Agora a expectativa é geral em torno do desempenho do Cruzeiro neste primeiro semestre do ano. De candidato ao título da Libertadores a uma incógnita a transformação foi rápida demais. A torcida está na dela, aguardando os acontecimentos, por enquanto quieta, porque vem de dois títulos nacionais consecutivos e crê que Marcelo Oliveira poderá repetir o que fez em 2013 e 2014. O presidente Gilvan de Pinho Tavares também. Jogou todas as fichas nessa hipótese. Se não der certo, a cobrança em cima dele será gigante. O presidente do Cruzeiro não está vendendo os principais jogadores porque quer e sim porque precisa. Conseguiu administrar as contas do clube por dois anos consecutivos, mas os gastos são sempre a mais ou igual ao faturamento. Teve que fazer parcerias com empresários de jogadores, investidores avulsos e até com os próprios jogadores, cedendo a eles percentuais dos próprios direitos econômicos.
Com isso ficou dois anos sem cair naquela máxima do Zezé Perrella que dizia: “Para equilibrar as contas o clube é obrigado a vender pelo menos um ou dois jogadores por ano”.
Demorou, mas o Dr. Gilvan foi obrigado a cair no “perrelismo”. Mas não porque quis e sim porque pegou o clube com os cofres vazios e muitas contas para pagar. Os credores, parceiros e investidores chegaram com as duplicatas. Era hora de receber o dinheiro investido de volta e obviamente com os dividendos de quem investe e quer lucro. Como é homem de palavra, o presidente cruzeirense está entregando os anéis para não perder os dedos. Deveria abrir logo este jogo para a torcida pois teria a compreensão dela em qualquer circunstância, mesmo se o time demorar a engrenar.
E reza para que as boas peças de reposição contratadas se encaixem bem e rápido, sob a batuta do maestro Marcelo, que não tem que provar mais nada para ninguém. Porém, também não faz milagres e terá de contar com a paciência geral do mundo azul.
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