A volta de Marcos Rocha e Lucas Pratto deu uma outra cara ao time do Atlético e aliviou a pressão para cima do Rodolfo Mehl, preparador físico do Atlético. Mostrou que a condição física não tem sido o problema do time e sim a qualidade técnica do elenco, que sem os titulares, é frágil. Antes destes dois, o lateral esquerdo Douglas Santos já tinha voltado e melhorado o setor. Bons laterais e bons avançados são fundamentais para times que almejam títulos. Lucas Pratto além de goleador é inteligente e habilidoso para colocar companheiros em condições de marcar. O primeiro gol do Atlético contra a URT poderia ter sido feito por ele que, entretanto, viu o Luan em melhores condições e deu o passe. No terceiro, Luan retribuiu e Pratto se antecipou à marcação e marcou, de cabeça. Outros jogadores muito importantes ao time, como Leandro Donizete e Dátolo, não jogaram, mas não fizeram tanta falta porque os substitutos, Josué e Cárdenas, deram conta do recado.
Levir Culpi agiu certo ao arriscar e retornar com Marcos Rocha e Pratto porque eles precisavam recuperar ritmo visando os próximos jogos pela Libertadores. Observem que antes do segundo gol o lateral errou um cruzamento que normalmente não erra. Chutou nas arquibancas. Dois minutos depois, fez um golaço, quando o resultado da partida era imprevisível.
* * *
Dagoberto fez o primeiro gol dele pelo Vasco ontem, contra o Nova Iguaçu. Muitos cruzeirenses ainda questionam os motivos da saída deste jogador que foi importante demais em seu primeiro ano no Cruzeiro. Simples: falta de sintonia com o técnico Marcelo Oliveira que exigia dele, também, ajuda na marcação. Não dava conta e ficava incomodado com a reserva.
Dagoberto tem fama de desagregador mas nunca deu problemas ao Cruzeiro. Dentro de campo rendeu o que se esperava, e antes que começasse a estragar o ambiente da Toca da Raposa, o treinador decidiu que era hora de ficar livre dele. Final feliz para ele, o Cruzeiro e para o Vasco, que ganhou um bom jogador.
* * *
Demitido depois de arrumar o time do Santos, mas sem reclamar de nada nem de ninguém, Enderson Moreira curte a cidade de suas origens, Fortuna de Minas (100 Km de Beagá), onde tem uma bela casa. Nasceu em São Paulo por contingências profissionais dos pais, mas com três meses de vida veio para o bairro Venda Nova, onde foi criado, fez a sua vida e mantém seus vínculos familiares.
A história do Enderson é muito interessante: volante do Santa Tereza, formado em Educação Física pela UFMG, professor do Colégio Magnum, preparador e técnico da base do América, Atlético e Cruzeiro. Técnico do Ipatinga, Goiás, Inter, Fluminense, Grêmio e Santos. É grato a todos os clubes onde trabalhou, mas principalmente ao América, onde teve a primeira oportunidade como treinador e ao Goiás, onde se despontou para o país.
Deixe um comentário para Stefano Venuto Barbosa Cancelar resposta