Treinadores argentinos bem na fita e quatro deles vão decidir a Copa América: Sampaoli, Gareca, Tata Martino e Ramón Diaz
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De aprendizado em aprendizado vamos descendo ladeira. Assim como Felipão depois dos 7 a 1 em 2014, Dunga disse que a eliminação pelo Paraguai da Copa América, “foi um bom aprendizado”. Mesmo com o futebol sofrível apresentado em todos os jogos aqui no Chile o treinador está seguro no cargo e foi o próprio presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, quem telefonou para ele depois do jogo, garantindo-o no comando, bem como toda a comissão técnica, agora visando as eliminatórias da Copa da Rússia em 2018, que começam em outubro.
Dunga inspira preguiça no dia a dia a seleção. Faz pose de intelectual, apesar de nunca ter passado da orelha de qualquer livro; tem sempre discursos prontos para cada pós-jogo, sempre se colocando como vítima, o “perseguido mor” do futebol brasileiro, o coitadinho. Sabe nada de tática, de leitura de jogo, mas é pela segunda vez o treinador da seleção brasileira, por razões só justificadas por este mistério em torno de tantas suspeições que rondam as sucessivas diretorias da CBF, cujo presidente nem pode vir ao Chile, por medo de ser preso e extraditado para responder à justiça dos Estados Unidos. Nem os jogadores tentaram justificar a eliminação com a alegada “virose”, citada por Dunga, como fator que teria pesado na derrota nos pênaltis para o Paraguai. Como disse Luiz Prosperi, do “Estadão” sobre ele, “não se vai longe quando vivemos o retrocesso do retrocesso.” Perdido e despreparado para a função mas, só sai do cargo demitido, pedir demissão, jamais. Resta então, torcer para que Del Nero caia logo.
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Um dos principais jornais do Chile, “El Mercúrio”, fez ontem um balanço desta edição da Copa América, com a manchete: “A Copa América 2015 foi o torneio dos escândalos”. Para mim, um exagero nas tintas, já que os “escândalos” citados não chegaram a ofuscar o sucesso da organização, a maioria de bons jogos disputados nos três grupos e nenhum escândalo de verdade. “El Mercúrio” cita os quatro casos para justificar o seu veredito: Vidal (o acidente com a Ferrari) e Jara (a dedada no Cavani).
El Mercúrio cita também que os principais dirigentes da Conmebol não vieram ao Chile por medo de detenção, mas este caso foi um mês antes da Copa América, e fala da “fúria de Neymar”, contra a Colômbia, na verdade mais um chilique do jogador, nada de “escândalo”.
Vejo esta edição bem melhor que a de 2011 na Argentina, em todos os aspectos, dentro e fora de campo. Diferente mesmo é o fato de quatro treinadores argentinos estarem nas semifinais, que mostra a competência dos “hermanos”.
O controle ao rodízio de carros nos dias de alerta ambiental é rigoroso e as multas implacáveis, como neste flagrante no Centro da Santiago.
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