tempo, informando que o avião do Domingos Costa havia caído em Juiz de Fora e todos os ocupantes tinham morrido, inclusive o Domingos; o seu filho Gabriel, de 14 anos, o seu braço direito César Tavares; duas funcionárias, mais o piloto e co-piloto.
Ele tinha 58 anos; um dos empresários mais brilhantes que conheci e ótima pessoa. Dono das Massas Vilma, maior patrocinador do nosso saudoso Minas Esporte, da Band, vice-presidente do Cruzeiro, permanentemente cotado para tornar-se presidente em toda eleição, mas sempre saía fora, dizendo que “não está na hora”. A morte dele foi um choque geral, mas a vida tem que seguir. Inúmeras homenagens foram propostas mas a primeira delas, de relevância, foi a do jornalista Luiz Carlos Alves, que inclusive escreveu para o nosso blog, sugerindo que a suntuosa esplanada do Mineirão, que estava sendo construída, fosse batizada com o nome dele. O deputado Alencar da Silva Junior levou a proposta para a Assembleia Legislativa, que a aprovou e depois foi sancionada pelo então governador Antônio Anastasia.
Mas o Domingos virou, também, nome de viaduto, em Contagem, cidade sede da empresa dele, outra justa homenagem. E não é que segunda-feira, dia 8 de dezembro de 2014, menos de dois anos de inaugurado, o viaduto foi interditado? Vigas cederam e há medo de queda, igual ao viaduto da Pedro I, às vésperas do Brasil 1 x 7 Alemanha, pelas quartas de final da Copa. Coincidentemente, no mesmo dia em que estouraram greves, manifestações e paralisações de várias categorias profissionais em Brasilia, por falta de pagamento do governo do Distrito Federal. E o governador Agnello Queiroz, ex-Ministro dos Esportes, que perdeu a reeleição (ficou em terceiro lugar) não foi encontrado para dar explicações. Foi o que mais gastou com estádio para a Copa do Mundo, com uma chuva de denúncias de superfaturamento, no que já é considerado o maior “Elefante Branco” como herança do Mundial de 2014.
São os “legados” da Copa que vão surgindo e sendo lembrados pelos e aos brasileiros. Já o tão sonhado metrô de Belo Horizonte, nossas sonhadas rodovias, o sonhado rodoanel da capital, a reforma do anel rodoviário, o prometido novo aeroporto de Confins, a prometida telefonia móvel de primeiro mundo, quem sabe na próxima Copa por aqui?
A noticia está na imprensa nacional e este é um trecho do Correio Braziliense:
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