Alex Souza disse:

Olá Chico Maia, sábado passado, contra o América, foi possível constatar mais uma vez a falta de vocação do time do Cruzeiro para balançar as redes dos adversários. Os jogadores se mostram pouco à vontade com a bola nos pés para propor o jogo; o time não anda.
Dos jogadores que chegaram ano passado e neste ano poucos acrescentaram algo: Fabiano, Grolli, Marinho, Uilian Correa, Gabriel Xavier já saíram; Willians era um dos principais atletas do grupo e foi negociado por um jogador que não dá mostras de que será titular aqui; De Arrascaeta segue com altos e baixos e até Ariel Cabral caiu muito de produção. Dos que chegaram este ano não se pode esperar muito; a turma já foi testada e não rendeu: Pisano, Romero, Miño, Gino, Marciel. Riascos é uma incógnita e só Lucas e Robinho parecem mesmo reforços (ainda é cedo para avaliações adequadas).
A responsabilidade é toda da Diretoria (mas até isto se tornou irrelevante; já sabemos o que temos, com quem podemos e com quem não podemos contar), pois ela fez estas escolhas e anunciou esta turma prometendo que o time brigaria na parte de cima da tabela (título é outra coisa). Em campo as escolhas se revelaram um fracasso.
É difícil entender a postura da Diretoria do Cruzeiro. À mínima crítica reage cobrando gratidão pelo bicampeonato brasileiro; se sente à vontade para jogar as conquistas na cara do torcedor e fecha os olhos para o mau momento. Parece que títulos dão o direito de fazer bobagem e de não prestar contas ou dar informação.
A verdade é que time ruim nem sempre ganhará jogos com apoio de torcida, essa coisa de “força da torcida, caldeirão, embalo da torcida, grito da torcida” repercute de forma irracional por causa de uma vitória ou outra; já vi as torcidas de todos os time se esgoelando nas arquibancadas e jogadores entregando o ouro em campo, por ruindade, ou sendo superados por adversário mais qualificado.
Escrevo regularmente ao clube, há vários anos, pelo sítio existente na internet e procuro cumprir o meu papel mantendo em dia o sócio torcedor, a assinatura do PPV, só compro material licenciado, e levo meu incentivo aos jogos em que compareço. O clube nunca enviou a mim uma só resposta a qualquer questionamento (são dirigidos pelo sítio à Assessoria), embora o sistema informe que haverá resposta no prazo máximo de 3 dias. Mas nem por isto a torcida deixará de fazer o seu papel.
Em suma, a gente insiste porque se importa com o Cruzeiro, vai a campo e apoia (como ano passado a torcida fez na fase mais aguda da crise), contribui, acompanha. O que mais pode fazer o torcedor? Já escrevi aqui: minha geração aprendeu a amar o Cruzeiro torcendo por Luiz Antônio, Ica, Bocaiuva, Bianqui, Celso Roberto, Zé Henrique, Nélio, Marquinhos, Jésum, Sávio, Tião Marçal, Alexandre, Erivelto, Júnior Brasília, Mundinho, Remi, Paulinho Batistotti, Mauro Madureira, Eli Carlos, Eli Mendes, Toninho, Roberto César, Paulo Luciano, Édson Souza, Eudes, Tob, Orlando Fumaça, Bendelac, Flamarion, Jacinto, Dedé de Dora… Um tempo difícil, que requereu muita paciência e constrangimento, contudo, esta turma ia a campo com a nossa camisa com uma garra e uma vontade que não se vislumbra neste grupo de hoje. Fico pensando se estes estrangeiros que estão no Cruzeiro são, de fato, argentinos e uruguaios; não parece.
É mais um momento ruim para ir a campo; fazer o que?

Marcos disse:

E nem falo do América, que mesmo invicto nos clássicos nunca se preocupa em se manter na série A em definitivo sempre quando chega lá.
Quem pensava que 2011 não voltaria tão cedo se enganou…

Raul Otávio da Silva Pereira disse:

Acho que vou pedir uma vaga também. Já que qualquer um pode, porquê não eu ???
Pode ser de “beque sentado”, ou então de “armandinho”.
Vou lá, dou um toquinho na bola, ponho a mão na coxa e dou o famoso pique de 50 metros rumo ao DM – pronto ! No final do mês tem um salário de 50 mil prá mim (e ainda a satisfação de ter jogado no meu time de coração !!!)