Além de ótimo treinador o Marcelo Oliveira mostra o quanto é respeitado através de manifestações de apoio de grandes companheiros da imprensa, aqui e em São Paulo. Fernando Rocha, mineiro que brilha na Globo nacional, cruzeirense, prestou esta homenagem a ele na primeira twittada do dia:
Primeiro café do dia na caneca verde em homenagem ao meu amigo Marcelo Oliveira chegando com o Palmeiras a mais uma final da Copa do Brasil
O atleticano Igor Tep, da 98 FM mandou essa:
Toda sorte ao amigo Marcelo Oliveira em mais uma decisão da Copa do Brasil. E há quem diga que ele não sabe jogar mata-mata.
Aliás, o Igor twittou outra a qual me junto na homenagem a um grande camarada e profissional da prateleira de cima:
Parabéns de hoje fica pro nosso Cadabrão, @marioalaska. Apesar da carinha de cinquentão, tá indo pros seus 30 e tico tico ainda
É o Mário Nogueira de Avelar Marques ou Mário Alaska, ou Roberto Abracadabras, da 98 FM, um multimídia bom demais de serviço. Ele é neto do saudoso Dr. Afrânio de Avelar Marques Ferreira, um dos grandes prefeitos da história de Sete Lagoas. Ano passado, no aniversário da cidade, fiz uma entrevista com ele para o jornal SETE DIAS, que vale a pena ler de novo:
Mário Nogueira de Avelar Marques
Com os avós, D. Vera e Dr. Afrânio
Filiação:
Benjamim Campolina de Avelar Marques e Hildênia Nogueira de Avelar Marques
Estudou onde:
PUC Minas – Unidade São Gabriel, me formei em Comunicação Social com ênfase em Gestão da Comunicação Integrada, e sou habilitado em Publicidade e Propaganda e Jornalismo. 1a formação em Dezembro de 2004 e a 2a jun 2006.
Começou onde?
Eis o mistério: imito e faço graça desde novo. No rádio a primeira experiência foi quando estava no meu ano de intercâmbio, em 1999 na cidade de Anchorage no Alaska – daí vem o apelido. Meu irmão do alaska era um dos DJs da rádio universitária local, KRUA 88,7 e um dia o computador estragou e não tinha ninguém pra ficar no ar. Fiz 5 horas de ar, toquei música brasileira, americana, errei várias vezes na operação. Quando cheguei aqui fiz um estágio no 1o período como produtor de uma gincana na extinta Tv Metrópole, depois em 2001 fui estagiário do Laboratório de Áudio da Puc, aí foi indo…
Em quais veículos já trabalhou?
Rádio Inconfidência AM (2002), Tv Metrópole (2001), Tv Alterosa (98fc), Band Minas (passagem relâmpago fazendo 98FC no Golasô), Rádio 98FM, já fiz programetes curtos pra Transamérica daqui num programa independente que passava no domingo a noite, mas foi coisa muito rápida.
Como e quando foi a ida para a 98FM?
Fui pra 98 FM em 2006 pra tentar realizar o sonho de fazer algo de diferente de Minas pra Minas, porque tudo que eu ouvia vinha de SP ou do RJ. Na minha cabeça era muito lógico que caso eu quisesse me destacar fazendo humor em MG teria que ser no rádio. Além da minha facilidade em imitar, a viabilidade técnica do rádio facilitava fazer um produto de alta qualidade aqui sem depender dos grandes centros. Naquele ano a rádio tinha mudado de gestão, o Jonas Vilandez, hoje diretor artístico da BH FM, tinha chegado. Eu queria muito apresentar meu portifólio pra ele, pois tinha feito o curso de locução na Beth Seixas, fiquei amigo do Pedro Seixas e gravamos vários programetes pra tentar entrar no ar durante uns 4 a 5 anos. Eu tinha trabalhado na mídia da Tom Comunicação, agência de publicidade e a minha ex-chefe Meg Freitas ligou pra ele, reunião marcada, apresentei meus trabalhos e fui convidado pra ir pra lá. Eu iria produzir um programa de humor que acabou antes da minha ida, então o 98 FC apareceu. Era ano de copa e a idéia então era fazer algo nos moldes do Rock Bola do RJ, sem tanta obrigação do humor. Era a 2a geração do 98FC, mas o programa acabou com exatamente 1 ano de vida, por falta de patrocínio. Com isso saí da casa, voltei depois em 2008 a convite do Dudu para produzir o Silicone Show, quando criei o Tropa de Chilique, paródia da Tropa de Elite. Conseguimos vender pra umas 10 rádios Brasil afora, mas a coisa ficou rala. Saí da rádio de novo, voltei a trabalhar em agências de publicidade, fui dar aulas de inglês, e em 2009 quando comecei a fazer Stand up Comedy voltei pra produzir o Silicone Show e pra montar a geração atual do 98 Futebol Clube a convite do atual diretor artístico da rádio Rodrigo Carneiro.
Com Roberto Abras, a quem imita com perfeição!
Ficou surpreso com o sucesso dos programas e transmissões da 98?
Sucesso… Engraçado falar sobre isso…A primeira vista pode passar a idéia que o “jogo está ganho” e a “partida acabou”. Meu irmão fala que sucesso é a combinação de preparação com oportunidade. Quando juntamos essa turma sabíamos que havia ali muita experiência, juntamos o que cada um tinha de melhor e o resultado foi esse. Os repórteres têm a obrigação de seguir os preceitos do bom jornalismo, dentro do nosso foco editorial, com isso os imitadores ganham “deixas” melhores, como se diz no mundo do humor, então as piadas são mais engraçadas. O Gilbert tem uma experiência grande como âncora e já sabíamos algumas coisas que funcionavam na produção. O Diego produtor da casa também é muito talentoso, isso agrega nas músicas e outras peças. Sem falsa modéstia, a 98 é uma emissora grande, de respeito, então se você vai pra lá tem que estar pronto pra fazer algo de bom e fazer a diferença no mercado. Todos juntos miramos longe. É bom saber que o seu trabalho agrada as pessoas, que o jargão que você fala na rádio faz alguém abrir um sorriso alguma hora do dia. Como humorista vejo que essa é a minha missão. Surpresas existem várias, desde a vez que eu estava na padaria e achei que o segurança me achou com cara de ladrão, ficou me encarando e veio me perguntar se eu era do 98FC, até saber que em São Paulo a turma que trabalha com humor e futebol escuta muito o 98 Futebol Clube, isso surpreende sim. Tem outra coisa engraçada, no começo quando contava pra alguém que eu fazia o 98FC e a pessoa me olhava de baixo pra cima e falava “até parece…” isso era engraçado. A transmissão foi traçada como algo pra ir longe também. O mercado era dominado pela Itatiaia que há anos e com muita competência faz esportes, sabíamos que havia espaço pra alguém que fizesse algo diferente de fato, fomos lá e fizemos. Mas aprendemos muito ao longo desse caminho e muito temos que aprender.
Quais as suas melhores lembranças de Sete Lagoas e região?
São tantas, pela ordem cronológica vem a lembrança do meu pai falando na estrada: “daqui já da pra ver a Serra de Santa Helena”. A noção de democracia, respeito ao próximo e vida em comunidade que meu avô Afrânio me deixou, os casos de infância do meu pai. Como todo humorista, sou um grande observador, e desde muito pequeno ficava fascinado em ver uma cidade com vida tão intensa logo alí perto de BH. Pensava: “nossa, as pessoas aqui são diferentes, tem um sotaque diferente do meu, cantam “Parabéns pra Você” de outro jeito”, pra mim era uma vida única e totalmente independente de tudo que eu conhecia, fascinante. Fora andar de pedalinho na Lagoa Paulino e brincar com o Boto, exposetes incontáveis, trazer os amigos a Gruta Rei do Mato, poder andar à pé pra vários lugares sem me preocupar, o Carnaval em volta da lagoa com trio… Ah meus tempos… A fazenda lugar de família, liberdade e paz, difícil não me emocionar lembrando disso tudo de uma vez. Doce de leite da cooperativa.
Do que tem mais saudade?
Quando você é criança tudo é novidade, todo lugar e toda pessoa são coisas novas. Ir a Sete Lagoas era descobrir pessoas, parentes, lugares, gostos, cheiros, hábitos, músicas, etc. Sinto falta de poder aproveitar toda a vida e o jeito do interior presentes nas minhas idas a Sete Lagoas. Hoje as grandes cidades são lugares totalmente inóspitos, não se respira o ar, não se conversa com estranhos por medo de assalto, o vidro do carro tem que andar fechado por questão de segurança, isso não é vida. Quando eu ia pra Sete Lagoas a coisa era diferente, quando chegava de ônibus e ia à pé pra casa do meu avô me sentia muito bem. Apesar de tão perto de casa, Sete Lagoas é outro mundo. Poder aproveitar isso quando criança era uma coisa única. Mas na real mesmo, hoje nesse momento sinto saudades de ter tempo de ir pra fazenda, fazer compra no supermercado daí, passar o fim de semana me divertindo e voltar com a bateria recarregada. Essa rotina de trabalho de segunda a sexta, com transmissão de jogo, evento e outros compromissos no fim de semana cansa bem. Mas por outro lado, se eu estou ocupado, quer dizer que o trabalho dá certo, aí o jeito é ouvir música sertaneja no carro e pensar sozinho “Aooouuu Sete Lagoas”!
Vem com que freqüência à sua terra natal?
Dá até vergonha falar, mas ir a Sete Lagoas 8 vezes no ano atualmente é luxo. Vou ver se tiro uns dias nas férias pra bater perna pela cidade e passar tempo com a minha avó e tios que moram em Seven. Aliás, fui passar um fim de semana aí, e fui a pé da casa da minha avó pra casa do meu tio, deu pra tomar um cavalo, voltar à pé e dormir na casa da vovó Vera e acordar pra ouvir o que ela tem pra dizer! Tem coisa melhor?!
Se quiser destacar mais alguma coisa, fique à vontade.
Um dia ainda me apresento aí num show de humor! Ah, e tem outra, deixa eu limpar a garganta pra falar: SETE LAGOAS, você é linda! BH está cheia de gente querendo coisa diferente pra fazer e você oferece um circuito turístico: Lagoa, Gruta, Serra, Esportes Radicais, Qualidade de Vida, Gastronomia, Estádio de Futebol, Alambiques por perto, Gente Boa e Receptiva, Universidade, Carne de Porco sem gosto de produto químico, etc. Convida que o povo vai mais praí!
Quem quiser saber mais sobre meu trabalho www.marioalaska.com.br
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